DOE 20/02/2020 - Diário Oficial do Estado do Ceará
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administração e disponíveis aos órgãos reguladores e de controle. Referidos
relatórios contêm, dentre outras, informações detalhadas e análises sobre
os níveis de exposição das carteiras de negociação e bancária, níveis de
exposição cambial e índices de liquidez.
Além desses relatórios, o monitoramento dos limites de exposição ao risco
de mercado e de liquidez contempla um sistema de alerta, operacionalizado
com o intuito de imprimir maior tempestividade às informações gerenciais
necessárias à tomada de decisão pelas instâncias competentes, baseado nos
procedimentos abaixo:
Limites de Exposição ao Risco
Procedimento de Controle
• 1% (um por cento) do valor do Patrimônio de Referência (PR) como
possibilidade de perda máxima da Carteira de Negociação;
• 15% (quinze por cento) do valor do Patrimônio de Referência (PR) nível
I, como limite máximo para o resultado da variação no valor econômico
dos instrumentos financeiros (ΔEVE) utilizado para mensurar o risco de
taxas de juros da carteira bancária (IRRBB);
• 15% (quinze por cento) do valor do Patrimônio de Referência (PR) nível
I, como limite máximo para o resultado da variação do resultado da
intermediação financeira (ΔNII) utilizado para mensurar o risco de taxas
de juros da carteira bancária (IRRBB);
• 8% (oito por cento) do valor do Patrimônio de Referência (PR), como
limite máximo de exposições em moeda estrangeira.
Caso o nível de exposição seja superior a 80% do limite, o Ambiente
de Gestão de Riscos emitirá um alerta à Diretoria Executiva, ao Comitê
Corporativo de Gestão de Riscos e às áreas gestoras dos produtos/processos
responsáveis pela exposição;
Caso o nível de exposição extrapole o limite estabelecido, o Ambiente de
Gestão de Riscos emitirá uma comunicação formal (alerta) ao Comitê de
Gestão de Riscos, à Diretoria Executiva, ao Comitê de Riscos e de Capital e
ao Conselho de Administração para avaliação e tomada de decisão visando
a correção de rumos e adequação ao parâmetro de tolerância estabelecido
na RAS.
Análise de Sensibilidade
Atendendo à determinação constante na Instrução CVM nº 475, de 17.12.2008, realizou-se análise de sensibilidade, com vistas à identificação dos principais
tipos de riscos capazes de gerar perdas ao Banco, considerando-se cenários alternativos para o comportamento dos diversos fatores de risco das operações
que compõem as carteiras de Negociação e Bancária, cujos resultados são apresentados no quadro abaixo:
Carteira/Fator de Risco
Tipo de Risco
Cenário 1
(Provável)
Cenário 2
(Variação de 25%)
Cenário 3
(Variação de 50%)
Saldo
Saldo
Perda
Saldo
Perda
Carteira de Negociação
Juros Prefixados
Aumento da taxa de juros
1.718.274
1.716.936
(1.338)
1.715.599
(2.675)
Carteira Bancária
Cupom de Dólar
Redução do cupom
(34.398)
(35.652)
(1.254)
(36.963)
(2.565)
Cupom de Euro
Aumento do cupom
4.046
4.044
(2)
4.042
(4)
Cupom de IGP
Aumento do cupom
230.044
225.713
(4.331)
221.683
(8.361)
Cupom de IPCA
Aumento do cupom
(161.772)
(164.781)
(3.009)
(131.214)
30.558
Cupom de TJLP
Aumento do cupom
85.689
84.793
(896)
83.929
(1.760)
Cupom de TR
Aumento do cupom
(1.905.457)
(1.959.432)
(53.975)
(1.997.678)
(92.221)
Juros Prefixados
Aumento da taxa de Juros
4.416.499
4.339.359
(77.140)
4.272.176
(144.323)
(1)Não se verificaram estimativas de perdas para esta carteira no Cenário 3.
Para efeito dos cálculos acima, no cenário 1, que configura a situação mais
provável, foram considerados os saldos líquidos das carteiras, em valores
marcados a mercado a partir de taxas coletadas na B3 - Brasil, Bolsa, Balcão
S.A. Para a construção dos cenários 2 e 3, aplicaram-se variações de 25%
e 50%, respectivamente, nos fatores de risco de mercado considerados,
estimando-se novos saldos líquidos para as carteiras. As perdas constituem
as diferenças entre os saldos do cenário 1 e os saldos dos cenários 2 e 3.
e) Risco Operacional
O risco operacional é a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes
de eventos externos ou de falha, deficiência ou inadequação de processos
internos, pessoas, ou sistemas, incluindo o risco legal.
