DOE 02/05/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            não mensurados ao valor justo, se o valor contábil é uma aproximação 
razoável do valor justo: 
 
 
Ativos 
Outros 
Valor
 
 
financeiros a 
passivos 
 justo 
Em 31/12/2018 
VJR custo amortizado financeiros Nível 2
Caixa e equivalentes
 de caixa  
-  
3.414  
- 
-
Depósitos vinculados  
10.737  
- 
- 10.737
Contas a receber de clientes  
-  
433  
- 
-
Fornecedores  
- 
- 
43.483 
-
Empréstimos e financiamentos  
- 
- 
195.215  
195.215
Devido ao método de transição escolhido na aplicação do CPC 48, as 
informações comparativas não foram reapresentadas para refletir os 
novos requisitos. · Valor justo (Nível 2) - Referente a outros passivos 
financeiros, foi utilizada a técnica de fluxos de caixa descontados, cujo 
modelo de avaliação considera o valor presente do pagamento esperado, 
descontado utilizando uma taxa de desconto ajustada ao risco, não tendo 
inputs significativos não observáveis. Visão geral - A Companhia possui 
exposição para os seguintes riscos resultantes de instrumentos financeiros: 
· Risco de crédito; · Risco de liquidez; · Risco de juros; e, · Risco 
operacional. Riscos de crédito - Risco de crédito é o risco de a Companhia 
incorrer em perdas decorrentes de uma contraparte em um instrumento 
financeiro, decorrente da falha deste em cumprir com suas obrigações 
contratuais. O risco é basicamente proveniente de caixa, equivalentes 
de caixa e outras contas a receber, conforme detalhado a seguir: (ii) 
Instrumentos financeiros, depósitos em dinheiro e aplicações - O 
risco de crédito de saldos bancários é administrado pelo departamento 
financeiro da Companhia de acordo com a política preestabelecida pelo 
Conselho de Administração. Os recursos excedentes são investidos em 
aplicações financeiras de acordo com a avaliação da gerência responsável. 
Além do percentual de remuneração e do rating atual de cada banco, 
leva-se em consideração o montante de capital investido nesta por parte 
de cada banco ou instituição financeira. Em 31 de dezembro de 2018, a 
Companhia tem R$ 3.414 (Em 31 de dezembro de 2017, R$ 46.284) em 
caixa e equivalentes de caixa. Adicionalmente, em 31 de dezembro de 
2018, a Companhia possui o saldo de R$ 10.737 em depósitos vinculado 
a contratos de financiamento. Risco de liquidez - Risco de liquidez é 
o risco de que a Companhia irá encontrar dificuldades em cumprir as 
obrigações associadas com seus passivos financeiros que são liquidados 
com pagamentos em caixa ou com outro ativo financeiro. A abordagem 
da Companhia na administração da liquidez é de garantir, na medida 
do possível, que sempre terá liquidez suficiente para cumprir com suas 
obrigações no vencimento, tanto em condições normais como de estresse, 
sem causar perdas inaceitáveis ou risco de prejudicar a reputação da 
Companhia. Para determinar a capacidade financeira da Companhia em 
cumprir adequadamente os compromissos assumidos, os fluxos de vencimentos dos 
recursos captados e de outras obrigações fazem parte das divulgações. Os valores 
apresentados na tabela são os fluxos de caixa contábeis contratados:
 
Até 1 ano 
Até 2 anos 
+ 2 anos
Empréstimos e financiamentos  
12.747  
25.474  
156.994
Fornecedores  
1.460  
42.023  
-
A estratégia financeira adotada pela Companhia busca constantemente a mitigação 
do risco de liquidez. Veja comentário adicional na Nota 1 referente ao capital 
circulante líquido negativo apresentado pela Companhia. Risco de juros - Decorre 
da possibilidade da Companhia sofrer ganhos ou perdas decorrentes de oscilações 
de taxas de juros incidentes sobre seus ativos e passivos financeiros. Visando a 
mitigação desse tipo de risco, a Companhia busca diversificar a captação de recursos 
em termos de taxas pré-fixadas para travar o custo financeiro das operações. A 
Companhia não operou com derivativos nos exercícios findos em 31 de dezembro 
de 2018 e 2017. Risco operacional - O risco operacional está relacionado 
com a paralisação de parte ou de todo o fornecimento esperado relacionado ao 
parque eólico. A Administração da Companhia mantém contratos firmados com 
fornecedores relevantes no mercado a fim de mitigar possíveis riscos operacionais, 
incluindo contrato de seguros e manutenções periódicas dos ativos da operação.
20 Gestão do Capital - Os objetivos da Companhia ao administrar seu capital 
são os de salvaguardar a capacidade de continuidade da Companhia para oferecer 
retorno aos acionistas e benefícios às outras partes interessadas, além de manter 
uma estrutura de capital ideal para reduzir esse custo. A Companhia monitora o 
capital com base no índice de alavancagem financeira. Esse índice corresponde à 
dívida líquida expressa como percentual da soma da dívida líquida com o patrimônio 
líquido. A dívida líquida, por sua vez, corresponde ao total de empréstimos e 
financiamentos, subtraído do montante de outros investimentos, caixa e equivalentes 
de caixa. Os índices de alavancagem financeira, em 31 de dezembro de 2018 e 
2017, podem ser assim sumariados: 
 
