DOMFO 02/09/2019 - Diário Oficial do Município de Fortaleza - CE
FORTALEZA
DIÁRIO OFICIAL DO MUNICÍPIO
ANO LXV
FORTALEZA, 02 DE SETEMBRO DE 2019
Nº 16.578
PODER EXECUTIVO
GABINETE DO PREFEITO
DECRETO Nº 14.485, DE 27 DE AGOSTO DE 2019.
Institui o Comitê de Energias
Renováveis e Eficiência Ener-
gética do Município de Fortale-
za – CERF, coordenado pela
Secretaria Municipal de Con-
servação e Serviços Públicos –
SCSP em cooperação com o
Instituto de Planejamento de
Fortaleza – IPLANFOR e dá
outras providências.
O PREFEITO MUNICIPAL DE FORTALEZA, no
uso das atribuições que lhe são conferidas pelo inciso VI do art.
83 e inciso XV do art. 244 da Lei Orgânica do Município de
Fortaleza, e, CONSIDERANDO que a criação do Comitê de
Energia é a primeira meta do Plano de Energias Renováveis e
Eficiência Energética do Plano Fortaleza 2040, CONSIDE-
RANDO ainda o objetivo de criar um ambiente de discussão,
articulação e fortalecimento da temática de energias renováveis
e eficiência energética no Município de Fortaleza e, CONSI-
DERANDO, por fim, o fato de a Administração Pública ser
grande consumidora e usuária de recursos energéticos, de tal
sorte que detém papel estratégico na promoção de novos
padrões de produção e de consumo de energia, ademais de
poder auferir resultados econômicos e ambientais positivos
com ações voltadas à utilização de fontes renováveis de ener-
gia e ao incremento da eficiência energética, DECRETA:
CAPÍTULO I
DA INSTITUIÇÃO DO COMITÊ
Art. 1º - Fica instituído, no âmbito da Secretaria
Municipal de Conservação e Serviços Públicos – SCSP, em
gestão articulada com o Instituto de Planejamento de Fortaleza
– IPLANFOR, o Comitê de Energias Renováveis e Eficiência
Energética do Município de Fortaleza – CERF. Parágrafo Único
- O Comitê exercerá suas atribuições com vistas à concretiza-
ção do Plano de Energias Renováveis e Eficiência Energética
do Plano Fortaleza 2040 reproduzido no Anexo I deste Decreto.
CAPÍTULO II
DA FINALIDADE
Art. 2º - Compete ao Comitê de Energias Reno-
váveis e Eficiência Energética do Município de Fortaleza –
CERF: I – discutir e propor diretrizes para a Política Municipal
de Energias Renováveis e Eficiência Energética; II – propor,
avaliar e acompanhar a implantação e execução das ações
relativas à Política Municipal de Energias Renováveis e Efici-
ência Energética; III – articular e concertar, sob a supervisão do
Chefe do Poder Executivo, as ações dos órgãos e entidades
municipais relacionadas à política energética. IV – colaborar
com a Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públi-
cos – SCSP, com o Instituto de Planejamento de Fortaleza –
IPLANFOR e com outros órgãos públicos e entidades particula-
res para solução dos problemas referente às questões de
energias renováveis e eficiência energética do Município; V –
propor medidas a serem adotadas pelo Poder Executivo,
visando a gestão eficiente dos recursos energéticos e o desen-
volvimento de projetos de eficiência energética e de utilização
de energias renováveis; VI – promover e estimular a realização
de campanhas educativas para uso eficiente dos recursos
energéticos; VII – promover e estimular projetos de pesquisa e
o desenvolvimento de tecnologias inovadoras que abordem as
temáticas de energias renováveis e eficiência energética, es-
pecialmente os que impactem diretamente no território do Mu-
nicípio, inclusive no tocante aos aspectos econômicos e socio-
ambientais; VIII – propor e assessorar o Chefe do Poder Exe-
cutivo na celebração de convênios, ajustes, acordos e parceri-
as institucionais com entidades públicas e privadas, nacionais
ou internacionais, para a execução de atividades ligadas aos
seus objetivos; IX – propor ao Chefe do Poder Executivo ações
que favoreçam a dinamização da economia do município, no
sentido de incentivar a formação de arranjos produtivos locais
para produção e comercialização de bens e serviços voltados à
utilização de energias renováveis; X – propor ao Chefe do
Poder Executivo a criação de um fundo para investimentos
públicos no fomento à eficiência energética, à geração distribuí-
da de energias renováveis e ao aproveitamento energético de
resíduos; XI – manter intercâmbio com órgãos congêneres
municipais, estaduais e federais, objetivando a troca de subsí-
dios técnicos e informações pertinentes à política energética;
XII – auxiliar a Secretaria Municipal de Conservação e Serviços
Públicos – SCSP e o Instituto de Planejamento de Fortaleza –
IPLANFOR na implantação e execução das ações do Plano
Municipal de Energias Renováveis e Eficiência Energética; e
XIII – demais atribuições decorrentes da natureza do comitê ou
que lhe sejam atribuídas por instrumento normativo válido.
§ 1º - Os órgãos da Administração Direta e as entidades da
Administração Indireta do Município deverão cientificar previa-
mente o Comitê acerca dos planos, projetos, empreendimentos
e iniciativas sob sua responsabilidade que digam respeito à
temática da energia, podendo o próprio Comitê adotar a inicia-
tiva de requisitar informações via ofício. § 2º - Cientificado nos
termos do parágrafo anterior, o Comitê poderá apresentar su-
gestões ou subsídios técnicos, cuja decisão de acolhimento ou
desacolhimento pelos órgãos ou entidades responsáveis pelos
planos, projetos, empreendimentos e iniciativas deverá ser
reportada ao Comitê de modo fundamentado. § 3º - O Chefe
do Poder Executivo, os órgãos da Administração Direta ou as
entidades da Administração Indireta do Município poderão
submeter ao Comitê a avaliação de planos, projetos, empreen-
dimentos, minutas de normas, parcerias público-privadas, con-
tratações, convênios ou aquisições que estejam sob sua res-
ponsabilidade e tenham pertinência com o tema da energia, a
fim de que o CERF emita seu juízo de valor mediante parecer.
§ 4º O parecer exarado nos termos do parágrafo anterior pode-
rá ter efeito vinculante a critério do Chefe do Poder Executivo
ou do próprio órgão ou entidade da Administração que subme-
ter a questão ao parecer do Comitê. § 5º - Ao Comitê poderá
ser submetida consulta por parte de entidades privadas, de
sociedades empresárias ou de entidades públicas não inte-
grantes da Administração Municipal Direta ou Indireta, a fim de
que esclareça pontos específicos relacionados ao Plano Muni-
cipal de Energias Renováveis e Eficiência Energética e às
nuanças práticas relacionadas à atuação de tais entidades e
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