DOE 10/05/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará
Métodos e técnicas de avaliação: A Companhia entende que valor justo de
contas a receber e fornecedores, por possuir a maior parte dos seus venci-
mentos no curto prazo, já está refletido em seu valor contábil. Assim como
os saldos de caixa e equivalentes de caixa e aplicações financeiras mantidas
até o vencimento entende-se que o seu valor justo é similar ao valor contábil
registrado, pois estes têm taxas de juros indexadas à curva DI (Depósitos
Interfinanceiros) que reflete as variações das condições de mercado. Para os
financiamentos, a Companhia mensura o valor justo através do valor pre-
sente dos fluxos projetados considerando as características contratuais de
cada operação. A metodologia adotada consiste em calcular o valor presente
dos fluxos futuros das dívidas. Risco de taxas de câmbio: A Companhia
não possui saldos em moedas estrangeiras, ou mesmo quaisquer diretos
e/ou compromissos indexados à variação cambial. Risco de taxa de ju-
ros: A Companhia está exposta ao risco de elevação da taxa de juros, em
31/12/2018. Esta exposição ocorre em função do passivo de Financiamen-
tos (Nota no 10) indexado à variação do TJLP. Análise de sensibilidade:
No que se refere ao risco de elevação da taxa de juros mais relevante, os
consultores econômicos da Companhia estimam que, em um cenário pro-
vável em 31/12/2018, a TJLP acumulada para os financiamentos será de
6,75%, e para as aplicações financeiras o CDI será de 6,64%. A Companhia
realizou uma análise de sensibilidade dos efeitos nos resultados advindos
de uma elevação na taxa CDI de 25% e 50% em relação ao cenário base,
considerados como Cenário I e II, respectivamente, para:
31/12/2018 Cenário Base Cenário I Cenário II
Ativo
Valor
Contábil
CDI
7,09%%
CDI
8,86%
CDI
10,64%
Aplicações financeiras
(notas nº 3 e 4)
9.811
10.507
10.680
10.855
Ativo líquido exposto
9.811
10.507
10.680
10.855
Efeito no resultado
696
869
1.044
31/12/2018 Cenário Base Cenário I Cenário II
Passivo
Valor
Contábil
TJLP
6,59%
TJLP
8,24%
TJLP
9,89%
Financ. (nota no 10)
(48.864)
(52.084)
(52.890)
(53.697)
Passivo líq. exposto
(48.864)
(52.084)
(52.890)
(53.697)
Efeito no resultado
(3.220)
(4.026)
(4.833)
Efeito líq. da var. das
taxas de juros
(2.525)
(3.157)
(3.789)
Risco de liquidez: A Companhia apresenta uma geração de caixa suficiente
para cobrir suas exigências de caixa vinculadas às suas atividades operacio-
nais. A acionista da Companhia faz a administração do risco de liquidez,
com um conjunto de metodologias, procedimentos e instrumentos coeren-
tes com a complexidade do negócio e aplicados no controle permanente dos
processos financeiros, a fim de se garantir o adequado gerenciamento dos
riscos. A acionista da Companhia administra o risco de liquidez acompa-
nhando permanentemente o seu fluxo de caixa, numa visão orçamentária,
que projeta os saldos mensalmente, para cada uma das operações, em um
período de 12 meses, e de liquidez diária, que projeta os saldos diariamente
para 180 dias. As alocações de curto prazo obedecem, igualmente, a princí-
pios rígidos manejando seus recursos em instituições financeiras de primei-
ra linha, aplicados diretamente em CDB’s ou operações compromissadas
remuneradas pela taxa CDI. Na gestão das aplicações, a empresa busca
obter rentabilidade nas operações a partir de uma rígida análise de crédito
bancário, observando limites operacionais com bancos baseados em avalia-
ções que levam em conta ratings, exposições e patrimônio. Busca também
retorno trabalhando no alongamento de prazos das aplicações, sempre com
base na premissa principal, que é o controle da liquidez. O fluxo de paga-
mentos das obrigações da Companhia, com dívidas pactuadas com forne-
cedores e financiamentos, pós e pré-fixadas, incluindo os juros futuros até a
data dos vencimentos contratuais, para controladora e consolidado, podem
ser observadas na tabela abaixo:
Instrumentos Financeiros
à taxa de Juros:
- Pós-Fixadas
Até
1 mês
De 1
a 3
meses
De 3
meses a
1 ano
De 1 a
5 anos
Mais
de 5
anos
Total
Fornecedores
590
-
-
-
-
590
Financiamentos
604 1.818
5.505 33.149 46.085 87.161
1.194 1.818
5.505 33.149 46.085 87.751
Risco de crédito: Atualmente, os recebíveis da Companhia advêm de con-
tratos firmados com seus acionistas (partes relacionadas) ou da liquidação
no mercado de curto prazo. Na liquidação do contrato de venda de energia
com acionistas entende-se que o risco de crédito é mitigado pelo interesse
intrínseco da parte envolvida. Com relação às liquidações no mercado de
curto prazo, o controle é feito pela própria CCEE que centraliza as opera-
ções dos principais agentes setoriais. Dessa forma, o risco decorrente da
possibilidade de a Companhia incorrer em perdas, advindas da dificuldade
de recebimento dos valores faturados a seus clientes, é considerado baixo.
