DOE 14/08/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará
Sede: Av. Dr. Silas Munguba, 5.700 - Fortaleza - Ceará - Capital Aberto - CNPJ nº 07.237.373/0001-20
Tributário (IRR + CSLL) de R$ 175,3 milhões, o Lucro Líquido Ajustado
(Lucro Recorrente) ficou em R$ 481,9 milhões, que comparado ao resultado
do mesmo período de 2018 (R$ 150,9 milhões), apresenta, também, uma
variação significativa, da ordem 219,3%, conforme demonstração de cálculo
do lucro recorrente no Quadro 1 a seguir:
Quadro 1 - Demonstração do Lucro Líquido Recorrente (R$ Milhões)
Demonstração do Lucro Líquido Recorrente
1ºSem/18
1ºSem/19
Var. R$
Var. %
Lucro Líquido
230,6
744,8
514,2
223,0%
(-) Resultados Extraordinários do Período
Recuperação de Crédito - Lei 13.340/13.606*
(144,9)
(438,2)
(293,3)
202,4%
Efeito Tributário (IR + CSLL)
65,2
175,3
110,1
168,8%
Lucro Líquido Recorrente
150,9
481,9
331,0
219,3%
*Inclui artigo 29-A da Lei 13.606 - Ops Prodecer III
4.3 Eficiência Operacional
O Banco do Nordeste apresentou, no 1º Semestre de 2019, um índice de
eficiência operacional de 52,9%, caracterizado pela gestão das despesas
administrativas em relação ao conjunto da margem da intermediação
financeira e das receitas com prestação de serviços, o que representa uma
melhoria de 18,0 pontos percentuais em comparação com o mesmo período
do ano anterior. As despesas administrativas com Pessoal apresentaram
um acréscimo de 6,0% em relação ao primeiro semestre do ano anterior,
representando um volume adicional de R$ 56,8 milhões. O fator que mais
contribuiu foi o reajuste anual dos salários, que foi de 5,0%. No entanto,
as demais despesas administrativas, tiveram, no período, redução de 1,8%,
em relação ao primeiro semestre do ano anterior, contribuindo, desta forma,
positivamente na eficiência operacional. Dentre as reduções de despesas
destacam-se: R$11,1 milhões com Propaganda, Publicidade e Publicações;
R$ 6,4 milhões em despesas com Processamento de Dados e R$ 4,8 milhões
em emolumentos judiciais e cartorários. Já as margens financeiras tiveram
crescimento de 77,2% e foram positivamente influenciadas pela redução
do nível de despesas com aprovisionamentos, pela recuperação de créditos
baixados como prejuízo, bem como pela elevação de 5,0% nas Receitas
de Prestação de Serviços, que alcançaram a cifra de R$ 1,3 bilhão no 1º
Semestre de 2019, também contribuindo para a melhoria da eficiência.
4.4 Patrimônio Líquido e Rentabilidade
O Banco do Nordeste apresentou um Patrimônio Líquido de R$ 4.727,8
milhões ao término do 1º Semestre de 2019. Em Assembleia Geral
Extraordinária, realizada em 25.04.2019, foi aprovado o aumento do capital
social em R$ 969,0 milhões, decorrente da incorporação de Reservas
Estatutárias - Reserva para Margem Operacional, sem emissão de novas
ações. Assim, o Capital Social passou de R$ 2.844,0 milhões para R$
3.813,0 milhões representado por 86.371.464 ações ordinárias escriturais,
sem valor nominal, integralizadas e devidamente homologado pelo Banco
Central. A rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido médio, no primeiro
semestre de 2019, foi de 35,7% a.a. Tratando da rentabilidade sobre o
Patrimônio Líquido médio, considerando o resultado recorrente, o índice,
no primeiro semestre de 2019, foi de 22,5% a.a..
4.5 Índice de Adequação Patrimonial
Em relação ao cumprimento das regulamentações determinadas pelo
Banco Central do Brasil, relativas à estrutura de capital de instituições
financeiras, conhecidas em seu conjunto por Basileia III, o Banco do
Nordeste tem cumprido os requisitos mínimos de capital estipulados, o que
lhe garante uma margem para continuar expandindo os seus negócios. Em
30/06/2019, o Banco apresentou um índice de Basileia de 16,13% (13,76%
em 31/12/2018). O índice de Capital Nível I ficou em 11,69% (9,00% em
31/12/2018) e o de Capital Principal foi de 10,13% (9,00% em 31/12/2018).
O Patrimônio de Referência (PR) apurado foi de R$ 8.296,0 milhões (R$
6.541,7 milhões em 31/12/2018), o Nível I registrou o valor de R$ 6.013,4
milhões e o Capital Principal R$ 5.212,3 milhões (em 31/12/2018, o Nível I
e o Capital Principal apresentaram o mesmo valor de R$ 4.279,9), enquanto
os ativos ponderados pelo risco (montante RWA) totalizaram R$ 51.436,5
milhões (R$ 47.553,2 milhões em 31/12/2018). Essa melhora nos índices foi
influenciada, em primeiro lugar, pela marca histórica do resultado líquido do
1º semestre de 2019 e, em segundo, pela captação realizada por emissão de
Letras Financeiras com Cláusula de Subordinação (LFS), elegíveis a Capital
Nivel I, com característica de Capital Complementar, no valor de R$ 801,0
milhões, autorizadas, pelo Banco Central, em 19 de julho de 2019, a compor
o Patrimônio de Referência, com vigência a partir da data-base de junho de
2019.
5 DESEMPENHO OPERACIONAL
5.1 Volume de Contratações
O Banco do Nordeste contratou no 1º semestre de 2019 o montante de R$
18,8 bilhões, em 2,5 milhões de operações de crédito. Esses resultados
representam crescimentos de 8,2% no valor contratado e 2,8% na quantidade
de operações, quando comparados com o mesmo período do ano anterior.
