DOE 13/05/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            não utilizadas, na extensão em que seja provável que lucros tributáveis futuros 
estarão disponíveis, contra os quais serão utilizados. Ativos fiscais diferidos 
são revisados a cada data de balanço e são reduzidos na extensão em que sua 
realização não seja mais provável. Ativos e passivos fiscais diferidos são 
mensurados com base nas alíquotas que se espera aplicar às diferenças 
temporárias quando elas forem revertidas, baseando-se nas alíquotas que foram 
decretadas até a data do balanço. A mensuração dos ativos e passivos fiscais 
diferidos reflete as consequências tributárias decorrentes da maneira sob a qual 
a Companhia espera recuperar ou liquidar seus ativos e passivos. 2.18 Normas 
novas que ainda não estão em vigor - A seguinte nova norma foi emitida pelo 
IASB mas não está em vigor para o exercício de 2018. A adoção antecipada 
de normas, embora encorajada pelo IASB, não é permitida, no Brasil, pelo 
Comitê de Pronunciamento Contábeis (CPC). • IFRS 16 - “Operações de 
Arrendamento Mercantil”: com essa nova norma, os arrendatários passam a 
ter que reconhecer o passivo dos pagamentos futuros e o direito de uso do ativo 
arrendado para praticamente todos os contratos de arrendamento mercantil, 
incluindo os operacionais, podendo ficar fora do escopo dessa nova norma 
determinados contratos de curto prazo ou de pequenos montantes. Os critérios 
de reconhecimento e mensuração dos arrendamentos nas demonstrações 
financeiras dos arrendadores ficam substancialmente mantidos. O IFRS 16 
entra em vigor para exercícios iniciados em ou após 1º de janeiro de 2019 e 
substitui o IAS 17/CPC 06 - “Operações de Arrendamento Mercantil” e 
correspondentes interpretações. • A Companhia definiu uma equipe para o 
projeto que revisou todos os contratos de arrendamento durante o último ano 
em face das novas regras contábeis de arrendamento no IFRS 16. A norma irá 
afetar, em especial, a contabilização dos arrendamentos operacionais da 
Companhia, referentes aos terrenos nos quais estão as instalações do seu parque 
eólico. • O Grupo espera reconhecer ativos de direito de uso, essencialmente 
relacionados ao direito de uso das terras onde estão localizados os parques 
eólicos, de aproximadamente R$ 8.374 em 1ºo de janeiro de 2019. • A 
Companhia pretende aplicar a abordagem de transição simplificada e não irá 
reapresentar os valores comparativos para o ano anterior à primeira adoção. 
Ativos de direito de uso relativos a arrendamentos de propriedades serão 
mensurados na transição como se as novas regras sempre tivessem sido 
aplicadas. Todos os outros ativos de direito de uso serão mensurados ao valor 
do passivo de arrendamento no momento da adoção (ajustado em relação a 
quaisquer despesas de arrendamento pagas antecipadamente ou acumuladas). 
Não há outras normas IFRS ou interpretações IFRIC que ainda não entraram 
em vigor que poderiam ter impacto significativo sobre as demonstrações 
financeiras da Companhia. 3 Estimativas e julgamentos contábeis críticos 
- O Grupo faz estimativas e estabelece premissas com relação ao futuro, baseada 
na experiência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos 
futuros. Por definição, as estimativas contábeis resultantes raramente serão 
iguais aos respectivos resultados reais. As estimativas e premissas que 
apresentam um risco significativo de causar um ajuste relevante nos valores 
contábeis de ativos e passivos para o próximo exercício estão divulgadas abaixo. 
(a) Vida útil econômica de ativos não financeiros - Conforme o OCPC 05 
- Contratos de Concessão, para os bens integrantes da infraestrutura de geração 
vinculados aos contratos de concessão (uso do bem público) assinados após 
