DOE 10/05/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            pequeno ou inexistente, não observável ou ilíquido. 
31/12/2018
31/12/2017
Categoria dos instrumentos 
financeiros
Nível
Con- 
tábil 
Valor 
justo
Con- 
tábil 
Valor 
justo
Ativos financeiros:
Custo amortizado
Caixa e equivalentes de caixa
2
5.469
5.469
11.120
11.120
Aplicações financeiras
2
3.125
3.125
-
-
Contas a receber
2
7.099
7.099
3.826
3.826
Outros valores a receber de
 partes relacionadas
2
11
11
9
9
15.704 15.704 14.955 14.955
Passivos financeiros:
Avaliados ao custo amortizado
Fornecedores
2
587
587
1.880
1.880
Financiamentos 
2
48.947 69.421 51.206 75.563
Outros passivos com partes
 relacionadas
2
179
179 12.393 12.393
49.713 49.713 65.479 89.836
Métodos e técnicas de avaliação: A Companhia entende que valor justo de 
contas a receber e fornecedores, por possuir a maior parte dos seus venci-
mentos no curto prazo, já está refletido em seu valor contábil. Assim como 
os saldos de caixa e equivalentes de caixa e aplicações financeiras mantidas 
até o vencimento entende-se que o seu valor justo é similar ao valor contábil 
registrado, pois estes têm taxas de juros indexadas à curva DI (Depósitos 
Interfinanceiros) que reflete as variações das condições de mercado. Para os 
financiamentos, a Companhia mensura o valor justo através do valor pre-
sente dos fluxos projetados considerando as características contratuais de 
cada operação. A metodologia adotada consiste em calcular o valor presente 
dos fluxos futuros das dívidas. Risco de taxas de câmbio: A Companhia 
não possui saldos em moedas estrangeiras, ou mesmo quaisquer diretos 
e/ou compromissos indexados à variação cambial. Risco de taxa de ju-
ros: A Companhia está exposta ao risco de elevação da taxa de juros, em 
31 de dezembro de 2018. Esta exposição ocorre em função do passivo de 
Financiamentos (Nota no 10) indexado à variação do TJLP. As aplicações 
financeiras da Companhia foram alocadas em CDBs, rentabilizadas pelos 
CDI, reduzindo a exposição líquida em 31 de dezembro de 2018. Adicio-
nalmente, a totalidade dos contratos de venda de energia em vigor possui 
cláusula de reajuste inflacionário, com aplicação de IPCA, o que representa 
um hedge natural de longo prazo para as dívidas e as obrigações indexadas 
a índices atrelados à aceleração inflacionária, caso das dívidas vinculadas 
ao TJLP. Análise de sensibilidade: No que se refere ao risco de elevação 
da taxa de juros mais relevante, os consultores econômicos da Companhia 
estimam que, em um cenário provável em 31 de dezembro de 2019, a TJLP 
acumulada para os financiamentos será de 6,59%, e para as aplicações fi-
nanceiras o CDI será de 7,09%. A Companhia realizou uma análise de sen-
sibilidade dos efeitos nos resultados advindos de uma elevação na taxa CDI 
de 25% e 50% em relação ao cenário base, considerados como Cenário I e 
II, respectivamente, para:
31/12/2018
Cenário 
Base
Cenário 
I
Cenário 
II
Ativo
Valor 
Contábil
CDI 
7,09%%
CDI 
8,86%
CDI 
10,64%
Aplicações financeiras
 (notas nº 3 e 4)
8.567
9.174
9.326
9.479
Ativo líquido exposto
8.567
9.174
9.326
9.479
Efeito no resultado
607
759
912
31/12/2018
Cenário 
Base
Cenário 
I
Cenário 
II
Passivo
Valor 
Contábil
TJLP 
6,59%
TJLP 
8,24%
TJLP 
9,89%
Financiamentos (nota no 10)
(48.947)
(52.173) (52.980) (53.788)
Passivo líquido exposto
(48.947)
(52.173) (52.980) (53.788)
Efeito no resultado
(3.226)
(4.033)
(4.841)
Efeito líq. da variação das
 taxas de juros
(2.619)
(3.274)
(3.929)
Risco de liquidez: A Companhia apresenta uma geração de caixa sufi-
ciente para cobrir suas exigências de caixa vinculadas às suas atividades 
operacionais. A acionista da Companhia faz a administração do risco de 
liquidez, com um conjunto de metodologias, procedimentos e instrumen-
tos coerentes com a complexidade do negócio e aplicados no controle 
permanente dos processos financeiros, a fim de se garantir o adequado 
gerenciamento dos riscos. A acionista da Companhia administra o risco 
de liquidez acompanhando permanentemente o seu fluxo de caixa, numa 
visão orçamentária, que projeta os saldos mensalmente, para cada uma das 
operações, em um período de 12 meses, e de liquidez diária, que projeta 
os saldos diariamente para 180 dias. As alocações de curto prazo obede-
cem, igualmente, a princípios rígidos manejando seus recursos em ins-
tituições financeiras de primeira linha, aplicados diretamente em CDB’s 
ou operações compromissadas remuneradas pela taxa CDI. Na gestão das 
aplicações, a empresa busca obter rentabilidade nas operações a partir de 
uma rígida análise de crédito bancário, observando limites operacionais 
com bancos baseados em avaliações que levam em conta ratings, expo-
sições e patrimônio. Busca também retorno trabalhando no alongamento 
de prazos das aplicações, sempre com base na premissa principal, que é 
o controle da liquidez. O fluxo de pagamentos das obrigações da Compa-
nhia, com dívidas pactuadas com fornecedores e financiamentos, pós e pré-
-fixadas, incluindo os juros futuros até a data dos vencimentos contratuais, 
para controladora e consolidado, podem ser observadas na tabela abaixo:
Instrumentos 
Financeiros à taxa
 de Juros:
Até 
1 mês
De 1 a 
3 meses
De 3 meses 
a 1 ano
De 1 a 
5 anos
Mais 
de 5 
anos
Total
- Pós-Fixadas
 
