DOE 20/02/2020 - Diário Oficial do Estado do Ceará
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Os instrumentos de governança corporativa do Banco incluem estrutura
de controles internos com vistas à manutenção de um adequado
acompanhamento de riscos operacionais, de crédito, de mercado, de
liquidez, da taxa de juros da carteira bancária – IRRBB e socioambiental. A
metodologia de gerenciamento de riscos observa as orientações do Comitê
de Basileia, buscando a identificação dos riscos existentes e potenciais nos
diversos processos do Banco, a implementação e o acompanhamento de
indicadores e de mecanismos de mitigação de riscos.
Estrutura de Gerenciamento de Riscos
A estrutura de gerenciamento de riscos é unificada no nível estratégico e
específica nos níveis de suas unidades negociais e de suporte, observando o
princípio da segregação das atividades. As unidades e suas responsabilidades
básicas referentes à gestão de riscos são definidas, formalmente normatizadas
e divulgadas no site de políticas e normas da instituição.
A atuação dessa estrutura leva em consideração o equilíbrio financeiro do
banco e é pautada na política de integridade e ética da instituição e nos
princípios de responsabilidade socioambiental, nas relações com seus
clientes, parceiros, funcionários, acionistas, prestadores de serviços e
sociedade.
Nesse propósito, a Gestão Integrada de Riscos do Banco incorpora, como
princípio essencial, a manutenção de sistema de gestão de riscos estruturado
e integrado às atividades gerenciais da instituição. Disponibiliza informações
que subsidiam as diversas instâncias decisórias do Banco a avaliar os riscos
envolvidos e destina-se a orientar a gestão dos riscos que se interpõem à
consecução dos objetivos empresariais. Para isso, utiliza regras baseadas
em princípios e boas práticas de governança corporativa, implantadas sob
a orientação da superior administração do Banco e dos órgãos supervisores.
Estrutura de Gerenciamento de Capital
A Diretoria Executiva é responsável pela definição da estrutura de
gerenciamento de capital do Banco, incluindo o Plano de Capital para o
período de 2020 a 2024, que foi aprovado pelo Conselho de Administração
em 02.12.2019. É da responsabilidade da Diretoria de Controle e Riscos,
o gerenciamento de capital, tendo sido estruturada unidade administrativa
específica para esse fim, conforme requerido pelo CMN, em sua Resolução
nº 4.557, de 23.02.2017. As informações referentes à Estrutura de
Gerenciamento de Capital podem ser consultadas no portal:www.bnb.gov.br.
Política Corporativa de Gestão de Riscos
A política corporativa de gestão de riscos contempla orientações e
diretrizes integradoras das atividades do Banco para a gestão dos riscos
de crédito, operacionais, de mercado, de liquidez, de taxa de juros para os
instrumentos classificados na carteira bancária (IRRBB), de concentração
e socioambiental. O Comitê de Gestão de Riscos aprecia e encaminha,
para deliberação da Diretoria Executiva, e do Conselho de Administração,
as propostas de criação e ajustes nas estratégias, políticas, modelos e
procedimentos para gestão de riscos, ficando a cargo da Diretoria de Controle
e Risco a coordenação da sua implementação e desempenho no Banco,
por meio de unidade específica que realiza o gerenciamento integrado de
riscos, em nível corporativo, definindo metodologias e modelos de gestão e
promovendo a disseminação da cultura de gestão de riscos.
Maiores informações relativas ao gerenciamento de riscos, focadas em
questões acerca do Patrimônio de Referência (PR) e do montante dos ativos
ponderados pelo risco (RWA), conforme prescreve a Circular nº 3.678, de
31.10.2013, do Bacen, podem ser encontradas no portal: www.bnb.gov.br.
b) Risco de Crédito
O risco de crédito é a possibilidade de ocorrência de perdas associadas
ao não cumprimento pela contraparte de suas obrigações nos termos
pactuados; desvalorização, redução de remunerações e ganhos esperados em
instrumento financeiro decorrentes da deterioração da qualidade creditícia
da contraparte, do interveniente ou do instrumento mitigador; reestruturação
de instrumentos financeiros ou custos de recuperação de exposições
caracterizadas como ativos problemáticos.
