DOMCE 03/06/2019 - Diário Oficial dos Municípios do Ceará
Ceará , 03 de Junho de 2019 • Diário Oficial dos Municípios do Estado do Ceará • ANO X | Nº 2207
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Constituição Federal de 1988, Lei Federal 4.320 de 1964, a Lei
Federal 8.666 de 1993 (Lei de Licitações e Contratos Públicos), a Lei
Complementar 101 de 2000 e as Instruções Normativas do Tribunal
de Contas dos Municípios do Estado do Ceará (TCM-CE).
Com a elaboração deste Manual espera-se conseguir institucionalizar
os procedimentos inerentes ao controle interno impostos pela
legislação vigente e normatizar o fluxograma da despesa, buscando
atender aos princípios da eficiência, eficácia, economicidade e
efetividade. Através da disseminação do conhecimento, fazendo com
que exista uma convergência e racionalização das rotinas
administrativas executadas pelas entidades e órgãos públicos
municipais.
I - Introdução
O presente Manual foi desenvolvido para orientar os Gestores
Municipais quanto às rotinas e procedimentos inerentes ao fluxo da
despesa dentro da Prefeitura Municipal de São Benedito. Sua
apresentação é flexível a qualquer modificação posterior que se julgar
necessária.
Com o objetivo maior de direcionar e uniformizar os procedimentos e
rotinas, estabelecer uma sequência lógica ao fluxo da despesa dentro
da Prefeitura Municipal de São Benedito de forma a garantir clareza e
compreensão para todos que deste utilizem. Aumentar a eficiência e
eficácia, com a consequente redução de custo dos procedimentos
administrativos.
O fluxo da despesa compreende: planejamento da despesa, verificação
da necessidade, motivação da despesa, aprovação da solicitação pelo
Gestor, cotação de preços pelo setor de compras, análise inicial da
Controladoria
com
a
verificação
de
saldo
financeiro
e
orçamentário/quantitativos
e
valores,
aprovação
da
cotação,
encaminhamento ao Setor de Compras, caso necessite de licitação,
encaminhar primeiramente à Comissão de Licitação. Em seguida,
envio à Contabilidade para empenho, depois de empenhada a despesa,
proceder a solicitação de entrega do objeto requisitado, recebimento
no Almoxarifado, caso seja material, Tombamento, atesto da Nota
Fiscal pelo responsável do Setor que recebeu o objeto/serviço,
encaminhamento do documento fiscal à Compras/Contabilidade para
Liquidação, e, por fim, remetido o processo da despesa para análise
final da Controladoria, anuência superior e posterior envio à
Tesouraria para enquadramento no Cronograma de Pagamentos,
conforme a disponibilidade de caixa da Entidade, separação
documental na Contabilidade e envio para a Câmara de Vereadores.
Os procedimentos apresentados anteriormente serão demonstrados em
fluxograma e cada fase do fluxo da despesa será detalhada no corpo
deste trabalho.
2. Procedimentos e rotinas
Neste tópico serão apresentados os procedimentos e rotinas inerentes
a cada fase do processo de geração da despesa pública.
2.1. Planejamento
Esta fase consiste na elaboração de planos e cronogramas a serem
seguidos durante o exercício financeiro. São elementos básicos de
planejamento:
Plano
Plurianual
(PPA),
Lei
de
Diretrizes
Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA).
Contudo, cabe aos gestores, juntamente com os setores estratégicos de
cada Órgão, elaborar uma relação de despesas necessárias à
manutenção de suas atividades, compreendendo o levantamento de
itens a serem licitados no início do exercício, verificando o equilíbrio
financeiro e orçamentário, visando atender as necessidades do Órgão.
Em seguida, deve-se fazer um levantamento no que se pretende
incrementar nas atividades já desenvolvidas, considerando a demanda
por novos serviços e a liberação de novas fontes de recursos. Esse
procedimento visa contemplar na LOA todas as despesas a serem
realizadas no exercício, atendendo ao princípio da universalidade.
