DOE 14/08/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            Sede: Av. Dr. Silas Munguba, 5.700 - Fortaleza - Ceará - Capital Aberto - CNPJ nº 07.237.373/0001-20
(FNE Verde Sol Pessoa Física), e R$ 5,77 bilhões para projetos no setor 
Infraestrutura. Neste primeiro semestre, para o Programa de Financiamento 
Estudantil - FIES, foram contratadas 320 operações num montante de R$ 
2.943,4 mil. A distribuição das contratações por Estado está detalhada na 
Tabela 01, a seguir.
Tabela 1 - BNB/FNE - 1º Semestre 2019: Financiamentos (R$ milhões)
UF
FNE Infraestrutura
FNE Exceto 
Infraestrutura e FIES
Total Valor 
Contratado
Valor 
Contratado
%
Valor 
Contratado
%
AL
- 
- 
318,72
4,2
318,72
BA
1.456,77
25,2
1.575,76
20,6
3.032,53
CE
390,01
6,8
1.001,07
13,1
1.391,08
ES
-
-
101,9
1,3
101,9
MA
1.129,68
19,6
983,86
12,9
2.113,54
MG
314,23
5,4
355,47
4,6
669,7
PB
266,72
4,6
489,74
6,4
756,46
PE
401,62
7,0
864,72
11,3
1.266,34
PI
-
-
741,6
9,7
741,6
RN
1.795,28
31,1
828,41
10,8
2.623,69
SE
17,98
0,3
392,49
5,1
410,47
Total 
5.772,29
100
7.653,73
100
13.426,02
Programa de Financiamento Estudantil – FIES
2,94
Total Aplicado
13.428,96
Fonte: Banco do Nordeste - Diretoria de Planejamento
Conforme a Tabela 2, verifica-se um incremento total de 8,9% do volume 
de recursos de contratações no primeiro semestre de 2019, em relação ao 
mesmo período de 2018, quando o montante financiado foi de R$ 12,3 
bilhões. Importante destacar para esse resultado o incremento de 20,0% 
em relação aos financiamentos para o FNE, exceto Infraestrutura e Fies, 
entretanto o FNE Infraestrutura teve variação negativa quando comparado 
com igual período do ano anterior (-3,0%), com aplicações sobretudo em 
Produção e Distribuição de Eletricidade, Gás e Água. Esses financiamentos 
em infraestrutura, de caráter estrutural, justificam-se pela capacidade de 
geração de emprego e renda, bem como de transbordamento, ao entorno, 
dos efeitos positivos e de desenvolvimento relacionados aos investimentos e 
demais ações ali implementadas em decorrência.
Considerando o cenário macroeconômico, a expansão das contratações do 
Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), no primeiro 
semestre de 2019, foi estimulada pela retomada, ainda que moderada, do 
crescimento econômico, em especial pelas condições mais favoráveis da 
agropecuária, do varejo interno e do comércio exterior, bem como pelos 
baixos níveis inflacionários.
Além disso, as perspectivas econômicas mais favoráveis para os próximos 
anos, em termos de expansão e modernização de infraestruturas e energias 
renováveis, também determinaram as decisões empresariais de realizar 
investimentos no Nordeste e demais áreas de atuação do Banco. Em função 
desse contexto, inclusive, houve o financiamento na linha do FNE Verde 
Sol Pessoal Física, com 682 operações, num montante de R$ 21,1 milhões, 
considerando a geração centralizada de energia solar, eólica e de biomassa. 
Tabela 2 - FNE: Contratações por Setor Econômico (R$ milhões)
Setor
2018 1º semestre
2019 1º semestre
Variação % Valor 
2019/2018
Quantidade
Valor
Quantidade
Valor
Rural(1)
273.615
2.897.050
230.949
3.204.288
10,6
Agroindustrial
86
125.567
157
208.720
66,2
Comércio e Serviços
11.325
2.425.770
16.024
2.972.999
22,6
Industrial
1.353
688.415
1.881
1.051.516
52,7
Turismo
224
239.604
361
195.099
-18,6
Infraestrutura
48
5.950.982
54
5.772.291
-3
Pessoa Física(2)
-
-
1.002
24.055
-
Total
286.651
12.327.388
250.428
13.428.968
8,9
Fonte: Banco do Nordeste - Diretoria de Planejamento
Nota: (1) Rural - engloba os setores Agricultura e Pecuária. (2) Inclui FNE P-Fies e FNE Sol.
Nesse ponto, o BNB destaca-se como instituição fomentadora da política 
federal de expansão da geração distribuída de energia elétrica, em 
consonância com o setor de geração de energias renováveis, contribuindo, 
sobremaneira, para a construção de uma matriz energética mais limpa e para 
acelerar a instalação e consolidação da cadeia produtiva de equipamentos 
correlatos no Nordeste, facilitando a expansão e um maior deslocamento 
desse eixo setorial à Região, de maior vocação para a geração de energia 
renovável, em especial a eólica e a solar.
Outro grande incentivo aos empreendedores de todos os portes foram as 
condições mais favoráveis do FNE em relação aos encargos financeiros, forte 
fator de auxílio ao incremento das contratações nesse primeiro semestre.   
