DOE 20/02/2020 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            Sede: Av. Dr. Silas Munguba, 5.700 - Fortaleza - Ceará - Capital Aberto - CNPJ nº 07.237.373/0001-20
Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), foram contratadas, 
somente com recursos do FNE, 16 mil operações, o que representa 51,5% 
do total de operações efetivadas.
Corporate
Em 2019, o Banco do Nordeste encerrou o exercício com 868 clientes 
Corporate, segmentação que contempla as empresas com faturamento bruto 
anual superior a R$ 400,0 milhões, além dos clientes com operações no 
âmbito da Infraestrutura e sindicalizadas. Neste ano, o segmento contratou 
R$ 12,77 bilhões em operações com recursos do FNE (inclusive operações 
de NE-Exportação), representa 86,28% do volume contratado no mesmo 
período de 2018. Do montante contratado pelo segmento, em 2019, R$ 10,19 
bilhões foram em operações de Infraestrutura, com foco em iniciativas nas 
áreas estruturantes para o desenvolvimento regional, a exemplo de geração 
de energia, principalmente eólica e fotovoltaica, distribuição e transmissão 
de energia, saneamento básico e infraestrutura aeroportuária. O valor 
contratado foi aproximadamente 90,81% do valor aplicado nesse setor em 
2019.
Em comparação com o desempenho total do Banco, do montante de R$ 
29,50 bilhões investidos com recursos do FNE, 43,29% foram contratados 
com clientes do segmento Corporate. Da meta estabelecida para o setor de 
Infraestrutura, o segmento Corporate realizou 84,92%.
Agronegócio Pessoa Física
Em 2019, foram contratadas 7 mil operações, no valor de R$ 3,09 bilhões, 
com recursos do FNE para atendimento aos produtores rurais na área de 
atuação do Banco, sendo R$ 1,44 bilhão com mini e pequenos produtores 
rurais. O montante contratado equivale a 115,75% da meta estabelecida para 
2019, destacando que 63,9% do valor foram destinados ao custeio, 31,63% 
ao investimento e 4,47% à comercialização. 
Diversas ações foram realizadas para impulsionar os resultados do Banco, 
no sentido de promover a simplificação e desburocratização de processos, 
a ampliação da base de clientes, a elevação da rentabilidade do segmento 
de agronegócios e a expansão do atendimento digital no Agronegócio. Na 
posição de dezembro de 2019, o ativo (FNE) do Agronegócio no Banco, 
incluindo mini e pequenos produtores, foi de R$ 10,30 bilhões, envolvendo 
57,6 mil operações. 
Pessoa Física
Este segmento atua prioritariamente no atendimento aos estudantes 
beneficiados pelo Programa de Financiamento Estudantil (FNE P-Fies) e 
tomadores de crédito da linha FNE Sol para aquisição de sistemas de micro 
e minigeração distribuída de energia (consumo doméstico). De forma 
complementar, contempla também os sócios das empresas atendidas pelo 
Banco.
Tratando-se de aplicação para financiamento estudantil (P-Fies), em 
2019, contratou-se mais de R$ 7,3 milhões em operações com fonte de 
recursos exclusivamente do FNE. Atualmente, existem acordos com 
120 Mantenedoras de Instituições de Ensino Superior que viabilizam a 
operacionalização do Programa.
Destaca-se, ainda, o FNE Sol para pessoa física, linha criada em 2019. 
Em seu ano de lançamento, foram contratadas mais de 2,8 mil operações, 
as quais representaram montante de R$ 86,3 milhões, correspondendo a 
172,65% da meta inicialmente planejada.
Governo
Os clientes do segmento Governo estão representados pelos entes integrantes 
da administração pública, direta e indireta, com todos os seus respectivos 
órgãos, com exceção das empresas da administração pública indireta, 
categorizadas como “não dependentes”, conforme legislação vigente. Os 
1.938 clientes desse segmento atingiram, na posição de dezembro de 2019, 
saldo médio de R$ 578,7 milhões em captação de recursos e saldo devedor 
de operações de crédito da ordem de R$ 444,7 milhões.
Empresarial
O segmento Empresarial atende as empresas de pequeno-médio, médio e 
grande portes, abrangendo as pessoas jurídicas com faturamento anual 
superior a R$ 4,8 milhões até R$ 400,0 milhões. Em 2019, o Banco alcançou 
quantitativo de 11,5 mil clientes com perfil do segmento empresarial, 
evolução de 15,18% frente ao número apresentado ao final de 2018.
Essas empresas contrataram junto às carteiras do segmento empresarial R$ 
5,74 bilhões de operações com FNE, exceto infraestrutura, o que representa 
aumento de 11,3% em relação a 2018. Com relação às operações de 
infraestrutura, o segmento Empresarial contratou R$ 1,03 bilhão de FNE, 
apenas 27,5% do realizado em 2018, devido à destinação das operações de 
infraestrutura para o segmento Corporate.
Além das operações com recursos do FNE, o segmento empresarial 
contratou ainda R$ 747,0 milhões com outras fontes de recursos.
Em 2019, as aplicações totais (com todas as fontes) nesse segmento 
somaram R$ 7,63 bilhões, sendo: R$ 1,19 bilhão em Agronegócios; R$ 3,88 
bilhões em Comércio e Serviços; R$ 1,53 bilhão em Indústria e R$ 1,03 
bilhão em Infraestrutura.
6.3 Recuperação de Crédito
O ano de 2019 constituiu grande oportunidade de regularização de dívidas, 
em particular para produtores rurais atingidos pelas estiagens dos últimos 
anos, por meio dos adventos das Leis nºs 13.340/2016 e 13.606/2018.