A gestão do risco operacional é atividade permanente que exige o
comprometimento e o envolvimento de todos os gestores, empregados e
colaboradores, e tem como objetivo primordial mitigar a possibilidade e o
impacto das perdas operacionais.
O sistema de gerenciamento de risco operacional corporativo visa dar suporte
ao cumprimento da política corporativa, em observância aos princípios
de governança, bem como atender à regulamentação estabelecida pelo
Conselho Monetário Nacional (CMN), seguindo o calendário estabelecido
pela supervisão bancária.
O gerenciamento do risco operacional corporativo no Banco atua em uma
visão de processos e é realizado por estrutura organizacional específica,
concebida para oferecer suporte às atividades de avaliações de riscos nos
processos de suporte e de negócios da Instituição, tendo como referência maior
as Resoluções do Banco Central. Sob o enfoque qualitativo, são utilizadas
metodologias de avaliação de riscos em processos, acompanhamento de
ações de mitigação e relatórios gerenciais. Outra metodologia utilizada é a
de auto avaliação de riscos e de controles em processos – Risk and Control
Self Assessment (RCSA) que permite simular os riscos inerentes a atividades
e procedimentos, bem como definir o seu impacto. Além disso, permite a
construção de Matriz de Riscos e definição de indicadores, com o intuito
de obter visão ampliada dos riscos em processos e aprimoramento do seu
gerenciamento.
f) Exposição Cambial
As operações contratadas com cláusula de reajuste cambial apresentaram o
saldo líquido de exposição cambial vendida, no importe de R$ 47.271 (R$
64.563 em 31.12.2018 – posição vendida), conforme a seguir:
Especificação
31.12.2019
31.12.2018 Especificação
31.12.2019
31.12.2018
Disponibilidades
1.939
3.879 Depósitos
-
-
Aplicações Interfinanceiras de Liquidez
24.441
45.188 Relações Interdependências
3.381
7.996
Operações de Crédito
423.461
569.098
Obrigações por Empréstimos e Repasses - Do
País
59.338
66.964
Outros Créditos
879.654
879.154
Obrigações por Empréstimos e Repasses - Do
Exterior
431.861
1.729.785
Outras Obrigações
882.186
905.756
Total de Ativos em Moedas
Estrangeiras, exclusive Derivativos
1.329.495
1.497.319
Total de Passivos em Moedas Estrangeiras
1.376.766
2.710.501
Operações de Swap
-
1.148.619
Total de Exposição Ativa em Moedas
Estrangeiras
1.329.495
2.645.938
Total de Exposição Passiva em Moedas
Estrangeiras
1.376.766
2.710.501
A exposição cambial é mantida abaixo dos limites estabelecidos na Política
Corporativa de Gestão de Riscos (5% do Patrimônio de Referência).
g) Limites Operacionais – Acordo de Basileia
Em 31.12.2019, o Banco apresentou um índice de Basileia Amplo (incluindo
o capital para cobertura do IRRBB) de 14,35% (13,55% em 31.12.2018).
O índice de Nível I ficou em 10,44% (9,00% em 31.12.2018) e o índice
de Capital Principal em 9,04% (9,00% em 31.12.2018). O PR apurado
foi de R$ 8.265.588 (R$ 6.541.685 em 31.12.2018), o Nível I ficou em
R$ 5.982.984 (R$ 4.279.871 em 31.12.2018) e o Capital Principal em R$
5.181.944 (R$ 4.279.871 em 31.12.2018), enquanto os ativos ponderados
pelo risco (montante RWA) totalizaram R$ 57.311.851 (R$ 47.553.157 em
31.12.2018).
i. Requerimentos Mínimos de Capital (Basileia III)
Especificação
31.12.2019
31.12.2018
Patrimônio de Referência (PR)
8.265.588
6.541.685
. Nível I
5.982.984
4.279.871
. Capital Principal
5.181.944
4.279.871
. Capital Complementar
801.040
-
. Nível II
2.282.604
2.261.814
Ativos Ponderados por Risco (RWA)
57.311.851
47.553.157
. Parcela RWACPAD
46.532.628
37.903.465
. Parcela RWACAM
59.350
75.752
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO | SÉRIE 3 | ANO XII Nº036 | FORTALEZA, 20 DE FEVEREIRO DE 2020
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