DOE 20/02/2020 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            Sede: Av. Dr. Silas Munguba, 5.700 - Fortaleza - Ceará - Capital Aberto - CNPJ nº 07.237.373/0001-20
Os instrumentos de governança corporativa do Banco incluem estrutura 
de controles internos com vistas à manutenção de um adequado 
acompanhamento de riscos operacionais, de crédito, de mercado, de 
liquidez, da taxa de juros da carteira bancária – IRRBB e socioambiental. A 
metodologia de gerenciamento de riscos observa as orientações do Comitê 
de Basileia, buscando a identificação dos riscos existentes e potenciais nos 
diversos processos do Banco, a implementação e o acompanhamento de 
indicadores e de mecanismos de mitigação de riscos.
Estrutura de Gerenciamento de Riscos
A estrutura de gerenciamento de riscos é unificada no nível estratégico e 
específica nos níveis de suas unidades negociais e de suporte, observando o 
princípio da segregação das atividades. As unidades e suas responsabilidades 
básicas referentes à gestão de riscos são definidas, formalmente normatizadas 
e divulgadas no site de políticas e normas da instituição.
A atuação dessa estrutura leva em consideração o equilíbrio financeiro do 
banco e é pautada na política de integridade e ética da instituição e nos 
princípios de responsabilidade socioambiental, nas relações com seus 
clientes, parceiros, funcionários, acionistas, prestadores de serviços e 
sociedade.
Nesse propósito, a Gestão Integrada de Riscos do Banco incorpora, como 
princípio essencial, a manutenção de sistema de gestão de riscos estruturado 
e integrado às atividades gerenciais da instituição. Disponibiliza informações 
que subsidiam as diversas instâncias decisórias do Banco a avaliar os riscos 
envolvidos e destina-se a orientar a gestão dos riscos que se interpõem à 
consecução dos objetivos empresariais. Para isso, utiliza regras baseadas 
em princípios e boas práticas de governança corporativa, implantadas sob 
a orientação da superior administração do Banco e dos órgãos supervisores.
Estrutura de Gerenciamento de Capital
A Diretoria Executiva é responsável pela definição da estrutura de 
gerenciamento de capital do Banco, incluindo o Plano de Capital para o 
período de 2020 a 2024, que foi aprovado pelo Conselho de Administração 
em 02.12.2019. É da responsabilidade da Diretoria de Controle e Riscos, 
o gerenciamento de capital, tendo sido estruturada unidade administrativa 
específica para esse fim, conforme requerido pelo CMN, em sua Resolução 
nº 4.557, de 23.02.2017. As informações referentes à Estrutura de 
Gerenciamento de Capital podem ser consultadas no portal:www.bnb.gov.br.
Política Corporativa de Gestão de Riscos
A política corporativa de gestão de riscos contempla orientações e 
diretrizes integradoras das atividades do Banco para a gestão dos riscos 
de crédito, operacionais, de mercado, de liquidez, de taxa de juros para os 
instrumentos classificados na carteira bancária (IRRBB), de concentração 
e socioambiental. O Comitê de Gestão de Riscos aprecia e encaminha, 
para deliberação da Diretoria Executiva, e do Conselho de Administração, 
as propostas de criação e ajustes nas estratégias, políticas, modelos e 
procedimentos para gestão de riscos, ficando a cargo da Diretoria de Controle 
e Risco a coordenação da sua implementação e desempenho no Banco, 
por meio de unidade específica que realiza o gerenciamento integrado de 
riscos, em nível corporativo, definindo metodologias e modelos de gestão e 
promovendo a disseminação da cultura de gestão de riscos.  
Maiores informações relativas ao gerenciamento de riscos, focadas em 
questões acerca do Patrimônio de Referência (PR) e do montante dos ativos 
ponderados pelo risco (RWA), conforme prescreve a Circular nº 3.678, de 
31.10.2013, do Bacen, podem ser encontradas no portal: www.bnb.gov.br.
b) Risco de Crédito
O risco de crédito é a possibilidade de ocorrência de perdas associadas 
ao não cumprimento pela contraparte de suas obrigações nos termos 
pactuados; desvalorização, redução de remunerações e ganhos esperados em 
instrumento financeiro decorrentes da deterioração da qualidade creditícia 
da contraparte, do interveniente ou do instrumento mitigador; reestruturação 
de instrumentos financeiros ou custos de recuperação de exposições 
caracterizadas como ativos problemáticos.
