DOE 27/02/2020 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            c) Estimativa de realização do imposto de renda e contribuição social 
diferido: A realização do imposto de renda e contribuição social diferido está 
suportada por estudos técnicos de viabilidade, os quais demonstram uma 
estimativa da realização dos ativos diferidos. Apresentamos a seguir o 
cronograma dos exercícios estimados de realização dos créditos tributários 
existentes em 31 de dezembro de 2019:
Controladora
Consolidado
2020
46.998
46.706
2021
883
586
2022
942
942
2023
803
803
2024
250
250
49.876
49.287
d) Conciliação da despesa tributária com as alíquotas oficiais: Os valores do 
imposto de renda e contribuição social, calculados às alíquotas nominais, 
registrados no resultado, estão conciliados conforme segue:
Controladora
Consolidado
2019
2018
2019
2018
Lucro antes dos tributos
531.342
615.866
531.600
615.841
 Imposto de renda e contribuição 
  social, calculados à alíquota 
   nominal combinadas de 25% 
    e 9%, respectivamente
(180.656) (209.395) (180.744) (209.386)
Ajustes para demonstração
 da taxa efetiva
 Resultado de equivalência 
  patrimonial
(14.936)
(13.037)
–
–
 Custos e despesas não dedutíveis
(2.283)
(2.368)
(2.349)
(2.378)
 Ajustes a valor presente - AVP
(804)
496
(804)
496
 Plano de opções de ações
(1.464)
(2.231)
(1.464)
(2.231)
 Reintegra
170
1.552
170
1.552
 Incentivos fiscais estaduais
48.264
53.860
48.271
53.885
 Incentivo à inovação 
  tecnológica
11.069
11.152
11.069
11.152
 Incentivos fiscais de
  dedução do IRPJ
5.011
5.743
5.011
5.744
 Juros sobre o capital próprio 
  imputado aos dividendos
37.400
44.200
37.400
44.200
 Outras adições e exclusões
(950)
948
(15.997)
(12.089)
Valor antes da dedução
 do incentivo fiscal IRPJ
(99.179) (109.080)
(99.437) (109.055)
 Incentivos fiscais de dedução do
  IRPJ (Lucro da exploração)
62.791
78.744
62.791
78.744
Valor registrado no resultado
(36.388)
(30.336)
(36.646)
(30.311)
 Tributos correntes
(31.034)
(30.697)
(31.034)
(30.583)
 Tributos diferidos
(5.354)
361
(5.612)
272
Alíquota efetiva
6,8%
4,9%
6,9%
4,9%
18. Instrumentos financeiros: A Companhia mantém operações com 
instrumentos financeiros, cujos riscos são administrados através de 
estratégias de posições financeiras e sistemas de limite de exposição dos 
mesmos. Todas as operações são integralmente reconhecidas na 
contabilidade. No quadro abaixo, apresentamos a classificação dos principais 
ativos e passivos financeiros da Companhia e suas controladas.
Controladora
Consolidado
Ativos financeiros ao
 custo amortizado
2019
2018
2019
2018
 Caixa e equivalentes
5.984
3.081
18.072
16.562
 Aplicações financeiras (*)
2.078.899 1.954.418 2.078.899 1.954.418
 Contas a receber de clientes
912.136
955.428
908.297
944.214
Ativos financeiros ao valor 
 justo por meio do resultado
 Aplicações financeiras (*)
–
5.978
–
5.978
 Derivativos
1.371
843
1.371
843
Passivos financeiros ao
 custo amortizado
 Empréstimos e financiamentos
95.192
152.927
95.192
152.927
 Contratos de arrendamentos
–
–
79.973
–
 Fornecedores
27.105
41.006
27.845
42.095
 Comissões a pagar
45.080
46.084
45.191
45.897
(*) A Companhia mensura seus instrumentos financeiros ao custo amortizado 
e ao valor justo por meio do resultado, de acordo com o nível 1 de hierarquia, 
ou seja, avaliados por preços cotados (sem ajustes) em mercados ativos, para 
ativos ou passivos idênticos. a) Operações de instrumentos derivativos 
cambiais: A estratégia de contratação destas operações tem como objetivo a 
proteção das receitas de vendas e ativos financeiros da Companhia e de suas 
controladas sujeitas à exposição cambial. Estes instrumentos são utilizados 
com a finalidade específica de proteção, cujo portfólio consiste, na venda de 
dólares dos Estados Unidos futuro, mediante instrumentos financeiros 
destinados a este fim, tais como: contrato de venda na BM&F e ACE 
(Adiantamentos de cambiais entregues). Nas operações de contrato de venda 
na BM&F o impacto sobre o fluxo de caixa da Companhia e de suas 
controladas ocorre mediante a apuração de ajustes da cotação do dólar dos 
Estados Unidos até a liquidação dos contratos. Para reduzir a exposição 
cambial líquida de seus negócios, os gestores poderão negociar contratos 
futuros de vendas de USD na BM&F até o limite máximo dado pela soma 
dos seguintes itens: (i) saldos bancários em moeda estrangeira mantidos no 
exterior; (ii) aplicações financeiras mantidas no exterior; (iii) saldo de contas 
a receber (denominados em USD) de câmbios a contratar; (iv) até 25% das 
projeções de exportações anuais equivalente a aproximadamente 90 dias de 
exportações previstas (normalmente correspondente a pedidos em carteira e 
negociações de vendas em andamento), menos (a) saldos de fornecedores 
mantidos em moeda estrangeira, (b) importações em andamento, e (c) ACC 
(Adiantamento de contrato de câmbio). Estes riscos são monitorados 
diariamente e administrados através de controles internos, que visam 
demonstrar os limites de exposição e adequá-los à política de gestão de 
riscos da Companhia. Não é permitida a utilização de outras formas de 
proteção cambial sem expressa autorização dos administradores da 
Companhia. Até o presente momento, a Companhia não autorizou a 
utilização de outras formas de proteção cambial diferentes das relatadas no 
parágrafo anterior. As operações de proteção cambial são usualmente 
efetuadas junto à BM&F através de corretoras especializadas, realizadas 
sem margeamento. O valor da garantia é de R$56.908 em 31 de dezembro de 
2019 (R$54.835 em 2018), normalmente constituído por aplicações 
financeiras da Companhia em títulos públicos, observando-se limites e 
exposições ao risco de câmbio, conforme definido na política de gestão de 
riscos de suas contrapartes. No quadro abaixo são demonstradas as posições 
verificadas em 31 de dezembro de 2019 e 2018, com os valores nominais e 
 
