DOE 14/08/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará
Sede: Av. Dr. Silas Munguba, 5.700 - Fortaleza - Ceará - Capital Aberto - CNPJ nº 07.237.373/0001-20
PALAVRA DO PRESIDENTE
Nos primeiros seis meses de 2019, o Banco do Nordeste aplicou R$ 18,8
bilhões na economia regional, montante que representa crescimento de 8,2%
em relação ao mesmo período de 2018, quando foram contratados R$ 17,4
bilhões.
O crescimento deve-se ao propósito de tornar o Fundo Constitucional de
Financiamento do Nordeste (FNE) cada vez mais relevante para a área de
atuação da Instituição – região Nordeste, norte de Minas Gerais e norte do
Espírito Santo – e, consequentemente, para o País. De fato, esse objetivo
move cada um dos que fazem a organização.
Tal nível de comprometimento institucional, com foco na eficiência, na
eficácia e na conformidade, refletiu-se nos resultados do primeiro semestre
deste ano, os quais mostram como a empresa desempenha papel fundamental
na promoção do bem-estar das famílias e na competitividade das empresas.
Ressalte-se, também, o planejamento de ações, com ênfase na prospecção
e na identificação de oportunidades, buscando dia a dia desburocratizar
processos. O que o Banco do Nordeste busca, portanto, é pulverizar o
crédito, tornando-o ágil e acessível ao máximo de empreendedores. E isso
se reflete nas mais de 2,5 milhões de operações contratadas no período.
Somente com recursos do FNE, principal funding da Instituição, as
aplicações somaram R$ 13,4 bilhões, envolvendo mais de 250 mil operações
de crédito. O volume foi 8,9% superior ao do primeiro semestre de 2018,
quando as aplicações do Fundo Constitucional fecharam em R$ 12,3 bilhões.
A disponibilidade de recursos do FNE para investimentos em infraestrutura,
com as taxas de juros mais baixas do mercado, oportunizou que o Banco
do Nordeste assumisse protagonismo no financiamento do segmento,
investindo um total de R$ 5,7 bilhões. Trata-se de um reforço do apoio
do BNB à retomada da atividade econômica regional, com financiamento
a empreendimentos nos segmentos de energia, de saneamento básico e de
água, de portos e de aeroportos.
A estratégia para o FNE, em termos de execução da política de
desenvolvimento regional, tem sido pautada em dois grandes direcionadores:
(1) mitigação do problema de racionamento de crédito privado na região; e
(2) seleção dos projetos com maiores impactos positivos para a sociedade.
Deste modo, busca-se priorizar os projetos originários das localidades e
dos tipos de estabelecimentos mais suscetíveis ao racionamento do crédito
privado, a fim de levar a política pública para aqueles que mais necessitam,
atendendo aos projetos originários das regiões mais carentes, das MPEs
e dos pequenos produtores rurais, e selecionando portfólios de projetos
que tragam maiores impactos para a população em termos de bem-estar;
ao mesmo tempo adotando critérios altamente rigorosos de seleção e as
melhores práticas de mercado para gerenciamento de riscos.
Não é uma tarefa trivial, mas o Banco do Nordeste tem avançado com
estudos e pesquisas, conduzidos internamente pelo seu corpo técnico e
também com ampla cooperação das melhores instituições de pesquisa e
universidades do país.
Assim sendo, o Banco tem avaliado de forma sistemática o histórico de
aplicações e desembolsos do FNE, também em quais municípios, regiões,
setores e portes de estabelecimentos o acesso ao crédito é mais ou menos
dificultado; quais dessas áreas apresentam maiores multiplicadores do
emprego e da renda; e quais proporcionam maiores retornos em termos de
eficiência e produtividade.
Na prática, têm sido selecionados projetos com impactos superiores aos
esperados pelos modelos econômicos de simulação (até 18% superiores)
e tem-se reduzido as taxas de inadimplência a níveis inferiores àquelas
preditas pelos modelos estatísticos de previsão. Consequentemente, o
Banco tem avançado nessa agenda, incorporando mais dados, informações,
metodologias e capital intelectual.
Dentre os objetivos estratégicos da Instituição, inclui-se ser o principal
agente financeiro dos micro e pequenos empreendedores em sua área de
atuação. Nesse sentido, o Banco do Nordeste conta com carteira ativa de
aproximadamente 200 mil MPEs, encerrando o primeiro semestre de 2019
com R$ 1,74 bilhão contratados com empresas desse porte. Esse número
corresponde a aumento de 51% nas aplicações em relação a igual período
de 2018. No total, foram contratadas mais de 20,8 mil operações de crédito
com MPEs, 28,2% a mais em comparação com os seis primeiros meses do
ano passado.
Por meio do maior programa de microcrédito produtivo orientado e urbano
da América do Sul, o Crediamigo, o Banco do Nordeste contratou R$ 4,77
bilhões, em mais de 2,1 milhões de operações, volume 11% superior ao
mesmo período do ano passado.
Ainda no primeiro semestre, o BNB alcançou a marca histórica de R$ 15
bilhões aplicados com agricultores familiares desde a criação, em 2005,
do programa de microcrédito rural orientado, o Agroamigo. Apenas neste
primeiro semestre, foi aplicado mais de R$ 1,1 bilhão, distribuído em mais
de 219 mil operações.