 
 
 
 
 
Fornecedores
587
-
-
-
-
587
Financiamentos
605
1.821
5.515 33.206 46.164 87.310
 1.192
1.821
5.515 33.206 46.164 87.897
Risco de crédito: Atualmente, os recebíveis da Companhia advêm de con-
tratos firmados com seus acionistas (partes relacionadas) ou da liquidação 
no mercado de curto prazo. Na liquidação do contrato de venda de energia 
com acionistas entende-se que o risco de crédito é mitigado pelo interesse 
intrínseco da parte envolvida. Com relação às liquidações no mercado de 
curto prazo, o controle é feito pela própria CCEE que centraliza as opera-
ções dos principais agentes setoriais. Dessa forma, o risco decorrente da 
possibilidade de a Companhia incorrer em perdas, advindas da dificuldade 
de recebimento dos valores faturados a seus clientes, é considerado baixo. 
A Companhia faz um acompanhamento, buscando reduzir a inadimplência, 
de forma individual, junto aos seus consumidores. Também são estabeleci-
das negociações que viabilizem o recebimento dos créditos eventualmen-
te em atraso. No que se refere ao risco decorrente da possibilidade de a 
Companhia incorrer em perdas, advindas da decretação de insolvência de 
instituição financeira em que mantenha depósitos é baixa, haja visto que a 
Companhia investe apenas em instituições de primeira linha e realiza uma 
criteriosa análise do risco associado a estas instituições, bem como ao ris-
co associado aos produtos financeiros nos quais aplica. A Companhia tem 
acesso às avaliações de risco de seus acionistas no que diz respeito às con-
trapartes de instituições financeiras, estas análises são também realizadas 
com base nas políticas internas aprovadas pelos seus respectivos fóruns de 
definição de estratégias para gerenciamento dos riscos financeiros. A Com-
panhia avalia e dimensiona, além dos riscos de crédito das instituições, o 
risco de liquidez, o risco de mercado da carteira de investimentos e o risco 
operacional da tesouraria. Todas as aplicações são realizadas em títulos fi-
nanceiros que têm características de renda fixa, em sua maioria atrelados 
ao CDI. A Companhia não realiza operações que incorporem risco de vo-
latilidade em suas demonstrações financeiras. O valor contábil dos ativos 
financeiros representa a exposição máxima do crédito. A exposição máxima 
ao risco de crédito é a seguinte:
31/12/2018 31/12/2017
Caixa e equivalentes de caixa
5.469
11.120
Aplicações financeiras
3.125
-
Contas a receber
7.099
3.826
Total da exposição
15.693
14.946
Risco de escassez de vento: Esse risco decorre da possibilidade da 
falta de vento ocasionada por fatores naturais, o qual é minimiza-
do em função das “jazidas de vento” do Brasil estarem entre as melho-
res do mundo, pois, além de contar com alta velocidade, os ventos 
são consideráveis bens estáveis, diferentes de certas regiões da Ásia e 
dos Estados Unidos, sujeitas a ciclones, tufões e outras turbulências. 
17 - Cobertura de seguros: Em 31 de dezembro de 2018, a Companhia 
possuía cobertura de seguros contra riscos operacionais no montante de R$ 
107.350 e de responsabilidade civil no montante de R$7.020, os quais a 
Administração entende que as coberturas representam valores suficientes 
para cobrir eventuais perdas. As premissas de riscos adotados, devida à sua 
natureza, não fazem parte do escopo de uma auditoria de Demonstrações 
Financeiras, consequentemente não foram auditadas pelos nossos audito-
res independentes. 18 - Compromissos: Em 31 de dezembro de 2018, a 
Companhia possuía os seguintes compromissos assumidos: Compromissos 
referentes à implantação do Projeto Eólico: a) Em 31 de dezembro de 2017, 
a Companhia possuía contrato de fornecimento de aerogeradores no valor 
de R$988. Ao longo de 2018, o contrato foi liquidado. b) A Companhia 
também assinou um contrato para operação e manutenção de seus aeroge-
radores por dez anos, o qual resultará em uma despesa total de R$10.754. 
Compromissos referentes à operação do empreendimento: A Companhia 
possui ainda contratos de arrendamento com os proprietários das terras 
onde seus ativos estão sendo implementados, estes arrendamentos preve-
em o pagamento de 1,5% da receita líquida por aerogerador implantado 
no terreno do arrendatário. A expectativa de desembolsos com a referida 
obrigação é apresentada conforme segue:
Ano
R$
2019
267
2020
280
2021
292
2022 a 2046
12.061
19 - Informações complementares ao fluxo de caixa: As principais tran-
sações que não afetaram o caixa foram as seguintes:
Objeto
31/12/2018 31/12/2017
Compra de ativo imobilizado
-
1.795
Aumento de capital através de mútuos e AFACs
6.847
12.898
Provisão para compromisso futuro
 - desmobilização
-
697
Provisão para compromisso futuro
 - licença de operação
6
464
Diretoria: Humberto de Oliveira Barbosa - Diretor Técnico. José Cleber 
Teixeira - Diretor Administrativo. Responsável técnico: Rafael Lisboa 
Fernandes - Contador CRC/MG - 105611/O-3
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XI Nº087  | FORTALEZA, 10 DE MAIO DE 2019

                            

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