2018 
2017
Total de empréstimos e financiamentos bancários  
195.215  102.296
Menos: Caixa e equivalentes de caixa  
(3.414) (46.284)
Menos: Depósitos vinculados  
(10.737) 
-
Dívida líquida  
181.064  56.012
Total do patrimônio líquido  
278.591  246.328
Índice de alavancagem em 31 de dezembro  
0,65  
0,23
21 Eventos subsequentes
No dia 1º de abril de 2019, foi concluída a primeira emissão de debêntures simples, 
não conversíveis em ações de emissão da emissora, da espécie com garantia real, 
com garantia adicional fidejussória, em série única, para distribuição pública, com 
esforços restritos, da Geradora Eólica Bons Ventos da Serra 2 S.A. junto ao Banco 
ITAU BBA no valor de R$ 56.500 com taxa de 6,50 % a.a. + CDI e vencimento 
em 30 de dezembro de 2032. Mauro Rocha de Freitas - Diretor Financeiro, Renato 
Melo Gomes - Diretor Técnico, José Ricardo Santos de Oliveira - Contador CRC 
1SP268285/O-6. 
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Aos Diretores e Acionistas da Geradora Eólica Bons Ventos da Serra 2 S.A. Ibiapina – Ceará. Opinião - Examinamos as demonstrações financeiras 
da Geradora Eólica Bons Ventos da Serra 2 S.A. (Companhia), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2018 e as respectivas 
demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem 
como as correspondentes notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis significativas e outras informações elucidativas. Em nossa opinião, as 
demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Geradora 
Eólica Bons Ventos da Serra 2 S.A. em 31 de dezembro de 2018, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa 
data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Base para opinião - Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e 
internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada “Responsabilidades 
dos auditores pela auditoria das demonstrações financeiras”. Somos independentes em relação à Companhia, de acordo com os princípios éticos relevantes 
previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as 
demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar 
nossa opinião. Responsabilidades da administração pelas demonstrações financeiras - A administração é responsável pela elaboração e adequada 
apresentação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como 
necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Na 
elaboração das demonstrações financeiras, a administração é responsável pela avaliação da capacidade de a Companhia continuar operando, divulgando, 
quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações financeiras, a 
não ser que a administração pretenda liquidar a Companhia ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento 
das operações. Responsabilidades dos auditores pela auditoria das demonstrações financeiras - Nossos objetivos são obter segurança razoável de que 
as demonstrações financeiras, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório 
de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com 
as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de 
fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões 
econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras. Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras 
e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso: - Identificamos e 
avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos 
procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. 
O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os 
controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais. -Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a 
auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas não com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia 
dos controles internos da Companhia. - Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas 
divulgações feitas pela administração. - Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base 
nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação 
à capacidade de continuidade operacional da Companhia. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de 
auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações financeiras ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. 
Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar 
a Companhia a não mais se manter em continuidade operacional. - Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras, 
inclusive as divulgações e se as demonstrações financeiras representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de 
apresentação adequada. Comunicamo-nos com a administração a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações 
significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos. Fortaleza, 
30 de abril de 2019. KPMG Auditores Independentes - CRC 2SP014428/O-6 “S” CE. João Alberto da Silva Neto - Contador CRC RS-048980/O-0 T-CE.
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XI Nº081  | FORTALEZA, 02 DE MAIO DE 2019

                            

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