DOE 10/05/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará
compromissos indexados à variação cambial. Risco de Taxa de juros:
A Companhia está exposta ao risco de elevação da taxa de juros, em
31/12/2018. Esta exposição ocorre em função do passivo de Financiamen-
tos (Nota no 10) indexado à variação do TJLP. As aplicações financeiras da
Companhia foram alocadas em CDBs, rentabilizadas pelos CDI, reduzin-
do a exposição líquida em 31/12/2018. Adicionalmente, a totalidade dos
contratos de venda de energia em vigor possui cláusula de reajuste infla-
cionário, com aplicação de IPCA, o que representa um hedge natural de
longo prazo para as dívidas e as obrigações indexadas a índices atrelados à
aceleração inflacionária, caso das dívidas vinculadas ao TJLP. Análise de
sensibilidade: No que se refere ao risco de elevação da taxa de juros mais
relevante, os consultores econômicos da Companhia estimam que, em um
cenário provável em 31/12/2019, a TJLP acumulada para os financiamentos
será de 6,59%, e para as aplicações financeiras o CDI será de 7,09%. A
Companhia realizou uma análise de sensibilidade dos efeitos nos resultados
advindos de uma elevação na taxa CDI de 25% e 50% em relação ao cená-
rio base, considerados como Cenário I e II, respectivamente, para:
31/12/2018
Cenário Cenário Cenário
Ativo
Valor
Contábil
Base CDI
7,09%%
I CDI
8,86%
II CDI
10,64%
Aplicações financeiras
(notas nº 3 e 4)
12.117
12.976
13.191
13.406
Ativo líquido exposto
12.117
12.976
13.191
13.406
Efeito no resultado
859
1.074
1.289
31/12/2018
Cenário Cenário Cenário
Passivo
Valor
Contábil
Base TJLP
6,59%
I TJLP
8,24%
II TJLP
9,89%
Financiamentos (nota no 10)
(64.895)
(69.172) (70.242) (71.313)
Passivo líquido exposto
(64.895)
(69.172) (70.242) (71.313)
Efeito no resultado
(4.277)
(5.347)
(6.418)
Efeito líquido da variação
das taxas de juros
(3.417)
(4.274)
(5.129)
Risco de liquidez: A Companhia apresenta uma geração de caixa suficiente
para cobrir suas exigências de caixa vinculadas às suas atividades operacio-
nais. A acionista da Companhia faz a administração do risco de liquidez,
com um conjunto de metodologias, procedimentos e instrumentos coeren-
tes com a complexidade do negócio e aplicados no controle permanente dos
processos financeiros, a fim de se garantir o adequado gerenciamento dos
riscos. A acionista da Companhia administra o risco de liquidez acompa-
nhando permanentemente o seu fluxo de caixa, numa visão orçamentária,
que projeta os saldos mensalmente, para cada uma das operações, em um
período de 12 meses, e de liquidez diária, que projeta os saldos diariamente
para 180 dias. As alocações de curto prazo obedecem, igualmente, a princí-
pios rígidos manejando seus recursos em instituições financeiras de primei-
ra linha, aplicados diretamente em CDB’s ou operações compromissadas
remuneradas pela taxa CDI. Na gestão das aplicações, a empresa busca
obter rentabilidade nas operações a partir de uma rígida análise de crédito
bancário, observando limites operacionais com bancos baseados em avalia-
ções que levam em conta ratings, exposições e patrimônio. Busca também
retorno trabalhando no alongamento de prazos das aplicações, sempre com
base na premissa principal, que é o controle da liquidez. O fluxo de paga-
mentos das obrigações da Companhia, com dívidas pactuadas com fornece-
dores e financiamentos, pós e pré-fixadas, incluindo os juros futuros até a
data dos vencimentos contratuais, para controladora e consolidado, podem
ser observadas na tabela abaixo:
Instrumentos Finan-
ceiros à taxa de Juros:
- Pós-Fixadas
Até 1
mês
De 1
a 3
meses
De 3
meses a
1 ano
De 1 a
5 anos
Mais
de 5
anos
Total
Fornecedores
751
-
-
-
-
751
Financiamentos
802 2.415
7.311 44.024 61.204 115.756
1.553 2.415
7.311 44.024 61.204 116.343
Risco de crédito: Atualmente, os recebíveis da Companhia advêm de con-
tratos firmados com seus acionistas (partes relacionadas) ou da liquidação
no mercado de curto prazo. Na liquidação do contrato de venda de energia
com acionistas entende-se que o risco de crédito é mitigado pelo interesse
intrínseco da parte envolvida. Com relação às liquidações no mercado de
curto prazo, o controle é feito pela própria CCEE que centraliza as opera-
ções dos principais agentes setoriais. Dessa forma, o risco decorrente da
possibilidade de a Companhia incorrer em perdas, advindas da dificuldade
de recebimento dos valores faturados a seus clientes, é considerado baixo.
