DOE 10/05/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            Passivos financeiros:
Avaliados ao custo amortizado
Fornecedores
2
4.573
4.573
12.995
12.995
Financiamentos 
2
63.460 90.006
66.388
97.968
Outros passivos c/partes relacs.
2
-
-
20.972
20.972
68.033 94.579 100.355 131.935
Métodos e técnicas de avaliação: A Companhia entende que valor jus-
to de contas a receber e fornecedores, por possuir a maior parte dos seus 
vencimentos no curto prazo, já está refletido em seu valor contábil. Assim 
como os saldos de caixa e equivalentes de caixa e aplicações financeiras 
mantidas até o vencimento entende-se que o seu valor justo é similar ao 
valor contábil registrado, pois estes têm taxas de juros indexadas à curva 
DI (Depósitos Interfinanceiros) que reflete as variações das condições de 
mercado. Para os financiamentos, a Companhia mensura o valor justo atra-
vés do valor presente dos fluxos projetados considerando as características 
contratuais de cada operação. A metodologia adotada consiste em calcular 
o valor presente dos fluxos futuros das dívidas. Risco de taxas de câm-
bio: A Companhia não possui saldos em moedas estrangeiras, ou mesmo 
quaisquer diretos e/ou compromissos indexados à variação cambial. Risco 
de taxa de juros: A Companhia está exposta ao risco de elevação da taxa 
de juros, em 31/12/2018. Esta exposição ocorre em função do passivo de 
Financiamentos (Nota no 11) indexado à variação do TJLP. As aplicações 
financeiras da Companhia foram alocadas em CDBs, rentabilizadas pelos 
CDI, reduzindo a exposição líquida em 31/12/2018. Adicionalmente, a 
totalidade dos contratos de venda de energia em vigor possui cláusula de 
reajuste inflacionário, com aplicação de IPCA, o que representa um hedge 
natural de longo prazo para as dívidas e as obrigações indexadas a índices 
atrelados à aceleração inflacionária, caso das dívidas vinculadas ao TJLP. 
Análise de sensibilidade: No que se refere ao risco de elevação da taxa de 
juros mais relevante, os consultores econômicos da Companhia estimam 
que, em um cenário provável em 31/12/2019, a TJLP acumulada para os fi-
nanciamentos será de 6,59%, e para as aplicações financeiras o CDI será de 
7,09%. A Companhia realizou uma análise de sensibilidade dos efeitos nos 
resultados advindos de uma elevação na taxa CDI de 25% e 50% em relação 
ao cenário base, considerados como Cenário I e II, respectivamente, para:
31/12/2018 Cen. Base
Cen. I
Cenário 
II
Ativo
Valor 
Contábil
CDI 
7,09%%
CDI 
8,86%
CDI 
10,64%
Aplicações financeiras
 (notas nº 3 e 4)
19.961
21.376
21.730
22.085
Ativo líquido exposto
19.961
21.376
21.730
22.085
Efeito no resultado
1.415
1.769
2.124
31/12/2018
Cenário 
Base
Cenário 
I
Cenário 
II
Passivo
Valor 
Contábil
TJLP 
6,59%
TJLP 
8,24%
TJLP 
9,89%
Financiamentos (nota no 11)
(63.460)
(67.642)
(68.689)
(69.736)
Passivo líquido exposto
(63.460)
(67.642)
(68.689)
(69.736)
Efeito no resultado
(4.182)
(5.229)
(6.276)
Efeito líq. da variação das
 taxas de juros
(2.767)
(3.461)
(4.152)
Risco de liquidez: A Companhia apresenta uma geração de caixa sufi-
ciente para cobrir suas exigências de caixa vinculadas às suas atividades 
operacionais. A acionista da Companhia faz a administração do risco de 
liquidez, com um conjunto de metodologias, procedimentos e instrumen-
tos coerentes com a complexidade do negócio e aplicados no controle 
permanente dos processos financeiros, a fim de se garantir o adequado 
gerenciamento dos riscos. A acionista da Companhia administra o risco 
de liquidez acompanhando permanentemente o seu fluxo de caixa, numa 
visão orçamentária, que projeta os saldos mensalmente, para cada uma das 
operações, em um período de 12 meses, e de liquidez diária, que projeta 
os saldos diariamente para 180 dias. As alocações de curto prazo obede-
cem, igualmente, a princípios rígidos manejando seus recursos em ins-
tituições financeiras de primeira linha, aplicados diretamente em CDB’s 
ou operações compromissadas remuneradas pela taxa CDI. Na gestão das 
aplicações, a empresa busca obter rentabilidade nas operações a partir de 
uma rígida análise de crédito bancário, observando limites operacionais 
com bancos baseados em avaliações que levam em conta ratings, expo-
sições e patrimônio. Busca também retorno trabalhando no alongamento 
de prazos das aplicações, sempre com base na premissa principal, que é 
o controle da liquidez. O fluxo de pagamentos das obrigações da Compa-
nhia, com dívidas pactuadas com fornecedores e financiamentos, pós e pré-
-fixadas, incluindo os juros futuros até a data dos vencimentos contratuais, 
para controladora e consolidado, podem ser observadas na tabela abaixo:
Instr. Financeiros 
à taxa de Juros:
Até 
1 mês
De 1 a 
3 meses
De 3 meses 
a 1 ano
De 1 a 
5 anos
Mais de 
5 anos
Total
- Pós-Fixadas
 
 
 
 
 