 A execução da programação do FNE é aderente à Política Nacional de 
Desenvolvimento Regional (PNDR), a qual preconiza o apoio a subespaços 
regionais, objetivando reduzir desigualdades regionais e promover a 
equidade no acesso a oportunidades de desenvolvimento.
Nessa perspectiva, até junho de 2019 foram realizadas operações em 
1.980 municípios, representando 99,5% do total de municipios da área 
de abrangência do Fundo e o financiamento de R$ 7,4 bilhões para 
empreendimentos no Semiárido, 55,5% do total até então financiado, dos 
quais R$ 4,2 bilhões relacionados a projetos de infraestrutura. 
Os financiamentos às microrregiões prioritárias (os municípios de baixa 
e média renda, qualquer dinamismo), subespaços também previstos na 
PNDR, atingiram um montante de R$ 10,7 bilhões, cerca de quase 80% dos 
financiamentos do FNE até junho 2019, incluindo nesse montante o valor 
financiado para Infraestrutura, enquanto aqueles direcionados às Regiões 
Integradas de Desenvolvimento (RIDEs), que englobam os municípios 
de Timon (MA) e Teresina (PI), além de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), 
registraram contratações de R$ 264,1 milhões (incluso operações de 
Infraestrutura).
O ambiente macroeconômico tem papel fundamental na determinação da 
oferta e das condições do crédito bancário. Embora as expectativas a partir 
do cenário de quebra do ciclo de recessão econômica tenha possibilitado o 
resgate da confiança, suficiente para representar, no 1º semestre de 2019, 
crescimento de quase 9% em relação ao mesmo periodo de 2018, tal fato, 
considerando o programado para o período em questão, ainda não foi 
suficiente para refletir significativamente na demanda por crédito. Mesmo 
com a inflação controlada, com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 
(IPCA) abaixo do centro da meta de 4,25%, e a taxa Selic no menor patamar 
da história, os analistas acreditam que a atividade econômica continuará 
fraca este ano.
Várias ações de suporte estão sendo implementadas no âmbito do processo 
de concessão de crédito, com a realização de cadastro de Pessoa Física 
e Pessoa Jurídica diretamente pelo site do Banco ou na melhoria ao 
atendimento com a possibilidade de acesso a contas por meio de dispositivos 
móveis no internet banking utilizando a impressão digital para o login, e a 
ampliação da cobertura de autoatendimento a partir de vários acordos de 
compartilhamento da rede bancária, seja via sistemas tipo saque e pague ou 
casas lotéricas.
O mesmo se aplica as ações, em nível das Superintendências Estaduais 
do Banco do Nordeste, em especial junto aos empreendimentos de menor 
porte, cujo foco da instituição direcionado a estes empreendimentos gerou 
a contratação de R$ 4,5 bilhões, distribuídos em 248.331 operações de 
financiamento, o que representa 59,5% do quantitativo contratado com FNE 
Exceto Infraestrutura e FIES, nesse primeiro semestre.
4 DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO
4.1 Ativos Totais BNB
Os ativos globais do Banco do Nordeste totalizaram R$ 59,7 bilhões, ao 
término do primeiro semestre de 2019, apresentando um crescimento de 
3,2% em relação aos R$ 57,8 bilhões existentes em junho de 2018. Estão 
incluídos nos ativos do BNB os valores relativos aos recursos disponíveis 
do FNE e os recursos comprometidos com operações de crédito desse 
Fundo, ou seja, relativos a operações contratadas e que aguardam liberação 
de recursos. No que diz respeito à composição do saldo, observou-se um 
crescimento de 3,8% nas disponibilidades, aplicações interfinanceiras e 
títulos e valores mobiliários. Ao final do semestre, o saldo da carteira de 
Títulos e Valores Mobiliários, correspondeu a R$ 38,3 bilhões. Já os saldos 
de operações de crédito, da carteira própria do BNB, líquidos de provisões, 
tiveram elevação de 1,8% (R$ 8,98 bilhões em jun/19; R$ 8,82 bilhões em 
jun/18).
4.2 Resultado Líquido
O Lucro Líquido acumulado no 1º Semestre de 2019 alcançou a cifra de R$ 
744,8 milhões, o que representou um crescimento de 223,0% em relação 
aos R$ 230,6 milhões apurados no mesmo período do ano anterior (lucro 
líquido reapresentado). Já o Resultado Operacional alcançou R$ 1.167,3 
milhões, representando um crescimento de 161,1% em relação aos R$ 
447,0 milhões (reapresentado) obtidos no mesmo 1º Semestre de 2018. 
Esse bom desempenho teve como principais fatores a redução nas despesas 
com aprovisionamentos para créditos de liquidação duvidosa, inclusive 
as decorrentes de coobrigação com o FNE, o crescimento da margem da 
intermediação financeira e, sobretudo, as renegociações de operações de 
crédito baseadas no Art. 29-A da Lei 13.606/18. Relevante destacar que 
quando se desconsidera os resultados extraordinários do período, deduzindo-
se a Recuperação de Crédito proveniente de negociações com base em 
disposições das leis 13.340/16 e 13.606/18 (R$ 438,2 milhões) e o Efeito 
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XI Nº153  | FORTALEZA, 14 DE AGOSTO DE 2019

                            

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