Os financiamentos de longo prazo, que englobam investimentos rurais,
industriais, agroindustriais, infraestrutura, comércio e serviços, foram
responsáveis por 72,7% dos recursos contratados, somando R$ 13,7 bilhões
em 255,0 mil operações. Já os empréstimos de curto prazo, destinados aos
produtos Crédito Direto ao Consumidor (CDC), Capital de Giro, Cartão
de Crédito, Conta Garantida, Câmbio, e Desconto, bem como o programa
Crediamigo, atingiram o valor de R$ 5,15 bilhões num total de 2,2 milhões
de operações. Esses valores contratados representam crescimentos de 9,7%
nos créditos de longo prazo e 4,5% nos empréstimos de curto prazo, em
relação ao 1º semestre de 2018.
Tabela 3 - Contratações de Operações de Crédito (R$ milhões)
Tipo
1º semestre de 2018
1º semestre de 2019
Variação
Valor
Quantidade
Valor
Quantidade
Valor
Longo Prazo
289.157 12.473,3
255.018 13.683,6
9,7%
Curto Prazo
2.142.893
4.929,2
2.246.289
5.150,8
4,5%
Total
2.432.050 17.402,5
2.501.307 18.834,4
8,2%
Fonte: Diretoria de Controle e Risco – Superintendência de Controle Financeiro
O Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) foi
responsável por 98,1% das contratações de longo prazo do Banco. No final
do primeiro semestre de 2019, o saldo do Fundo totalizou R$ 13,4 bilhões,
crescendo 8,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Tabela 4 - Contratações de Financiamentos de Longo Prazo (R$ mi-
lhões)
Tipo
1º semestre de 2018
1º semestre de 2019
Variação
Valor
Quantidade
Valor
Quantidade
Valor
FNE
286.651 12.327,4
250.428 13.429,0
8,9%
Outras fontes
2.506
145,9
4.590
254,6
74,5%
Total
289.157 12.473,3
255.018 13.683,6
9,7%
Fonte: Diretoria de Controle e Risco – Superintendência de Controle Financeiro
5.2 Captação de Recursos
Depósitos à Prazo - No primeiro semestre de 2019 registra-se um saldo de
R$ 5,848 bilhões, representando um incremento de 7,39% em relação ao
primeiro semestre 2018, cujo saldo era de R$ 5,445 bilhões.
Depósitos à Vista - Apresenta, no referido semestre, um saldo de R$ 427,8
milhões, representando um incremento de 79,5% em relação ao primeiro
semestre 2018, cujo saldo era de R$ 238,3 milhões.
Poupança – Verifica-se um incremento da ordem de 10,4% no saldo do
primeiro semestre 2019 - R$ 2.491,4 milhões em relação ao saldo do
primeiro semestre 2018 - R$ 2.255,6 milhões.
5.3 Distribuição e Gestão de Fundos de Investimento
No 1º semestre de 2019, o patrimônio líquido dos fundos de investimento
alcançou o saldo de R$ 7.843,6 milhões, um crescimento de 14,9% em
relação ao 1º semestre de 2018. Na mesma posição, o Banco do Nordeste
executava a gestão de 21 fundos de investimento, com 82.154 cotistas,
uma evolução de 14,3% em relação ao ano anterior. A receita com taxa de
administração dos fundos de investimento totalizou R$ 25,9 milhões no 1º
semestre de 2019, um incremento de 33,2% em relação a 2018.
Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor)
O Patrimônio Líquido do Finor atingiu, no 1º semestre de 2019, o valor de
R$ 860,2 milhões, apresentando um decréscimo de 47,5% em relação ao 1º
semestre de 2018, em razão da constituição de reservas para aplicação com
base no Artigo 9º, da Lei 8.167/91, cujos controles, em razão da insuficiência
de recursos oriundos de incentivos fiscais, vinham sendo efetuados de forma
extracontábil. A receita com taxa de administração sobre a carteira do Finor
totalizou R$ 9,3 milhões no 1º semestre de 2019, um decréscimo de 45,9%
em relação ao mesmo período de 2018, em decorrência da diminuição do
patrimônio líquido do Fundo.
5.4 Performance por Segmento de Clientes
Agricultura Familiar
O Segmento Agricultura Familiar compreende a carteira de agricultores
familiares atendidos pelo Pronaf, excetuando-se os clientes que compõem
o Segmento Microempreendedor Rural - Agroamigo, contando com uma
carteira ativa no valor de R$ 4,79 bilhões e mais de 430 mil operações. No
primeiro semestre de 2019, o Banco contratou 8.236 financiamentos com
esse segmento, envolvendo recursos da ordem de R$ 225,09 milhões, dos
quais, 76,8% foram destinados a financiamentos na região semiárida.
Programa de Crédito Fundiário
O programa Combate à Pobreza Rural é formado por dois subprojetos:
Subprojeto de Aquisição de Terras (SAT), que financia a aquisição de imóvel
rural, e o Subprojeto de Investimentos Comunitários (SIC), que financia, de
forma não reembolsável, os investimentos comunitários complementares
à associação de agricultores contemplados com o SAT. Por sua vez, o
programa Consolidação da Agricultura Familiar (CAF) financia aquisição
de imóvel rural com as benfeitorias existentes, assim como a realização de
investimentos de infraestrutura básica e produtiva.
No 1º Semestre de 2019, foram realizadas 122 operações pelo SAT, as quais
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO | SÉRIE 3 | ANO XI Nº153 | FORTALEZA, 14 DE AGOSTO DE 2019
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