 
Fornecedores
1.365
3.208
-
-
-
4.573
Financiamentos
784
2.361
7.150 43.051
59.851 113.197
 2.149
5.569
7.150 43.051
59.851 117.770
Risco de crédito: Atualmente, os recebíveis da Companhia advêm de con-
tratos firmados com seus acionistas (partes relacionadas) ou da liquidação 
no mercado de curto prazo. Na liquidação do contrato de venda de energia 
com acionistas entende-se que o risco de crédito é mitigado pelo interesse 
intrínseco da parte envolvida. Com relação às liquidações no mercado de 
curto prazo, o controle é feito pela própria CCEE que centraliza as opera-
ções dos principais agentes setoriais. Dessa forma, o risco decorrente da 
possibilidade de a Companhia incorrer em perdas, advindas da dificuldade 
de recebimento dos valores faturados a seus clientes, é considerado baixo. 
A Companhia faz um acompanhamento, buscando reduzir a inadimplência, 
de forma individual, junto aos seus consumidores. Também são estabeleci-
das negociações que viabilizem o recebimento dos créditos eventualmen-
te em atraso. No que se refere ao risco decorrente da possibilidade de a 
Companhia incorrer em perdas, advindas da decretação de insolvência de 
instituição financeira em que mantenha depósitos é baixa, haja visto que a 
Companhia investe apenas em instituições de primeira linha e realiza uma 
criteriosa análise do risco associado a estas instituições, bem como ao ris-
co associado aos produtos financeiros nos quais aplica. A Companhia tem 
acesso às avaliações de risco de seus acionistas no que diz respeito às con-
trapartes de instituições financeiras, estas análises são também realizadas 
com base nas políticas internas aprovadas pelos seus respectivos fóruns de 
definição de estratégias para gerenciamento dos riscos financeiros. A Com-
panhia avalia e dimensiona, além dos riscos de crédito das instituições, o 
risco de liquidez, o risco de mercado da carteira de investimentos e o risco 
operacional da tesouraria. Todas as aplicações são realizadas em títulos fi-
nanceiros que têm características de renda fixa, em sua maioria atrelados 
ao CDI. A Companhia não realiza operações que incorporem risco de vo-
latilidade em suas demonstrações financeiras. O valor contábil dos ativos 
financeiros representa a exposição máxima do crédito. A exposição máxima 
ao risco de crédito é a seguinte:
31/12/2018 31/12/2017
Caixa e equivalentes de caixa
16.090
29.265
Aplicações financeiras
3.888
-
Contas a receber
3.100
3.221
Total da exposição
23.078
32.486
Risco de escassez de vento: Esse risco decorre da possibilidade da falta 
de vento ocasionada por fatores naturais, o qual é minimizado em função 
das “jazidas de vento” do Brasil estarem entre as melhores do mundo, pois, 
além de contar com alta velocidade, os ventos são consideráveis bens es-
táveis, diferentes de certas regiões da Ásia e dos Estados Unidos, sujei-
tas a ciclones, tufões e outras turbulências. 18 - Cobertura de seguros: 
Em 31/12/2017, a Companhia possuía cobertura de seguros contra riscos 
operacionais no montante de R$107.351 e de responsabilidade civil no 
montante de R$7.020, os quais a Administração entende que as coberturas 
representam valores suficientes para cobrir eventuais perdas. As premissas 
de riscos adotados, devida à sua natureza, não fazem parte do escopo de 
uma auditoria de Demonstrações Financeiras, consequentemente não foram 
auditadas pelos nossos auditores independentes. 19 - Compromissos: Em 
31/12/2018, a Companhia possuía os seguintes compromissos assumidos: 
Compromissos referentes à implantação do Projeto Eólico: a) A Companhia 
assinou um contrato para operação e manutenção de seus aerogeradores por 
dez anos, o qual resultará em uma despesa total de R$10.754. Compromis-
sos referentes à operação do empreendimento: A Companhia possui ainda 
contratos de arrendamento com os proprietários das terras onde seus ativos 
estão sendo implementados, estes arrendamentos preveem o pagamento de 
1,5% da receita líquida por aerogerador implantado no terreno do arrenda-
tário. A expectativa de desembolsos com a referida obrigação é apresentada 
conforme segue:
Ano
R$
2019
264
2020
277
2021
307
2022 a 2046
12.851
20 - Transações não envolvendo caixa
Objeto
31/12/2018 31/12/2017
Compra de ativo imobilizado
3.485
12.819
Aumento de capital através de mútuos e AFACs
12.067
41.391
Prov. p/compromissos futuros - desmobilização
-
698
Prov. p/comprom. futuros - licença de operação
36
463
DIRETORIA: Humberto de Oliveira Barbosa - Diretor Técnico; José Cleber Teixeira - Diretor Administrativo. Responsável Técnico: 
Rafael Lisboa Fernandes - Contador CRC/MG - 105611/O-3.
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Aos Conselheiros e Diretores da Central Eólica São Raimundo S.A. lca-
puí - CE. Opinião: Examinamos as demonstrações financeiras da Central 
Eólica São Raimundo S.A. (Companhia). que compreendem o balanço pa-
trimonial em 31 de dezembro de 2018 e as respectivas demonstrações do re-
sultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos 
fluxos de caixa para o exercício f indo nessa data, bem como as correspon-
dentes notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis significati-
vas e outras informações elucidativas. Em nossa opinião, as demonstrações 
financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspec-
tos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Central Eólica São Rai-
mundo S.A. em 31 de dezembro de 2018, o desempenho de suas operações 
e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as 
práticas contábeis adotadas no Brasil. Base para opinião: Nossa auditoria 
foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de au-
ditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão 
descritas na seção a seguir intitulada “Responsabilidades dos auditores pela 
187
DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XI Nº087  | FORTALEZA, 10 DE MAIO DE 2019

                            

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