O planejamento é de suma importância para o perfeito funcionamento
da Administração Pública Municipal. Pois, se o planejamento for bem
elaborado não existirão surpresas indesejadas durante o ano, fazendo
com que a máquina pública funcione a contento. Prevenindo o
desperdício, mal-uso, e a ociosidade.
2.2. Verificação da Necessidade
Essa fase consiste na verificação da necessidade de utilização daquele
objeto que se deseja solicitar. Deve-se levar em consideração a
demanda pelo objeto, número de usuários, prazo de utilização,
finalidade, quantidade a ser solicitada, etc. Essas são orientações
genéricas que devem ser observadas para qualquer solicitação de
despesa nesta Entidade.
2.3. Motivação da Despesa
A Motivação da despesa é um documento que compõe o processo de
despesa, nele é que constarão os argumentos que embasam a
solicitação do objeto, conforme parâmetros evidenciados no item
anterior. Deve-se desprender bastante atenção à elaboração deste
documento, pois ele norteará todo o processo da despesa. Serve de
fonte de informação para outros setores que participam do processo,
porém que não fizeram parte da solicitação, logo, não conhecem o
objeto, não sabem a sua finalidade, possivelmente.
São elementos essenciais que compõem a Motivação da Despesa:
· Setor requisitante;
· Especificação fidedigna do objeto a ser adquirido;
· Quantidade a ser adquirida;
· Prazo de duração do objeto (período que a demanda pelo objeto será
suportada);
· Dotação Orçamentária; · Fonte de Recursos que cobrirá a despesa;
·Finalidade do objeto a ser adquirido; Assinatura do solicitante;
Ciência e Aprovação do Gestor.
Anexo a este Manual consta modelo de Motivação de Despesa.
Sugere-se a instituição desta fase da execução da despesa através
de Decreto do Executivo e/ou Instrução Normativa da
Controladoria Geral do Município. Com a finalidade de
normatizar e regulamentar este documento, sob pena de ser
considerado nulo ato emanado de Gestor Municipal que não
atenda a esta determinação, cabendo ao Gestor o ônus da despesa
incorrida em desconformidade com a norma municipal.
2.4. Cotação de Preço
Esta fase consiste em uma pesquisa de mercado para saber qual
fornecedor oferece a condição mais vantajosa para o Órgão, seja
menor preço, melhor técnica ou melhor preço e técnica.
É importante salientar, que para o sucesso desta etapa do processo
depende da perfeita especificação do objeto a ser adquirido. De tal
forma que uma pessoa que não conheça o produto a ser solicitado
possa adquiri-lo no mercado sem dificuldade de comunicação com o
fornecedor, evitando assim pedidos de materiais que não atendem à
necessidade da Entidade, por falha na especificação do objeto.
Contudo, não se deve direcionar marca de produto, e sim, as
características do objeto que melhor atendam à demanda do Ente.
Deve-se preocupar também em não caracterizar um objeto de forma
que beneficie um fornecedor em detrimento de outros, configurando a
burla a capacidade de concorrência, infringindo a Lei de Licitações.
A cotação de preços realizada deve conter:
· Pelo menos três orçamentos · As empresas cotadas devem ser aptas a
contratar com a Administração Pública; · Deve-se elaborar um mapa
comparativo de preços, dando ênfase à oferta ganhadora; · Deve
existir as informações básicas do fornecedor, para que se possa entrar
em contato com o mesmo, caso se concretize a intenção de compra e
poder proceder o empenho da despesa, se não for necessária a
realização de procedimento licitatório para a aquisição; · Elaborar
ordem de serviço para que seja autorizada pelo Gestor. Verificando-se
a viabilidade financeira e orçamentária para realização da despesa; ·
Deve-se anexar à Motivação da Despesa uma cópia do processo de
Cotação dePreços; Anexo a este Manual consta um modelo de Mapa
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