DOE 02/05/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará
financeiras relativas a empréstimos e financiamentos. A Companhia não tem pactuado contratos de derivativos para fazer “hedge” contra esse risco,
porém monitora continuamente as taxas de juros de mercado com o objetivo de avaliar a necessidade de substituição de suas dívidas. Em 31 de
dezembro de 2018, a Companhia possuía R$ 177.296 (R$ 208.373 em 31 de dezembro de 2017) (Nota
4. Gestão de risco financeiro
4.1. Fatores de risco financeiro--Continuação
a) Risco de mercado--Continuação
ii) Risco de taxa de juros--Continuação
15) em empréstimos e financiamentos captados a taxa variável de juros (TR) e (TJLP).
Outro risco que a Companhia enfrenta é a não correlação entre os índices de atualização monetária de suas dívidas e das contas a receber. Os reajustes
de tarifa de fornecimento de água e tratamento de esgoto não necessariamente acompanham os aumentos dos índices de atualização que afetam as
dívidas da Companhia.
A análise de sensibilidade de risco de fluxo de caixa associado com a taxa de juros está demonstrada na Nota 4.1. (d).
b) Risco de crédito
A Companhia tem os seus créditos segmentados da seguinte forma: particulares, órgãos públicos e serviços indiretos.
Particulares - serviços prestados a clientes pessoas físicas e pessoas jurídicas (comerciais, serviços, industriais etc.).
Órgãos públicos - serviços prestados a órgãos nas esferas: municipal, estadual e federal. No tocante aos órgãos estaduais e municipais, o Governo
do Estado estabeleceu políticas no sentido de coibir a existência de débitos com a Companhia.
Serviços indiretos - trata-se de serviços relacionados à ligação, corte, religação, acréscimos por impontualidades, conservação e reparos de hidrôme-
tros, serviços de laboratórios, ampliações, dentre outros.
Amparada pela Lei nº 11.445/07, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, a Companhia, baseada no § 2º do inciso V do art.40,
pode interromper os serviços quando do inadimplemento do pagamento das tarifas pelo usuário, após o usuário ter sido formalmente notificado em
um prazo de 30 dias.
De uma forma geral, a Companhia mitiga seus riscos de créditos pela prestação de serviços a uma base de clientes muito dispersa e sem concentração
definida.
4. Gestão de risco financeiro--Continuação
4.1. Fatores de risco financeiro--Continuação
c) Risco de liquidez
A previsão de fluxo de caixa é realizada de duas formas: (i) uma previsão de curtíssimo prazo (até 60 dias) realizada pela Gerência Financeira; e (ii)
outra de curto prazo (até 365 dias) realizada pela Gerência de Estudos Estratégicos e de Orçamento, a partir da aprovação do orçamento de caixa da
Companhia pela Diretoria Colegiada.
A Gerência Financeira acompanha diariamente as previsões de arrecadação e gastos com despesas, custos e investimentos da Companhia, para asse-
gurar que tenha caixa suficiente para o cumprimento das obrigações de curtíssimo prazo. Monitora ainda os valores exigidos em garantia e fluxos de
recursos exigidos para o cumprimento dos contratos de financiamentos dos investimentos da Companhia, de modo que atenda às cláusulas contra-
tuais nesses quesitos. De forma complementar, a Gerência de Estudos Estratégicos e de Orçamento acompanha diariamente o impacto no orçamento
de caixa decorrente das contratações propostas pelas diversas unidades da Companhia para serviços comuns, serviços de engenharia, materiais e
obras. Os impactos extraordinários no orçamento são submetidos à aprovação da diretoria, que o fazem a partir da indicação das seguintes fontes
de recursos: (1) anulação total ou parcial das dotações (despesas, investimentos, iniciativas previstas); (2) excesso de arrecadação; e (3) operação
de crédito (financiamentos).
O excesso de caixa é investido em aplicações de curto e longo prazo, dependendo da expectativa de gasto dos recursos, visando melhorar a eficiência
e rentabilidade das aplicações, por meio de fundo de investimentos com carteira composta por títulos de renda fixa públicos federais, indexados a
CDI/SELIC ou pré-fixados desde que indexados para CDI/SELIC, ou por operações compromissadas lastreadas em títulos públicos federais.