Especificação
Exposição
31.12.2019
31.12.2018
Operações de concessão de crédito,
coobrigações e Garantias Prestadas
45.232.910
37.950.059
Público
1.080.003
1.036.853
Privado
44.152.907
36.913.206
Comércio
4.170.917
3.923.129
Comércio Exterior
776.651
835.103
Indústria
7.427.931
7.223.793
Infraestrutura
13.628.564
8.855.282
Microfinança Urbana
4.327.132
3.288.408
Pessoas Físicas
128.248
129.389
Rural
8.758.702
8.079.973
Outros Serviços
4.934.762
4.578.129
Operações de Mercado
46.250.525
46.080.208
Títulos Públicos Federais
43.360.635
42.777.700
Operações Compromissadas
6.382.342
10.247.552
Outras
36.978.293
32.530.148
Depósitos Interfinanceiros
75.991
108.350
Outros Títulos e Valores Mobiliários
1.025.081
1.923.825
Outras Operações
1.788.818
1.270.333
Demais Ativos
4.892.986
5.414.501
Total
96.376.421
89.444.768
O Banco utiliza-se do fluxo constante de informações para identificar,
mensurar, monitorar, avaliar, reportar, controlar e mitigar o risco, de forma a
manter a exposição ao risco de crédito em conformidade com os parâmetros
definidos na Declaração de Apetite por Riscos - RAS. Para tanto, são
utilizados diversos instrumentos, tais como: políticas de crédito, modelos
e metodologias de avaliação de risco, metodologia para segregação do
ativo de crédito em problemático e não problemático, relatórios gerenciais,
sistema de classificação de risco e de cálculo de despesas com provisões
para créditos de liquidação duvidosa.
Além disso, qualquer deferimento de limite de risco segue o modelo de
alçadas por colegiado. De acordo com suas características e valor, os limites
poderão ser calculados de forma automática ou analisados e decididos nos
comitês de avaliação de crédito das Agências ou nos comitês de deferimento
de limite de risco das Centrais de Apoio Operacional, ou ainda, serem
encaminhados para decisão pelo comitê de deferimento de limite de risco
para cliente na Direção Geral ou pela Diretoria Executiva.
Todas as operações de crédito, com exposição a risco para o banco, são
objeto de classificação de risco, mediante a composição da avaliação de
risco do cliente com a pontuação de risco da operação de crédito, de acordo
com as características de valor, prazo, natureza, finalidade e situação das
garantias quanto a sua suficiência e liquidez.
Garantias de Operações de Crédito acima de R$ 5.000 com Risco Total
para o Banco
As garantias oferecidas para lastrear as operações de crédito são avaliadas
em função de sua qualidade, grau de removibilidade e suficiência. Os saldos
expostos a risco das operações de crédito com saldo acima de R$ 5.000
importam em R$ 3.283.834 (R$ 3.674.323 em 31.12.2018). Essas operações
estão lastreadas por garantias reais no montante de R$ 4.703.071 (R$
4.518.315 em 31.12.2018).
c) Risco de Liquidez
Risco de liquidez é a possibilidade de ocorrerem desequilíbrios entre ativos
negociáveis e passivos exigíveis (descasamentos) que possam afetar a
capacidade de pagamento da instituição, bem como pela possibilidade de a
instituição não conseguir negociar a preço de mercado uma posição, devido
ao seu volume ser maior que o normalmente transacionado pelo mercado ou
em razão de alguma descontinuidade deste.
O Banco utiliza-se de modelos de projeções para estimar as variações
de caixa e gerenciar sua capacidade de honrar os compromissos futuros,
comunicando a situação de liquidez da empresa à administração por meio
de relatórios diários.
O relatório diário de gestão dos riscos de mercado e de liquidez contempla,
dentre outros elementos, o índice de liquidez do Banco, representado
pela razão das disponibilidades sobre os compromissos previstos para os
próximos 90 dias. As disponibilidades que integram a base de cálculo desse
índice são compostas por reservas bancárias e pela parcela de alta liquidez
dos depósitos interfinanceiros, das operações compromissadas e da carteira
própria de títulos.
Especificação
31.12.2019
(%)
31.12.2018
(%)
Índice de
Liquidez
Na data-base
931,37
978,89
Média dos últimos 12 meses
854,15
965,33
Máximo dos últimos 12 meses
1.114,25
1.460,41
Mínimo dos últimos 12 meses
493,14
720,43
d) Risco de Mercado
Risco de mercado é a possibilidade de perda do valor econômico dos ativos
e/ou de elevação do valor econômico dos passivos, assim como a redução
de receitas financeiras e elevação de despesas financeiras, resultantes de
variações em fatores como taxas de juros, taxas de câmbio, preços de ações
e de commodities.
Na gestão dos riscos de mercado, o Banco adota metodologias e instrumentos
validados pelo mercado, tais como:
a) Value at Risk (VaR) de operações ativas e passivas das carteiras de
negociação;
b) variação no valor econômico dos instrumentos financeiros (ΔEVE) da
carteira bancária;
c) variação do resultado da intermediação financeira (ΔNII) da carteira
bancária;
d) mapa de requerimentos mínimos de capital;
e) relatório de exposição cambial;
f) análise de sensibilidade;
g) testes de estresse;
h) testes de aderência (back testing); e
i) relatórios de acompanhamento dos limites estabelecidos para as parcelas
de exposição a riscos de mercado.
Constitui atividade importante da gestão dos riscos de mercado a
elaboração de relatórios gerenciais diários, trimestrais e anuais, destinados à
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO | SÉRIE 3 | ANO XII Nº036 | FORTALEZA, 20 DE FEVEREIRO DE 2020
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