DOE 30/04/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            CENTRAL EÓLICA
SÃO CRISTÓVÃO S.A.
CNPJ nº 10.272.500/0001-36
Balanço patrimonial
Exercícios findos em 31 de dezembro
Em milhares de reais
Ativo  
2018  
2017 
Circulante  
Caixa e equivalentes
 de caixa (Nota 6)  
1.965  
3.918 
Contas a receber (Nota 7)  
1.582  
2.612 
Partes relacionadas (Nota 9)  
940  
293 
Impostos a recuperar  
97  
126 
Outros ativos  
40  
32 
Total do ativo circulante  
4.624  
6.981 
Não circulante  
 
Contas a receber (Nota 7)  
130  
Contas garantias (Nota 8)  
2.868  
4.561 
Depósitos judiciais  
18  
18 
Partes beneficiárias (Nota 10)  
7.151  
7.151 
Intangíveis (Nota 11)  
944  
1.004 
Imobilizado (Nota 11)  
92.696  
98.540 
Total do ativo não
 circulante  
103.807  111.274 
Total do ativo  
108.431  118.255 
Passivo e patr.líquido  
  
Circulante  
 
Fornecedores (Nota 12)  
420  
482 
Emprésts.e financs.(Nota 13)  
5.152  
5.115 
Contas a pagar-CCEE (Nota 15)  2.430  
7.058 
Partes relacionadas (Nota 9)  
193  
109 
Obrigações fiscais e trabalhistas  
17  
8 
Dividendos a pagar  
51  
51 
Outros passivos (Nota 14)  
868  
747 
Total do passivo circulante  
9.131  
13.570 
Não circulante  
 
Fornecedores (Nota 12)  
514  
234 
Emprs.e financs.(Nota 13)  
55.865  
60.384 
Impostos diferidos (Nota 21)  
4.079  
2.955 
Ctas.a pagar-CCEE (Nota 15)  
3.401  
Prov.p/desmobiliz.(Nota 16)  
2.760  
2.566 
Outros passivos (Nota 14)  
    
854 
Total do passivo não circ.  
66.619  
66.993 
Patrim.líquido (Nota 17) 
Capital social  
41.497  
41.497 
Prejuízos acumulados  
(8.816)  (3.805) 
 
32.681  
37.692 
Total do passivo e
patrimônio líquido  
108.431  118.255 
Demonstração do resultado Exercícios 
findos em 31 de dezembro
Em milhares de reais, exceto 
quando indicado de outra forma 
 
2018  
2017 
Operações continuadas 
Receita líquida da
 venda de energia (Nota 18)  
11.660  
13.272 
Custos de operação(Nota 19)  (9.199)  (8.405) 
Lucro bruto  
2.461  
4.867 
Receitas (despesas) operacionais 
Despesas gerais e 
administrativas (Nota 19)  
(4)  
(5) 
Outras receitas (Nota 19)  
39  
54 
Lucro operacional antes
 do resultado financeiro  
2.496  
4.916 
Resultado financeiro 
Desps.financeiras (Nota 20)  
(6.851)  (7.317) 
Receitas financeiras (Nota 20)  
468  
548 
Prejuízo antes do I.R. e
 da contribuição social  
(3.887)  (1.853) 
I.R. e contribuição social
 diferidos (Nota 21)  
(1.124)  (1.126) 
Prejuízo do exercício  
(5.011)  (2.979) 
Prejuízo do exercício
por lote de mil ações - R$  
(0,12)  
(0,07) 
As notas explicativas da administração são parte 
integrante das demonstrações financeiras.
Demonstração do resultado abrangente
Exercícios findos em 31 de dezembro
Em milhares de reais 
 
2018  
2017 
Prejuízo do exercício  
(5.011)  (2.979) 
Outros resultados abrangentes 
Resultado abrangente total  
(5.011)  (2.979) 
As notas explicativas da administração são parte 
integrante das demonstrações financeiras. 
Demonstração das mutações do patrimônio 
líquido Em milhares de reais 
 
 
 Total do
 
Capital 
Prejuízos patrim.
 