4. Gestão de risco financeiro--Continuação
4.1. Fatores de risco financeiro--Continuação
c) Risco de liquidez--Continuação
A tabela a seguir analisa os passivos financeiros não derivativos da Companhia e os passivos financeiros não derivativos que são liquidados em
uma base líquida pela Companhia, por faixas de vencimento, correspondentes ao período remanescente entre a data do balanço patrimonial e a data
contratual do vencimento. Os valores divulgados na tabela são os fluxos de caixa não descontados contratados.
VENCIMENTO
MENOS DE 1 ANO
ENTRE 1 E 2 ANOS
ENTRE 2 E 5 ANOS
MAIS DE 5 ANOS
TOTAL
Em 31 de dezembro de 2018
Empréstimos e financiamentos
61.125
58.743
105.881
171.347
397.096
Fornecedores
124.618
-
-
-
124.618
Incentivo a aposentadoria – PRSP
34.980
40.209
17.248
6.288
98.725
Obrigações com clientes
3.558
-
-
-
3.558
VENCIMENTO
MENOS DE 1 ANO
ENTRE 1 E 2 ANOS
ENTRE 2 E 5 ANOS
MAIS DE 5 ANOS
TOTAL
Em 31 de dezembro de 2017
Empréstimos e financiamentos
56.061
54.053
121.292
182.396
413.802
Fornecedores
124.007
-
-
-
124.007
Incentivo à aposentadoria – PRSP
26.541
36.812
8.119
3.504
74.976
Obrigações com clientes
3.879
-
-
-
3.879
4. Gestão de risco financeiro--Continuação
4.1. Fatores de risco financeiro--Continuação
d) Análise de sensibilidade adicional requerida pela CVM
A seguir é apresentado a tabela do demonstrativo de análise de sensibilidade dos instrumentos financeiros que possam gerar impactos significativos
para a Companhia, considerando o pronunciamento técnico CPC 40(R1) - Instrumentos Financeiros: Evidenciação e os saldos dos principais passivos
financeiros, convertidos a uma taxa projetada, conforme Nota 26, para a liquidação final de cada contrato, convertido a valor de mercado (Cenário
I), com apreciação de 25% (Cenário II) e 50% (Cenário III).
Dada a exposição do passivo financeiro ao risco de oscilação da cotação, a Companhia apresenta abaixo três cenários de variação do dólar e os
respectivos resultados futuros que seriam gerados. São eles: (i) cenário I: cotação do dólar em R$3,8742 em 31 de dezembro de 2018; (ii) cenário II:
cotação do dólar, passando para R$4,8428; e (iii) cenário III, passando a R$5,8113.
Com relação aos ativos financeiros atrelados ao CDI, o cenário I considerou a manutenção da cotação do CDI em 31 de dezembro de 2018 em 6,40%
a.a. Os demais cenários, II e III, consideram um acréscimo da cotação em 25% (8% a.a.) e 50% (9,6% a.a.), respectivamente.
INSTRUMENTOS
FINANCEIROS
31/12/2018
RISCO
CENÁRIO I
CENÁRIO II
CENÁRIO III
Ativo financeiro
Aplicações financeiras em caixa e equivalentes de caixa e depósitos vinculados a convênios indexados ao CDI
- Ativo
Alta do indexador
78.062
79.094
80.125
- Impacto no resultado
-
1.032
2.063
Passivo financeiro
Empréstimos e financiamentos
Caixa Econômica Federal, Secretaria das Cidades, BNDES e BID
- Passivo
Alta do indexador
397.096
403.817
410.539
- Impacto no resultado
-
(6.721)
(13.443)
BID
- Passivo
Alta do U$$
216.607
270.759
324.911
- Impacto no resultado
-
(54.152)
(108.304)
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO | SÉRIE 3 | ANO XI Nº081 | FORTALEZA, 02 DE MAIO DE 2019
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