DOE 12/03/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            M. Dias Branco S.A. 
Indústria e Comércio de Alimentos
(Companhia Aberta)
CNPJ nº 07.206.816/0001-15
continuação
Em 2018, a Companhia aumentou sua capacidade de produção em 8,6%, 
reflexo da inclusão da capacidade produtiva da Piraquê (biscoitos, massas e 
gorduras) e da instalação, em setembro/2017, de um novo desodorizador na 
unidade produtiva de gordura vegetal em Fortaleza (CE). Já a produção 
reduziu 1,6% em relação a 2017, em virtude da adequação à demanda e 
melhor gestão de estoques. Dessa forma, o nível de utilização da capacidade 
instalada caiu para 72,0% (79,4% em 2017).
• Verticalização
2017
17,4%
82,6%
2018
1,3%
98,7%
FARINHA DE TRIGO
Origem Externa
Produção Própria
Origem Externa
Produção Própria
GORDURA
2017
7,9%
92,1%
2018
15,0%
85,0%
O nível de verticalização de farinha de trigo foi de 85,0% (92,1% em 2017). 
Esta redução (7,1 p.p.) deu-se, principalmente, pelo fato das unidades da 
Piraquê consumirem farinha de terceiros.
Já a verticalização de gordura aumentou de 82,6% em 2017 para 98,7% em 
2018, fruto dos investimentos realizados no ano de 2017, na unidade 
produtiva de margarinas e gorduras em Fortaleza (CE), e pelo fato de parte 
da produção da unidade industrial de gorduras da Piraquê estar sendo 
direcionada para as unidades produtivas da M. Dias Branco em Jaboatão dos 
Guararapes (PE), Lençóis Paulista (SP) e Bento Gonçalves (RS).
• Subvenções estaduais para investimentos
Subvenções para 
 investimentos (R$ milhões)
2018 % RL 2017 %RL AH%
AH 
-%RL
Subvenções para investimentos 276,2
4,6% 213,5 3,9% 29,4% 0,7 p.p.
O aumento do valor a título de subvenções estaduais para investimentos 
decorreu, principalmente, do aumento do custo de aquisição do trigo.
• Lucro bruto
O lucro bruto apresentou crescimento em valores nominais de 2,0% e 
redução de margem bruta de 3,4 p.p., em decorrência, principalmente, da 
redução dos volumes de vendas e da elevação dos custos, sobretudo do custo 
do trigo em grão.
Vale destacar que os reajustes de preços realizados ao longo do ano, somados 
aos impactos da aquisição da Piraquê, contribuíram para compensar 
parcialmente os efeitos do aumento substancial do custo do trigo.
Margem Bruta
Lucro Bruto
Evolução histórica - Lucro Bruto e Margem Bruta
1.422,7 
2012
40,1%
1.629,6 
2013
37,8%
1.724,6 
2014
37,7%
1.655,8 
2015
35,8%
2.085,7 
2016
39,1%
2.249,1 
2017
41,5%
2.294,3 
2018
38,1%
• Despesas operacionais
As despesas operacionais aumentaram 9,4% em 2018 em relação a 2017, 
porém apresentaram uma redução de 0,4 p.p. na sua representatividade 
sobre a receita líquida, justificada principalmente pela gestão mais rigorosa 
das despesas.
Em valores absolutos, o aumento das despesas operacionais ocorrido no ano 
de 2018 foi resultado basicamente: (i) da consolidação das despesas da 
Piraquê, (ii) do reajuste da tarifa de frete a partir do segundo semestre, e (iii) 
das despesas não recorrentes com o comitê independente, com a integração 
da Piraquê e com despesas realizadas pela Piraquê com consultoria e 
reestruturação, que somaram R$ 30,8 milhões no ano de 2018.
Despesas Operacionais
2018 % RL
2017 % RL AH%
AH 
-%RL
 (R$ milhões)
Vendas
1.173,0 19,5% 1.091,6 20,2%
7,5% -0,7 p.p.
Administrativas e gerais
239,1
4,0%
177,2
3,3% 34,9% 0,7 p.p.
Honorários da  
administração 13,2
0,2%
12,6
0,2%
4,8%
0 p.p.
Tributárias
35,3
0,6%
27,5
0,5% 28,4% 0,1 p.p.
Depreciação e amortização
40,9
0,7%
25,3
0,5% 61,7% 0,2 p.p.
Outras desp./(rec.) 
operac.
40,7
0,7%
75,5
1,4% -46,1% -0,7 p.p.
TOTAL
1.542,2 25,6% 1.409,7 26,0%
9,4% -0,4 p.p.