Especificação
Exposição
31.12.2019
31.12.2018
Operações de concessão de crédito, 
coobrigações e Garantias Prestadas 
45.232.910
37.950.059
Público
1.080.003
1.036.853
Privado
44.152.907
36.913.206
Comércio
4.170.917
3.923.129
Comércio Exterior
776.651
835.103
Indústria
7.427.931
7.223.793
Infraestrutura
13.628.564
8.855.282
Microfinança Urbana
4.327.132
3.288.408
Pessoas Físicas
128.248
129.389
Rural
8.758.702
8.079.973
Outros Serviços 
4.934.762
4.578.129
Operações de Mercado
46.250.525
46.080.208
Títulos Públicos Federais
43.360.635
42.777.700
Operações Compromissadas
6.382.342
10.247.552
Outras
36.978.293
32.530.148
Depósitos Interfinanceiros
75.991
108.350
Outros Títulos e Valores Mobiliários
1.025.081
1.923.825
Outras Operações
1.788.818
1.270.333
Demais Ativos
4.892.986
5.414.501
Total 
96.376.421
89.444.768
O Banco utiliza-se do fluxo constante de informações para identificar, 
mensurar, monitorar, avaliar, reportar, controlar e mitigar o risco, de forma a 
manter a exposição ao risco de crédito em conformidade com os parâmetros 
definidos na Declaração de Apetite por Riscos - RAS. Para tanto, são 
utilizados diversos instrumentos, tais como: políticas de crédito, modelos 
e metodologias de avaliação de risco, metodologia para segregação do 
ativo de crédito em problemático e não problemático, relatórios gerenciais, 
sistema de classificação de risco e de cálculo de despesas com provisões 
para créditos de liquidação duvidosa.
Além disso, qualquer deferimento de limite de risco segue o modelo de 
alçadas por colegiado. De acordo com suas características e valor, os limites 
poderão ser calculados de forma automática ou analisados e decididos nos 
comitês de avaliação de crédito das Agências ou nos comitês de deferimento 
de limite de risco das Centrais de Apoio Operacional, ou ainda, serem 
encaminhados para decisão pelo comitê de deferimento de limite de risco 
para cliente na Direção Geral ou pela Diretoria Executiva.
Todas as operações de crédito, com exposição a risco para o banco, são 
objeto de classificação de risco, mediante a composição da avaliação de 
risco do cliente com a pontuação de risco da operação de crédito, de acordo 
com as características de valor, prazo, natureza, finalidade e situação das 
garantias quanto a sua suficiência e liquidez.
Garantias de Operações de Crédito acima de R$ 5.000 com Risco Total 
para o Banco
As garantias oferecidas para lastrear as operações de crédito são avaliadas 
em função de sua qualidade, grau de removibilidade e suficiência. Os saldos 
expostos a risco das operações de crédito com saldo acima de R$ 5.000 
importam em R$ 3.283.834 (R$ 3.674.323 em 31.12.2018). Essas operações 
estão lastreadas por garantias reais no montante de R$ 4.703.071 (R$ 
4.518.315 em 31.12.2018). 
c) Risco de Liquidez
Risco de liquidez é a possibilidade de ocorrerem desequilíbrios entre ativos 
negociáveis e passivos exigíveis (descasamentos) que possam afetar a 
capacidade de pagamento da instituição, bem como pela possibilidade de a 
instituição não conseguir negociar a preço de mercado uma posição, devido 
ao seu volume ser maior que o normalmente transacionado pelo mercado ou 
em razão de alguma descontinuidade deste.
O Banco utiliza-se de modelos de projeções para estimar as variações 
de caixa e gerenciar sua capacidade de honrar os compromissos futuros, 
comunicando a situação de liquidez da empresa à administração por meio 
de relatórios diários.
O relatório diário de gestão dos riscos de mercado e de liquidez contempla, 
dentre outros elementos, o índice de liquidez do Banco, representado 
pela razão das disponibilidades sobre os compromissos previstos para os 
próximos 90 dias. As disponibilidades que integram a base de cálculo desse 
índice são compostas por reservas bancárias e pela parcela de alta liquidez 
dos depósitos interfinanceiros, das operações compromissadas e da carteira 
própria de títulos.
Especificação
31.12.2019 
(%)
31.12.2018 
(%)
Índice de 
Liquidez
Na data-base
931,37
978,89
Média dos últimos 12 meses
854,15
965,33
Máximo dos últimos 12 meses
1.114,25
1.460,41
Mínimo dos últimos 12 meses
493,14
720,43
d) Risco de Mercado
Risco de mercado é a possibilidade de perda do valor econômico dos ativos 
e/ou de elevação do valor econômico dos passivos, assim como a redução 
de receitas financeiras e elevação de despesas financeiras, resultantes de 
variações em fatores como taxas de juros, taxas de câmbio, preços de ações 
e de commodities.
Na gestão dos riscos de mercado, o Banco adota metodologias e instrumentos 
validados pelo mercado, tais como:
a) Value at Risk (VaR) de operações ativas e passivas das carteiras de 
negociação;
b) variação no valor econômico dos instrumentos financeiros (ΔEVE) da 
carteira bancária;
c) variação do resultado da intermediação financeira (ΔNII) da carteira 
bancária;
d) mapa de requerimentos mínimos de capital;
e) relatório de exposição cambial;
f) análise de sensibilidade;
g) testes de estresse;
h) testes de aderência (back testing); e
i) relatórios de acompanhamento dos limites estabelecidos para as parcelas 
de exposição a riscos de mercado.
Constitui atividade importante da gestão dos riscos de mercado a 
elaboração de relatórios gerenciais diários, trimestrais e anuais, destinados à 
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XII Nº036  | FORTALEZA, 20 DE FEVEREIRO DE 2020

                            

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