A Companhia faz um acompanhamento, buscando reduzir a inadimplência,
de forma individual, junto aos seus consumidores. Também são estabeleci-
das negociações que viabilizem o recebimento dos créditos eventualmen-
te em atraso. No que se refere ao risco decorrente da possibilidade de a
Companhia incorrer em perdas, advindas da decretação de insolvência de
instituição financeira em que mantenha depósitos é baixa, haja visto que a
Companhia investe apenas em instituições de primeira linha e realiza uma
criteriosa análise do risco associado a estas instituições, bem como ao ris-
co associado aos produtos financeiros nos quais aplica. A Companhia tem
acesso às avaliações de risco de seus acionistas no que diz respeito às con-
trapartes de instituições financeiras, estas análises são também realizadas
com base nas políticas internas aprovadas pelos seus respectivos fóruns de
definição de estratégias para gerenciamento dos riscos financeiros. A Com-
panhia avalia e dimensiona, além dos riscos de crédito das instituições, o
risco de liquidez, o risco de mercado da carteira de investimentos e o risco
operacional da tesouraria. Todas as aplicações são realizadas em títulos fi-
nanceiros que têm características de renda fixa, em sua maioria atrelados
ao CDI. A Companhia não realiza operações que incorporem risco de vo-
latilidade em suas demonstrações financeiras. O valor contábil dos ativos
financeiros representa a exposição máxima do crédito. A exposição máxima
ao risco de crédito é a seguinte:
31/12/2018 31/12/2017
Caixa e equivalentes de caixa
6.716
14.352
Aplicações financeiras
3.121
-
Contas a receber
5.789
2.159
Total da exposição
15.626
16.511
Risco de escassez de vento: Esse risco decorre da possibilidade da fal-
ta de vento ocasionada por fatores naturais, o qual é minimizado em fun-
ção das “jazidas de vento” do Brasil estarem entre as melhores do mun-
do, pois, além de contar com alta velocidade, os ventos são consideráveis
bens estáveis, diferentes de certas regiões da Ásia e dos Estados Unidos,
sujeitas a ciclones, tufões e outras turbulências. 17 - Cobertura de se-
guros: Em 31/12/2018, a Companhia possuía cobertura de seguros con-
tra riscos operacionais no montante de R$107.351 e de responsabilidade
civil no montante de R$7.020, os quais a Administração entende que as
coberturas representam valores suficientes para cobrir eventuais per-
das. As premissas de riscos adotados, devida à sua natureza, não fazem
parte do escopo de uma auditoria de Demonstrações Financeiras, conse-
quentemente não foram auditadas pelos nossos auditores independentes.
18 - Compromissos: Em 31/12/2018, a Companhia possuía os seguintes
compromissos assumidos: Compromissos referentes à implantação do Pro-
jeto Eólico: a) Em 31/12/2017, a Companhia possuía contrato de forneci-
mento de aerogeradores no valor de R$988. Ao longo de 2018, o contrato
foi liquidado. b) A Companhia também assinou um contrato para opera-
ção e manutenção de seus aerogeradores por dez anos, o qual resultará em
uma despesa total de R$10.754. Compromissos referentes à operação do
empreendimento: A Companhia possui ainda contratos de arrendamento
com os proprietários das terras onde seus ativos estão sendo implementa-
dos, estes arrendamentos preveem o pagamento de 1,5% da receita líqui-
da por aerogerador implantado no terreno do arrendatário. A expectativa
de desembolsos com a referida obrigação é apresentada conforme segue:
Ano
R$
2019
267
2020
280
2021
292
2022 a 2046
12.222
19 - Transações não envolvendo caixa
Objeto
31/12/2018 31/12/2017
Compra de ativo imobilizado
-
4.972
Aumento de capital através de mútuos e AFACs
6.797
12.274
Provisão
para
compromisso
futuro
-
desmobilização
-
699
Prov. p/compromisso futuro - licença de operação
2
461
Diretoria: Humberto de Oliveira Barbosa - Diretor Técnico; José Cleber
Teixeira - Diretor Administrativo. Responsável Técnico: Rafael Lisboa
Fernandes - Contador - CRC/MG - 105611/O-3.
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Aos Conselheiros e Diretores da Central Eólica Santo Inácio IV S.A. -
lcapuí - CE. Opinião: Examinamos as demonstrações financeiras da Cen-
tral Eólica Santo Inácio IV S.A. (Companhia), que compreendem o balanço
patrimonial em 31 de dezembro de 2018 e as respectivas demonstrações do
resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e
dos f luxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as corres-
pondentes notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis signifi-
cativas e outras informações elucidativas. Em nossa opinião, as demonstra-
ções financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os
aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Central Eólica
Santo Inácio IV S.A. em 31 de dezembro de 2018, o desempenho de suas
operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de
acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Base para opinião:
Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e inter-
nacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com
tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada “Responsabilidades
dos auditores pela auditoria das demonstrações financeiras”. Somos inde-
pendentes em re lação à Companhia, de acordo com os princípios éticos
relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas nor-
mas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cum-
primos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas nor-
mas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apro-
priada para fundamentar nossa opinião. Ênfase: Transações com partes
relacionadas: Chamamos a atenção para o fato de que parte substancial das
operações de venda de energia da Companhia são realizadas com partes
relacionadas, conforme descrito na nota explicativa nº 12. Portanto, as de-
monstrações financeiras acima referidas devem ser lidas neste contexto.
Nossa opinião não está ressalvada em relação a esse assunto. Outros as-
suntos: Outros assuntos - Auditoria dos valores correspondentes: O
exame das demonstrações financeiras relativas ao exercício findo em 31 de
dezembro de 2017, preparados originalmente antes dos ajustes registrados
para correção de erros, descritos na nota explicativa nº 2.7, foram conduzi-
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO | SÉRIE 3 | ANO XI Nº087 | FORTALEZA, 10 DE MAIO DE 2019
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