Nota: Na Demonstração do Resultado, as despesas com depreciação e 
amortização foram incluídas nas respectivas despesas com vendas e 
administrativas, e as despesas tributárias foram adicionadas às outras 
despesas (receitas) líquidas. Para maiores informações, consultar Nota 
Explicativa nº 27 das demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de 
dezembro de 2018.
As outras despesas (receitas) operacionais passaram de uma despesa de 
R$ 75,5 milhões para R$ 40,7 milhões, uma redução de 46,1% no período 
comparativo de 2018 vs. 2017. Dentre os eventos registrados em 2018, 
destacam-se as seguintes variações:
• Provisões para riscos cíveis, trabalhistas e tributários, bem como 
 honorários advocatícios de êxitos e perdas estimadas de créditos 
 tributários, no montante de R$ 22,4 milhões (R$ 50,7 milhões em 2017);
• Contribuição ao Fundo Estadual de Equilíbrio Fiscal (FEEF) no valor de 
 R$ 15,5 milhões (R$ 17,4 milhões em 2017);
• Em contraponto, houve reconhecimento de créditos extemporâneos de 
 tributos, no montante de R$ 36,8 milhões (R$ 17,3 milhões em 2017).
• Resultado financeiro
O resultado financeiro passou de uma receita de R$ 76,7 milhões em 2017 
para uma receita de R$ 46,3 milhões em 2018. A variação foi influenciada 
principalmente pela redução dos rendimentos sobre as aplicações financeiras 
da Companhia, decorrente do resgate de aplicações para pagamento da 
aquisição da Piraquê e da redução na taxa do CDI, bem como aumento de 
juros sobre financiamentos, decorrente da parcela retida da aquisição da 
Piraquê e da captação de recursos no 2T18.
Resultado Financeiro (R$ Milhões)
2018 2017 AH% 2017 - 2018
Receitas Financeiras
120,1 141,5
-15,1%
Despesas Financeiras
(63,6) (54,4)
16,9%
Variações Cambiais
(46,6)
6,3
n/a
Perdas/Ganhos com swap
36,4 (16,7)
n/a
TOTAL
46,3
76,7
-39,6%
Além disso, em 2018, foram reconhecidas atualizações de créditos 
tributários, no montante de R$ 50,4 milhões, fruto principalmente de 
processos transitados em julgado de crédito de IPI sobre embalagem, 
relativo janeiro de 1993 a dezembro de 1998, e PIS/Cofins sobre importação, 
que somaram R$ 40,4 milhões.
Importante destacar que a Companhia utiliza contratos de swap para 
proteção de risco cambial existente nas transações de importação de insumos 
e ativo fixo. Essas operações são registradas pelo valor justo no resultado e 
consistem na troca do risco cambial mais taxa prefixada por percentual de 
CDI, com efeito positivo no ano.
• Lucro líquido e Ebitda
O lucro líquido passou de R$ 844,3 milhões no exercício de 2017 para 
R$ 723,5 milhões em 2018 (representando 15,6% da receita líquida em 
2017 e 12,0% em 2018), registrando uma queda de 14,3%. O Ebitda 
alcançou R$ 933,0 milhões em 2018 (15,5% da receita líquida), 
apresentando redução de 3,5% em relação a 2017.
-14,3%
Lucro Líquido (R$ Milhões)
Ebitda (R$ Milhões)
-3,5%
844,3 
2017
723,5 
2018
966,4
2017
933,0
2018
• Produção e utilização da capacidade de produção
Produção Efetiva/Capacidade de Produção *
Biscoitos
Massas
Farinha e Farelo
Marg. e 
Gorduras
Outras Linhas 
de Produtos**
Total
2018
2017
2018
2017
2018
2017
2018
2017
2018
2017
2018
2017
Produção Total
568,8
551,4
398,4
364,2
1.477,5 1.584,4
175,4
161,6
16,5
17,1 2.636,6 2.678,7
Capacidade Total de Produção
818,5
721,1
510,7
469,9
1.912,0 1.912,0
378,3
229,5
43,4
39,3 3.662,9 3.371,8
Nível de Utilização da Capacidade
69,5% 76,5% 78,0% 77,5%
77,3% 82,9% 46,4% 70,4%
38,0% 43,5% 72,0%
79,4%
* Em mil toneladas
* * Bolos, Snacks, Mistura para Bolos e Torradas
Nota: A Capacidade total de produção é a máxima que se consegue extrair dos equipamentos, considerando as reduções provocadas pelas paradas de 
manutenção, tempo de setup, limpeza das linhas, restrições quanto à quantidade máxima de turnos admitidos em cada planta, etc.
continua
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XI Nº049  | FORTALEZA, 12 DE MARÇO DE 2019

                            

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