2004, sob a égide da Lei n.º 10.848/04, que não tenham direito à indenização 
no final do prazo da concessão no processo de reversão dos bens ao poder 
concedente, esses bens, incluído terrenos, devem ser amortizados com base na 
vida útil econômica de cada bem ou no prazo da concessão, dos dois o menor, 
ou seja, a amortização está limitada ao prazo da concessão. A administração 
reconhece a depreciação de seus ativos imobilizados com base no menor prazo 
entre a concessão (Nota 1) e nas vidas úteis estimadas de cada bem (Nota 12). 
(b) Conta de ressarcimento – CCEE - A Conta de ressarcimento – CCEE 
reflete os efeitos sobre a geração de energia fora dos limites de tolerância 
estabelecidos (energia efetivamente gerada e a energia contratada). Tais 
variações fora dos limites implicam no registro por estimativa de ativos ou 
passivos contratuais. A administração do Grupo entende que a análise do 
atendimento a estes limites é uma estimativa significativa. 4 Gestão de risco 
financeiro 4.1 Fatores de risco financeiro - As atividades da Companhia e de 
suas investidas as expõem a riscos financeiros e regulatórios. O programa de 
gestão de risco global da Companhia e de suas investidas se concentra na 
imprevisibilidade dos mercados financeiros e busca minimizar potenciais efeitos 
adversos no desempenho financeiro da Companhia e de suas investidas. Durante 
os exercícios findos em 2017 e 2016, a Companhia e suas investidas não 
celebraram contratos que possam ser considerados como instrumentos 
derivativos. A gestão de risco é realizada pelo setor financeiro do Grupo, 
segundo as políticas aprovadas pela Diretoria. O setor financeiro da Companhia 
identifica, avalia e protege o Grupo contra eventuais riscos financeiros. A 
Diretoria estabelece princípios para a gestão de risco global, bem como para 
áreas específicas. Risco de mercado - Esse risco é oriundo da possibilidade 
do Grupo incorrer em perdas por causa de flutuações nas taxas de juros que 
aumentem as despesas financeiras relativas a empréstimos e financiamentos 
captados no mercado. O Grupo monitora continuamente as taxas de juros de 
mercado com o objetivo de avaliar a eventual necessidade de contratação de 
operações para proteger-se contra o risco de volatilidade dessas taxas. Riscos 
regulatórios - As atividades do Grupo, assim como de seus concorrentes são 
regulamentadas e fiscalizadas pela ANEEL. Qualquer alteração no ambiente 
regulatório poderá exercer impacto sobre as atividades da Companhia. Risco 
de escassez de vento - Esse risco decorre da possibilidade da falta de vento 
ocasionada por fatores naturais, que poderá acarretar na redução da quantidade 
de energia gerada e, consequentemente, na redução da rentabilidade do negócio. 
Risco de crédito - O risco de crédito decorre de caixa e equivalentes de caixa, 
depósitos em bancos e outras instituições financeiras, bem como de exposições 
de crédito, incluindo contas a receber em aberto. Os recebíveis tem risco 
considerado baixo considerando as características do cliente da Companhia 
(CCEE). Risco de liquidez - É o risco do Grupo não dispor de recursos líquidos 
suficientes para honrar seus compromissos financeiros, em decorrência de 
descasamento de prazo ou de volume entre os recebimentos e pagamentos 
previstos. Para administrar a liquidez do caixa, são estabelecidas premissas 
de desembolsos e recebimentos futuros, sendo monitoradas diariamente pela 
área de Tesouraria. A tabela abaixo analisa os passivos financeiros do Grupo 
e suas controladas, por faixas de vencimento, correspondentes ao período 
remanescente no balanço patrimonial até a data contratual do vencimento. 
Os valores divulgados na tabela são os saldos contábeis em 31 de dezembro 
de 2018 e 2017. 
 