A Companhia faz um acompanhamento, buscando reduzir a inadimplência,
de forma individual, junto aos seus consumidores. Também são estabeleci-
das negociações que viabilizem o recebimento dos créditos eventualmen-
te em atraso. No que se refere ao risco decorrente da possibilidade de a
Companhia incorrer em perdas, advindas da decretação de insolvência de
instituição financeira em que mantenha depósitos é baixa, haja visto que a
Companhia investe apenas em instituições de primeira linha e realiza uma
criteriosa análise do risco associado a estas instituições, bem como ao ris-
co associado aos produtos financeiros nos quais aplica. A Companhia tem
acesso às avaliações de risco de seus acionistas no que diz respeito às con-
trapartes de instituições financeiras, estas análises são também realizadas
com base nas políticas internas aprovadas pelos seus respectivos fóruns de
definição de estratégias para gerenciamento dos riscos financeiros. A Com-
panhia avalia e dimensiona, além dos riscos de crédito das instituições, o
risco de liquidez, o risco de mercado da carteira de investimentos e o risco
operacional da tesouraria. Todas as aplicações são realizadas em títulos fi-
nanceiros que têm características de renda fixa, em sua maioria atrelados
ao CDI. A Companhia não realiza operações que incorporem risco de vo-
latilidade em suas demonstrações financeiras. O valor contábil dos ativos
financeiros representa a exposição máxima do crédito. A exposição máxima
ao risco de crédito é a seguinte:
31/12/2018 31/12/2017
Caixa e equivalentes de caixa
8.027
17.329
Aplicações financeiras
4.115
-
Contas a receber
7.847
2.806
Total da exposição
19.989
20.135
Risco de escassez de vento: Esse risco decorre da possibilidade da falta
de vento ocasionada por fatores naturais, o qual é minimizado em função
das “jazidas de vento” do Brasil estarem entre as melhores do mundo, pois,
além de contar com alta velocidade, os ventos são consideráveis bens es-
táveis, diferentes de certas regiões da Ásia e dos Estados Unidos, sujei-
tas a ciclones, tufões e outras turbulências. 17 - Cobertura de seguros:
Em 31/12/2018, a Companhia possuía cobertura de seguros contra riscos
operacionais no montante de R$145.440 e de responsabilidade civil no
montante de R$8.940, os quais a Administração entende que as coberturas
representam valores suficientes para cobrir eventuais perdas. As premissas
de riscos adotados, devida à sua natureza, não fazem parte do escopo de
uma auditoria de Demonstrações Financeiras, consequentemente não foram
auditadas pelos nossos auditores independentes. 18 - Compromissos: Em
31/12/2018, a Companhia possuía os seguintes compromissos assumidos: A
Companhia assinou um contrato para operação e manutenção de seus aero-
geradores por dez anos, o qual resultará em uma despesa total de R$13.687.
Compromissos referentes à operação do empreendimento: A Companhia
possui ainda contratos de arrendamento com os proprietários das terras
onde seus ativos estão sendo implementados, estes arrendamentos preve-
em o pagamento de 1,5% da receita líquida por aerogerador implantado
no terreno do arrendatário. A expectativa de desembolsos com a referida
obrigação é apresentada conforme segue:
Ano
R$
2019
341
2020
357
2021
373
2022 a 2046
15.614
19 - Transações não envolvendo caixa
Objeto
31/12/2018 31/12/2017
Compra de ativo imobilizado
-
5.108
Aumento de capital através de mútuos e AFACs
8.992
35.993
Prov. para compromisso futuro - desmobilização
-
887
Prov. p/comprom. futuro - licença de operação
6
590
Diretoria: Humberto de Oliveira Barbosa - Diretor Técnico; José Cleber
Teixeira - Diretor Administrativo. Responsável Técnico: Rafael Lisboa
Fernandes - Contador CRC/MG - 105611/O-3.
Aos Conselheiros e Diretores da Central Eólica Santo Inácio III S.A. - lca-
puí - CE. OpinIão: Examinamos as demonstrações financeiras da Central
Eólica Santo Inácio III S.A. (Companhia). que compreendem o balanço
patrimonial em 31 de dezembro de 2018 e as respectivas demonstrações do
resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e
dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as corres-
pondentes notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis signifi-
cativas e outras informações elucidativas. Em nossa opinião, as demonstra-
ções financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os
aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Central Eólica
Santo Inácio III S.A. em 31 de dezembro de 2018, o desempenho de suas
operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de
acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Base para opinião:
Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e inter-
nacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com
tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada “Responsabilidades
dos auditores pela auditoria das demonstrações financeiras”. Somos inde-
pendentes em relação à Companhia, de acordo com os princípios éticos re-
levantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas nor-
mas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e
cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e
apropriada para fundamentar nossa opinião. Ênfase - Transações com par-
tes relacionadas: Chamamos a atenção para o fato de que parte substancial
das operações de venda de energia da Companhia são realizadas com partes
relacionadas, conforme descrito na nota explicativa n° 12. Portanto, as de-
monstrações financeiras acima referidas devem ser lidas neste contexto.
Nossa opinião não está ressalvada em relação a esse assunto. Outros as-
suntos - Outros assuntos - Auditoria dos valores correspondentes: O
exame das demonstrações financeiras relativas ao exercício findo em 31 de
dezembro de 2017, preparados originalmente antes dos ajustes registrados
para correção de erros, descritos na nota explicativa n° 2.7, foram conduzi-
dos sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram
relatórios de auditoria sem ressalvas datados de 20 de abril de 2018. Não
fomos contratados para examinar os ajustes dos valores correspondentes
relativos às demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2017, ou de
quaisquer notas explicativas relacionadas e, consequentemente, não expres-
samos uma opinião sobre eles, bem como sobre os valores correspondentes
tomados em conjunto. Outras informações que acompanham as de-
monstrações financeiras e o relatório dos auditores: A administração da
Companhia é responsável por essas outras informações que compreendem
o Relatório da Administração. Nossa opinião sobre as demonstrações finan-
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO | SÉRIE 3 | ANO XI Nº087 | FORTALEZA, 10 DE MAIO DE 2019
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