DOE 22/07/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará
ativos garantidores - A apuração das provisões técnicas é realizada mensalmente pela equipe atuarial, sendo acompanhada pela equipe de Controladoria
na mensuração da necessidade de ativos garantidores no encerramento de cada trimestre de acordo com os critérios previstos no art. 2º da RN ANS nº
392, para cumprimento obrigatório de exigências do órgão regulador do setor. Adicionalmente, o Grupo avalia, a cada data de balanço, se seu passivo está
adequado, utilizando estimativas correntes de fluxos de caixa futuros de seus contratos, realizando os testes de adequação de passivos. Se essa avaliação
mostrar que o valor do passivo por contrato está inadequado à luz dos fluxos de caixa futuros estimados, toda a insuficiência de provisão técnica deve ser
reconhecida no resultado do período. A Nota Explicativa nº 14 apresenta as provisões técnicas, suas naturezas e a composição de cada obrigação relacionada
ao SUS, devido a suas particularidades previstas pela regulação. Risco de mercado e análise de sensibilidade - A Companhia não possui endividamento
e não contrata instrumentos financeiros derivativos. A política de investimentos dos recursos gerados pela atividade da Companhia determina que tais
recursos sejam investidos em ativos financeiros de grandes bancos brasileiros e/ou em fundos de renda fixa desses bancos em que a Associação Brasileira
das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais - ANBIMA classifica como sendo de baixo risco. Em 31 de dezembro de 2017, a Companhia possui
a seguinte sensibilidade de seus ativos financeiros com base na variação da taxa básica de juros da economia (SELIC / CDI):
Cenário
Saldo
Cenário
Cenário
provável
Cenário
Cenário
31/12/2017
Risco
(-50%)
(-25%)
(base)
(+25%)
(+50%)
Saldo de aplicações financeiras (vinculadas)
368.181 Variação do CDI (6,75%)
380.607
386.820
393.033
399.246
405.459
Saldo de aplicações financeiras (livres)
973.947 Variação do CDI (6,75%)
1.006.818 1.023.253 1.039.688 1.056.124 1.072.559
Riscos de créditos - Risco de crédito é o risco da Companhia incorrer em perdas decorrentes de um cliente ou de uma contraparte em um instrumento
financeiro, decorrentes da falha destes em cumprir com suas obrigações contratuais. O risco é basicamente proveniente das contas a receber de clientes e
caixas e equivalentes de caixa e aplicações financeiras. Risco de crédito para a Companhia é considerado como baixo pela Administração principalmente
para a operadora de planos de saúde em que as mensalidades são pagas antes da prestação dos serviços. A Companhia adota a prática do cancelamento
dos planos em atraso conforme regulamentado pela ANS para a operadora de planos de saúde. O Grupo estabelece uma provisão para redução ao valor
recuperável que representa sua estimativa de perdas incorridas em relação a contas a receber. De uma forma geral a Companhia mitiga seus riscos de
créditos pela prestação de serviços a uma base de clientes muito dispersa e sem concentração definida. Para os clientes inadimplentes, o Grupo cancela
os planos de acordo com as regras ANS. Riscos de liquidez - Risco de liquidez é o risco de que a Companhia encontre dificuldades em cumprir com as
obrigações associadas com seus passivos financeiros que são liquidados com pagamentos à vista ou com outro ativo financeiro. A abordagem da Companhia
na administração de liquidez é de garantir, o máximo possível, que sempre tenha liquidez suficiente para cumprir com suas obrigações ao vencerem, sob
condições normais e de estresse, sem causar perdas inaceitáveis ou com risco de prejudicar a reputação da Companhia. As principais fontes de recursos
financeiros utilizados pela Companhia residem no próprio volume de recursos advindos da comercialização de seus serviços. Somam-se a este montante os
rendimentos de aplicações advindas das disponibilidades de caixa. 6 Segmentos operacionais - A Companhia atua no setor de saúde suplementar e direciona
em sua estratégia a prestação dos serviços de forma verticalizada, em que o atendimento ao beneficiário é prioritariamente realizado em rede própria de
atendimento, e proporciona uma assistência médica e odontológica, operando em apenas em um segmento operacional, cujos resultados operacionais e
financeiros são regularmente revistos pelo Conselho de Administração de forma agregada, sobre a qual conduz sua tomada de decisões. Embora o Grupo
tenha em sua estrutura diversos hospitais, clínicas e outras unidades de atendimento, eles funcionam como executores dos serviços demandados pelos
clientes dos planos de saúde e odontológicos da operadora pertencente ao Grupo, dentro do modelo integrado verticalização, no qual o objetivo final é
para maximizar a geração de valor consolidado (operadora de planos de saúde + unidades de atendimento médico) para seus acionistas. A Administração
determinou que o Conselho de Administração é o CODM. O CODM recebe e analisa informações sobre os resultados operacionais e financeiros do negócio
e toma as decisões estratégicas, uso de tecnologias e estratégias de marketing para diferentes produtos e serviços de forma centralizada. Toda receita da
Companhia é derivada de clientes localizados geograficamente no Brasil e não há concentração de vendas para clientes. Além disso, todos os ativos não
circulantes da Companhia estão localizados no Brasil.