social acumulados 
líquido
Em 1°/01/2017  
41.497  
(826)  
40.671 
Prejuízo do exercício  
- 
(2.979)  (2.979) 
Em 31/12/2017  41.497  
(3.805)  
37.692 
Prejuízo do exercício  
- 
(5.011)  (5.011) 
Em 31/12/2018  41.497  
(8.816)  
32.681 
As notas explicativas da administração são parte 
integrante das demonstrações financeiras. 
Demonstração dos fluxos de caixa Exercícios 
findos em 31 de dezembro
Em milhares de reais 
 
2018  
2017 
Fluxos de caixa das
atividades operacionais 
Prejuízo antes do I.R. e
da contribuição social  
(3.887)  (1.853) 
Ajustes para reconciliar o
lucro do exercício 
Deprec.e amortiz.(Nota 10)  
5.908  
5.840 
Encargos financeiros sobre
emprs.e financs.(Nota 13)  
6.002  
6.710 
Atualização provisão para
desmobilização (Nota 19)  
194  
Amortiz.de custos de emissão
dos empréstimos (Nota 13)  
467  
396 
Variações de ativos e passivos 
Contas a receber  
900  
(158) 
Impostos a recuperar  
29  
(5) 
Outros ativos  
(8)  
(2) 
Fornecedores  
218  
174 
Obrigações fiscais e trabalhistas  
9  
(98) 
Contas a pagar - CCEE  
(1.227)  
3.735 
Outros passivos  
(733)  
793 
Caixa gerado pelas
atividades operacionais  
7.872  
15.532 
Juros pagos  
(5.587)  (5.952) 
Caixa líquido gerado pelas
atividades operacionais  
2.285  
9.580 
Fluxos de caixa das
atividades de investimentos 
Adições ao imobilizado
e intangível (Nota 11)  
(4)  
(226) 
Contas garantias  
1.693  (1.493) 
Partes relacionadas  
(647)  
(295) 
Caixa líquido gerado pelas
(aplicado nas) atividades
de investimentos  
1.042  (2.014) 
Fluxos de caixa das
atividades de financiamentos 
Adições (amortização) dos
custos de emissão  
6  (1.354) 
Pagamento de empréstimo
 e financiamentos  
(5.370)  (5.326) 
Partes relacionadas  
84  
90 
Caixa líquido aplicado nas
ativs.de financiamentos  
(5.280)  (6.590) 
(Redução) aum.de caixa e
equivs.de caixa, líquidos  
(1.953)  
976 
Caixa e equivalentes de
caixa no início do exercício  
3.918  
2.942 
Caixa e equivalentes de
caixa no final do exercício  
1.965  
3.918 
(Redução)aum.de caixa e
equivs.de caixa, líquidos  
(1.953)  
976 
As notas explicativas da administração são parte 
integrante das demonstrações financeiras. 
Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras
em 31 de dezembro de 2018 
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 
1 Informações gerais - A Central Eólica São Cristóvão S.A. (“Companhia”), é uma sociedade anônima 
de capital fechado, com sede em Trairí – Ceará, constituída com o objetivo específico de construção, 
instalação, implantação, operação, exploração e manutenção da central geradora eólica denominada Eólica 
São Cristóvão, no município de Trairi, Estado do Ceará.  A Companhia é controlada pela Santos Energia 
Participações S.A. Em 11 de Novembro de 2014, a Companhia entrou em operação. A Companhia possui 
junto à Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL a seguinte autorização e registro de geração:
 
 
 