No período, foram regularizadas 89.453 dívidas, no valor total de R$ 7,6
bilhões, destes, R$ 5,8 bilhões foram com base nos benefícios da Lei n.º
13.340/2016 e no Artigo 29-A da Lei n.º 13.606/2018. Os instrumentos
possibilitaram,
respectivamente,
que
os
clientes
liquidassem
ou
renegociassem operações contratadas até 2011 e operações integrantes do
Programa de Cooperação Nipo-Brasileira para o Desenvolvimento dos
Cerrados – Prodecer III.
Diante do desafio da rentabilidade, o Banco obteve crescimento de 161,1%
no resultado operacional no primeiro semestre de 2019, alcançando R$
1,16 bilhão. Além do aumento no volume de contratações e desembolsos,
contribuiu para os resultados a redução do aprovisionamento para risco de
crédito. O lucro líquido do 1º semestre de 2019 foi de R$ 744,8 milhões,
representando um crescimento de 223,0% em relação ao mesmo período
do ano de 2018.
Assim, o Banco do Nordeste espera ultrapassar a meta de aplicações que é
de R$ 38,7 bilhões em 2019, sendo R$ 27,7 bilhões com recursos do FNE e
R$ 11 bilhões destinados ao microcrédito urbano, por meio do Crediamigo.
Porém, muito mais que números, o importante é o impacto positivo que cada
uma das linhas de crédito e das políticas de desenvolvimento promovem,
com geração de emprego, de renda e de qualidade de vida para milhões de
pessoas.
Romildo Carneiro Rolim
Presidente
1 DESTAQUES
Apresentam-se a seguir os destaques da atuação do Banco do Nordeste em
resultados, produtos lançados e reconhecimentos no primeiro semestre de
2019:
Resultados
• Lucro Líquido de R$ 744,8 milhões, representando crescimento de
223,0% em relação ao mesmo período de 2018.
• Crescimento de 161,1% do resultado operacional comparado ao mesmo
período do ano anterior.
• 2,5 milhões de operações de crédito contratadas, com o montante de R$
18,8 bilhões desembolsados.
• R$ 1,3 bilhão de receitas de prestação de serviços.
• Regularização de R$ 7,6 bilhões de créditos inadimplidos em situação de
prejuízo e/ou com atraso superior a 60 dias.
• Segmento MPE com contratação de R$ 1,7 bilhão (crescimento de 51%),
atendendo 13.981 empresas (crescimento de 27,8%).
Produtos
• Volume de Contratações do FNE de R$ 13,43 bilhões.
• Aumento de 8,9% no volume de recursos de contratações do FNE em
relação ao mesmo período de 2018.
• Contratações de R$ 21,1 milhões do FNE Verde Sol Pessoa Física.
Parcerias
• Parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo (CNC), promovendo ações de divulgação das linhas de crédito
para clientes do segmento de Micro e Pequena Empresa.
Prêmios/Reconhecimentos
• Prêmio Efinance 2019, na categoria Infraestrutura de Telecom. O BNB
venceu com o case “Gestão de Infraestrutura de Telecom”, que se baseia
numa abordagem definida por software para gerenciar uma rede de longa
distância (tecnologia SDWAN). Essa nova tecnologia sustentará 100%
dos recursos de conectividade da rede de agências, elevando a eficiência
operacional e adicionando valor aos negócios e clientes.
• Prêmio CIEE Melhores Programas de Estágio - 10º Edição - conferido
pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH - SP) e pela The
Gallup Organization do Brasil ao Banco do Nordeste por sua contribuição
no desenvolvimento de estudantes brasileiros para o mercado de trabalho.
• Primeira colocação no Ranking de Qualidade de Ouvidorias, divulgado
pelo Banco Central. No segundo trimestre de 2019, o BNB obteve o índice
de 4,95, em um máximo de 5, superando as11 demais instituições que
detém mais de 4 milhões de clientes.
2 MODELO DE NEGÓCIOS
O Banco do Nordeste aplica recursos na Região por meio das operações
de empréstimos e financiamentos e oferece produtos e serviços financeiros
aos agentes econômicos, visando produzir resultados que garantam a sua
sustentabilidade e atendam aos interesses da sociedade. Dentre os diversos
recursos, o FNE é a principal fonte de recursos utilizada pelo Banco.
A solução das grandes questões regionais, a transformação do Nordeste
e a sua participação mais efetiva no cenário socioeconômico nacional
caracterizam o desafio maior e alvo principal das ações do Banco do Nordeste
como o banco de desenvolvimento da região Nordeste, que atua ampliando
oportunidades, fortalecendo os agentes produtivos, produzindo impactos
de interesse da sociedade nordestina, gerando empregos, proporcionando
melhoria da renda das famílias, promovendo a inclusão social e financeira e
atuando em área de grande carência econômica, como o Semiárido.
A proposta de valor do modelo de negócios do Banco do Nordeste para
os clientes é ofertar produtos e serviços de crédito para fomentar o
desenvolvimento dos municípios da sua área de atuação. Os clientes
atendidos são classificados em três categorias:
i. Produtor: nessa categoria incluem-se os segmentos Corporate, Empresarial,
Micro e Pequena Empresa (MPE), Agronegócio - Pessoa Física, Pequeno
e Miniprodutor Rural, Agricultura Familiar, Microempreendedor Urbano
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO | SÉRIE 3 | ANO XI Nº153 | FORTALEZA, 14 DE AGOSTO DE 2019
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