7 Aplicações financeiras
a. Resumo da classificação das aplicações
Consolidado
2017
2016
Mantidas para negociação
40.404
39.719
Certificados de depósitos bancários (a)
40.404
39.719
Empréstimos e recebíveis
353.721 456.925
Operação compromissada (b)
353.721 456.925
Mantido até o vencimento
948.003 502.958
Certificados de depósitos bancários (a)
341.390 242.471
Fundo de invest.de renda fixa - ativos garantidores (c) 368.181 260.449
Fundo de investimento de renda fixa - outros (c)
238.411
-
Outros
21
38
Total
1.342.128 999.602
Circulante
802.814 442.327
Não circulante
539.314 557.275
Total
1.342.128 999.602
(a) Certificados de Depósitos Bancários (CDB) são remunerados a taxa
média mensal de 100,8% a 101,9% do CDI (100,7% a 101,7% em 2016) com
vencimentos entre janeiro de 2018 a março de 2022. (b) A Compromissada
consiste basicamente na compra de títulos públicos, com compromisso de
recompra por parte da instituição financeira, com prazo definido e taxa média
mensal de 99,7% a 101,5% de CDI (100,6% a 101,4% do CDI em 2016) com
vencimento entre janeiro de 2018 e agosto de 2020. (c) Cotas de fundos de
investimentos de renda fixa não exclusivos os quais possuem a maioria de
seus investimentos em títulos públicos, com rentabilidade média bruta de
impostos de 0,81% ao mês (1,10% em 2016). Essas aplicações não possuem
vencimento. Parte dos fundos de investimentos da Companhia identificados
no quadro principal dessa nota explicativa como “Ativos Garantidores” são
utilizados para lastrear as provisões técnicas da operadora de assistência à
saúde, conforme detalhado na Nota Explicativa nº 14.
b. Movimentação das aplicações financeiras
Mantido até
Mantidas Empréstimos
o vencimento p/negociação e recebíveis
Total
Saldo em 31/12/2016
502.958
39.719
456.925
999.602
(+) Aplicações
474.680
-
16.374
491.054
(-) Resgates (a)
(92.928)
(3.028)
(160.672) (256.628)
(+) Rendimentos
63.293
3.713
41.094
108.100
Saldo em 31/12/2017
948.003
40.404
353.721 1.342.128
Parte relevante dos resgates ocorre devido ao vencimento do título, sendo
reaplicados em papéis novamente. 8 Contas a receber de clientes - O
saldo desse grupo de contas refere-se, basicamente, a valores a receber dos
conveniados dos planos de saúde da Companhia, conforme segue:
Consolidado
2017
2016
Planos médicos e odontológicos (a)
155.757
95.750
Convênios e particulares (b)
7.061
5.836
Subtotal
162.818 101.586
Provisão para perdas (c)
(19.770) (38.383)
Total
143.048
63.203
(a) Planos de saúde com cobertura médico-hospitalar e planos odontológicos
contratados por pessoas jurídicas e físicas. (b) Serviços prestados pelas
unidades da rede hospitalar para entidades conveniadas e clientes particulares.
(c) A provisão para perdas ao valor recuperável do contas a receber é constituída
com base na avaliação de atrasos a partir do histórico efetivo da realização de
perdas sobre a carteira de clientes. A movimentação da provisão para perdas
no valor recuperável do contas a receber é como segue:
Consolidado
2017
2016
Saldos no início do exercício
38.383
28.991
Constituições
104.817
114.691
Baixas, líquidas (a)
(123.430) (105.299)
Total
19.770
38.383
(a) Referente aos cancelamentos de contratos de clientes efetivados no período
em decorrência de inadimplência. O Grupo não possui concentração de receita
e sua base de clientes é bastante pulverizada. Em 2017, o principal cliente
representou apenas 1,6% da receita líquida, enquanto os 10 maiores clientes
representaram 6,9% da receita líquida no mesmo período. Não há nenhum
cliente que tenha representado mais de 10% da receita líquida nos exercícios
findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016.
9 Despesas de comercialização diferidas
Consolidado
2017
2016
Comissões diferidas com plano de saúde - Circulante
105.331
87.730
Comissões diferidas com plano
de saúde - Não Circulante
88.523
77.203
Total
193.854
164.933
Está informado a seguir o tempo médio ponderado de permanência dos
contratos (em meses) na carteira de clientes, aplicado sobre a base dos contratos
ativos que tenham gerado despesas de comissões:
2017
2016
Contratos individuais
26
27
Contratos coletivos
43
39
10 Transações e saldos com partes relacionadas
Os principais saldos ativos e passivos em 31 de dezembro de 2017 e 2016,
assim como as transações que influenciaram o resultado, relativas a operações
com partes relacionadas, estão apresentadas abaixo:
Controladora
Consolidado
2017
2016
2017
2 0 1 6
Ativo
Dividendos a receber das investidas
-
-
-
-
Juros s/o cap.próprio a rec.das invests. 676.394 12.753
-
-
Outros créditos c/partes relacionadas
676.394 12.753
-
-
Créditos com acionistas (a)
-
-
7.108
-
PPAR COM - reembolso por
quitação de dívida (g)
-
-
1.993
1.993
Outros
-
-
81
702
-
-
9.182
2.695
Outros créditos c/partes relacionadas
676.394 12.753
9.182
2.695
Circulante
676.394 12.753
-
-
Não circulante
-
-
9.182
2.695
98
DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO | SÉRIE 3 | ANO XI Nº136 | FORTALEZA, 22 DE JULHO DE 2019
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