Capacidade  
 
Eólica 
Estado 
Cidade Instalada MW  
Inicio 
Término
Eólica São Cristóvão 
Ceará 
Trairi 
29,9 Novembro de 2014 Agosto de 2034
A emissão destas demonstrações financeiras foi aprovada pela diretoria em 10 de abril de de 2019. Capital 
circulante líquido - Em 31 de dezembro de 2018, a Companhia apresentou capital circulante líquido 
negativo de R$ 4.507 (2017 - R$ 6.589), devido principalmente aos contratos de empréstimos e 
financiamentos para a construção do Parque Eólico. A Companhia faz parte do Grupo Cúbico e, em linha 
com os objetivos estratégicos, possui acesso aos recursos necessários para honrar os compromissos da 
Companhia em caso de eventuais necessidades de caixa. A Companhia possui compromisso de sua 
controladora, enquanto interveniente anuentes dos seus contratos de financiamento, de prover, caso 
necessário, suporte financeiro para o bom andamento de suas operações. (a) Contrato de Energia - 
CCEAR - A Companhia foi autorizada a funcionar como produtora independente de energia elétrica 
pelo prazo de 35 anos, contando a partir da publicação da portaria nº 411 do Ministério de Minas e Energia 
de 11 de julho de 2012, mediante a implantação do projeto denominado Eólica São Cristóvão, com uma 
potência instalada de 29,9 MW. De acordo com o estabelecido pela ANEEL, o marco do cronograma de 
implantação da referida usina tinha como data de início da operação comercial até 1º de novembro de 
2014. No entanto, esse prazo foi estendido até 11 de novembro de 2014 e a Companhia iniciou a operação 
comercial nesta data conforme despacho nº 4.375 de 10 de novembro de 2014 emitido pela ANEEL. De 
acordo com a modalidade do Leilão 02/2011, a eólica firmou contrato bilateral de compra e venda de 
energia elétrica e respectiva potência associada, Contrato de Comercialização de Energia no Ambiente 
Regulado (CCEAR), celebrado entre o agente vendedor e o agente de distribuição no âmbito do Ambiente 
de Contratação Regulada (ACR), como decorrências dos leilões de energia elétrica proveniente de 
empreendimentos de geração existentes e de novos empreendimentos.Os contratos de comercialização 
de energia foram firmados com os compradores por um prazo de 20 (vinte) anos a contar da data do início 
da operação comercial. De acordo com o contrato de compra e venda de energia, o valor a ser faturado 
mensalmente é calculado linearmente em relação à quantidade anual contratada, independentemente da 
quantidade de energia efetivamente disponibilizada, sendo que o montante de energia a ser entregue pela 
Companhia será o produto entre a energia gerada e percentual de comprometimento da usina de 90,85%. 
Dessa forma, no mínimo 90,85% da energia produzida pela Companhia deverá ser entregue aos 
compradores. O atendimento do montante anual de energia contratada observará uma margem inferior 
de 90% da energia contratada e uma margem superior decrescente (30% da energia contratada no primeiro 
ano, 20% no segundo ano, 10% no terceiro ano e 
zero no último ano dos quadriênios). A conta de 
energia compreende a contabilização das diferenças 
entre os montantes de energia gerada e contratada, 
sendo apurada anualmente e quadrialmente 
considerando as margens descritas acima. Ao final 
dos quatro anos, a conta de energia será encerrada 
e logo em seguida será reiniciada para o quadriênio 
seguinte. Havendo saldo positivo na conta de 
energia ao final do quadriênio (dentro da margem 
superior), a Companhia poderá, a seu critério, 
repassar o saldo ao ano seguinte como crédito de 
energia, descer a outro vendedor do mesmo leilão 
e da mesma fonte de geração de energia ou liquidar 
no âmbito do contrato como receita variável. A 
geração de energia que ultrapassar a margem 
superior estabelecida no CCEAR, poderá ser 
comercializado com quaisquer agentes no 
Ambiente de Contratação Livre (ACL), conforme 
tarifas praticadas no mercado de curto prazo. 
Havendo saldo negativo, haverá necessidade de 
ressarcimento, que poderá ser: a) Anualmente: 
quando os desvios negativos de geração (energia 
gerada menor que energia contratada) ultrapassar 
o limite inferior da conta de energia (10% abaixo 
da energia contratada); b) Quadrialmente: quando 
os desvios negativos de geração (energia gerada 
menor que energia contratada) não ultrapassar o 
limite inferior da conta de energia (10% abaixo da 
energia contratada). A tarifa a ser praticada em 
casos de ressarcimentos deverá ser a maior entre 
110
DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XI Nº080  | FORTALEZA, 30 DE ABRIL DE 2019

                            

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