Os valores auferidos em 2019 com a recuperação de crédito registraram 
montante histórico de R$ 16,20 bilhões. Essas regularizações viabilizaram a 
marca de recuperação em espécie de R$ 826,0 milhões de crédito em atraso 
e prejuízo. No total, foram regularizadas 157 mil operações, cujos números 
globais constituíram significativos resultados de melhorias na qualidade do 
ativo e reflexos positivos na Regularização de Dívidas do Banco.
Com relação à Lei nº 13.340/2016, foram regularizadas 46,9 mil operações, 
perfazendo total de R$ 2,47 bilhões, das quais 43 mil operações foram com 
FNE e 3,7 mil com fontes não FNE.
Já na Lei nº 13.606/2018, foram regularizadas 45,4 mil operações no 
total de R$ 11,64 bilhões, refletindo de forma relevante nos números da 
Regularização de Dívidas, o que demonstra a efetividade das estratégias 
definidas pela Diretoria Executiva.
7 GOVERNANÇA CORPORATIVA
A Governança no setor público é compreendida como “um conjunto de 
mecanismos de liderança, estratégia e controle postos em prática para 
avaliar, direcionar e monitorar a gestão, com vistas à condução de políticas 
públicas e à prestação de serviços de interesse da sociedade” (disponível em: 
http://www.tcu.gov.br/governanca).
Nesse sentido, o Banco do Nordeste, como entidade da Administração 
Pública Indireta, mantém, em sua estrutura de Governança Corporativa, 
órgãos que visam avaliar, direcionar e monitorar a sua gestão. Nesta 
ordenação estão presentes o Conselho de Administração, assessorado 
pelos Comitês de Auditoria, de Remuneração e Elegibilidade, de Riscos e 
de Capital; a Auditoria Interna e a Ouvidoria; a Diretoria Executiva e uma 
Comissão de Ética.
A estrutura de Governança Corporativa do Banco, disponível em https://
www.bnb.gov.br/sobre-o-banco/estrutura-organizacional, 
está 
assim 
apresentada: Assembleia Geral, Conselho de Administração, Diretoria 
Executiva, Conselho Fiscal, Comitê de Auditoria, Comitê de Remuneração e 
Elegibilidade, Comitê de Riscos e de Capital, Auditoria Interna, Ouvidoria, 
Controles Internos e Compliance, Comissão de Ética e Auditoria Externa.
A estrutura de governança do Banco está definida em seu Estatuto Social, 
que é o instrumento que regulamenta as relações sociais dentro das 
companhias de capital aberto, disponível na Internet em http://www.bnb.
gov.br/estatuto-social. 
7.1 Auditoria
Em 2019, a Auditoria Interna realizou trabalhos de avaliação, com destaque 
para: Atendimento a Clientes, Caixa de Previdência dos Funcionários 
do Banco do Nordeste do Brasil (Capef), Caixa de Assistência dos 
Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (Camed), Governança 
Corporativa, Estratégias de Mercado, Contabilidade - Partes Relacionadas, 
Controles Internos, Crédito (Concessão, Administração e Recuperação), 
Gerenciamento de Capital, Gestão Integrada de Riscos, Gerenciamento do 
Ambiente Físico de TI, Garantia da Segurança dos Sistemas, Garantia da 
Continuidade dos Serviços de TI, Planejamento Empresarial e Programa de 
Integridade.
7.2 Controles Internos
O indicador de conformidade (IC) do BNB, em 2019, atingiu 97,28%. Esse 
resultado ratifica a orientação empresarial da administração do Banco de 
realizar negócios de forma íntegra, sustentável e rentável.
Os comitês de decisão e/ou de avaliação são também componentes 
essenciais da estrutura de gestão de controles e riscos, especializados que 
são para diversas naturezas de assuntos. Acrescenta-se aos diversos comitês 
especializados o Comitê de Integridade e Ética do Banco, que tem como 
atribuição, dentre outras, coordenar a aplicação da Política de Integridade do 
Banco, determinando a adoção de providências e de ações necessárias para o 
aprimoramento dos mecanismos do Programa de Integridade da Instituição. 
A Comissão de Ética do Banco do Nordeste também exerce importante 
papel de apoio à Estrutura de Controles Internos, pois tem como atribuição 
promover o Código de Conduta Ética e Integridade, representar o cidadão 
(cliente ou não) dentro do ambiente empresarial, inclusive mediando 
conflitos e atuar para a melhoria dos processos internos da Instituição. 
8 GESTÃO DE RISCOS
A Política Corporativa de Gestão de Riscos do Banco do Nordeste é construída 
a partir da Declaração de Apetite por Riscos (RAS) definida pelo Conselho 
de Administração e contempla orientações e diretrizes para as atividades 
relacionadas à gestão contínua e integrada dos riscos financeiros (risco de 
crédito, operacional, de mercado, de variação da taxa de juros da carteira 
bancária - IRRBB, de liquidez), socioambiental, estratégico, reputacional e 
de conformidade. Referidos riscos são considerados relevantes pelo Banco 
do Nordeste em função do seu potencial de impacto no alcance dos objetivos 
estratégicos da Instituição. 
O processo de gestão de riscos do Banco do Nordeste fundamenta-se na 
observação da legislação vigente e da Declaração de Apetite por Riscos da 
Instituição, na adoção das boas práticas de mercado e no uso de modelos 
metodológicos definidos e documentados, passíveis de serem testados 
quanto à consistência, confiabilidade e transparência dos resultados.
A estrutura de gerenciamento de riscos do Banco do Nordeste é compatível 
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XII Nº036  | FORTALEZA, 20 DE FEVEREIRO DE 2020

                            

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