 
 Consolidado 
 
Menos de Entre um e 
Acima de
 
um ano 
dois anos  
Três anos 
Em 31 de dezembro de 2018 
Empréstimos e financiamentos  
14.448  
13.343  
146.916 
Partes relacionadas  
599  
 
Fornecedores  
288  
768  
Em 31 de dezembro de 2017 
Empréstimos e financiamentos  
14.391  
14.396  
158.508 
Partes relacionadas  
147  
 
Fornecedores  
159  
576 
4.2 Gestão de capital - Os objetivos do Grupo ao administrar seu capital 
são os de salvaguardar a capacidade de continuidade da Companhia para 
oferecer retorno aos acionistas e benefícios às outras partes interessadas, além 
de manter uma estrutura de capital ideal para reduzir esse custo. Para manter 
ou ajustar a estrutura de capital do Grupo, a administração pode, ou propõe, 
nos casos em que os acionistas têm de aprovar, rever a política de pagamento 
de dividendos, devolver capital aos acionistas ou, ainda, emitir novas ações 
ou vender ativos para reduzir, por exemplo, o nível de endividamento. 
Condizente com outras companhias do setor, o Grupo monitora o capital com 
base no índice de alavancagem financeira. Esse índice corresponde à dívida 
líquida expressa como percentual do capital total. A dívida líquida, por sua 
vez, corresponde ao total de empréstimos (incluindo empréstimos de curto 
e longo prazos, conforme demonstrado no balanço patrimonial), subtraído 
do montante de caixa e equivalentes de caixa. O capital total é apurado 
através da soma do patrimônio líquido, conforme demonstrado no balanço 
patrimonial, com a dívida líquida. Os índices de alavancagem financeira em 
31 de dezembro de 2018 e 2017, estão demonstrados a seguir: 
 
2018  
2017 
Total dos empréstimos (Nota 13)  
174.707  187.295 
Menos: caixa e equivalentes de caixa (Nota 6)  
(24.680)  (12.077) 
Dívida líquida (a)  
150.027  175.218 
Total do patrimônio líquido  
96.138  
95.468 
Total do capital (b)  
246.165  270.686 
Índice de alavancagem financeira - % (a / b)  
61%  
65% 
4.3 Estimativa do valor justo - O Grupo não possui ativos ou passivos 
mensurados a valor justo. Entretanto, pressupõe-se que os saldos de caixa e 
equivalentes de caixa, das contas a receber de clientes e contas a pagar aos 
fornecedores pelo valor contábil, menos a perda (impairment) no caso de 
contas a receber, esteja próxima de seus valores justos. 
5 Instrumentos financeiros  
Consolidado 
 
2018  
2017 
Ativos financeiros mensurados ao custo amortizado 
Caixa e equivalente de caixa (Nota 6)  
24.680  
12.077 
Contas garantias (Nota 9)  
8.101  
10.618 
Contas a receber (Nota 7)  
7.996  
6.213 
Depósitos judiciais  
119  
54 
 
40.896  
28.962 
Outros passivos financeiros 
Empréstimos e financiamentos (Nota 13)  
174.707  187.295 
Fornecedores  
1.056  
735 
 
175.763  188.030 
6 Caixa e equivalentes de caixa 
Controladora  
Consolidado 
 
2018  
2017  
2018  
2017 
Disponibilidades: 
Fundo Fixo  
 
 
4  
1 
Bradesco S.A  
14  
4  
4.471  
793 
Santander S.A  
16  
17  
48  
139 
 
30  
21  
4.523  
933 
Aplicações financeiras (a): 
Bradesco S.A  
 
 
19.966  
Santander S.A  
88  
201  
191  
11.144 
 
88  
201  
20.157  
11.144 
Total caixa e equivalentes de caixa  
118  
222  
24.680  
12.077 
(a) As aplicações financeiras são remuneradas a uma taxa média de 100% do 
CDI, e por não haver restrições ao resgate antecipado dos valores aplicados 
e sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor, as aplicações foram 
consideradas equivalentes de caixa. 7 Contas a receber - De acordo com 
o contrato de comercialização de energia no ambiente regulado – CCEAR, 
o valor a ser faturado mensalmente é calculado linearmente em relação 
à quantidade anual contratada, independente da quantidade de energia 
efetivamente disponibilizada. A energia contratada é igual ao montante de 
energia associado ao leilão vencido pela Companhia. A partir do segundo 
quadriênio, a energia contratada será o valor médio anual do montante 
efetivamente produzido pela Companhia desde o primeiro quadriênio até o 
termino do quadriênio anterior, limitado ao montante de energia associado 
ao leilão vencido. Conforme o CCEAR, a apuração do saldo acumulado da 
energia (energia faturada e o montante efetivamente disponibilizado) será 
feita em dois processos, um ao final de cada ano contratual e outro ao final 
de cada quadriênio, sendo que no último ano de cada quadriênio, ambos 
processos serão realizados. O saldo acumulado de energia, anualmente 
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XI Nº088  | FORTALEZA, 13 DE MAIO DE 2019

                            

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