de mercado.
Valor de referência  
(notional) - US$
Valor de  
referência - R$
Saldo a  
Receber (Pagar)
2019
2018
2019
2018
2019
2018
Contratos futuros
 Compromisso
  de venda
50.000
53.500 201.122 207.504
1.371
843
É importante salientar que estas operações estão associadas ao recebimento 
das vendas e a ativos financeiros em moeda estrangeira, os quais estão 
igualmente relacionados à variação da cotação do câmbio, compensando 
eventuais ganhos ou perdas apuradas. O saldo a receber apresentado em 
 
31 de dezembro de 2019 no valor de R$1.371 (R$843 em 2018), está 
classificado na conta de títulos a receber. 19. Gestão de risco financeiro: 
 
As atividades da Companhia e de suas controladas, as condições financeiras 
e os resultados das operações podem ser afetados de forma adversa por 
fatores de riscos financeiros. O gerenciamento de riscos da Companhia é 
administrado com base na política de controle interno, que estabelece as 
técnicas de acompanhamento, mensuração e monitoramento contínuo da 
exposição; sob a gestão dos seus diretores. A Companhia não realiza 
operações com instrumentos derivativos ou qualquer outro tipo de operação 
com propósito especulativo. a) Fatores de riscos que podem afetar os 
negócios: a.1) Risco de crédito: O Grupo está exposto ao risco de crédito em 
suas atividades operacionais decorrente do contas a receber de clientes e de 
contrapartes em investimentos financeiros, incluindo depósitos em bancos e 
instituições financeiras, transações cambiais e outros instrumentos 
financeiros. As práticas de gestão de risco são as seguintes: (i) Contas a 
receber de clientes: a Administração visa minimizar eventuais problemas 
decorrentes da inadimplência de seus clientes, por meio da análise de 
créditos da carteira de clientes, estabelecimento de limite de vendas e vendas 
pulverizadas. Não há clientes que individualmente representem mais que 5% 
do total do contas a receber de clientes da Companhia em 31 de dezembro de 
2019 e 2018; e (ii) Instrumentos financeiros, caixa e equivalentes e outros 
ativos financeiros: os recursos financeiros da Companhia estão alocados de 
forma diversificada em ativos financeiros que podem ser papéis emitidos por 
instituições financeiras que são considerados pelo mercado como de 
primeira linha (10 maiores bancos por ativo do país), títulos públicos ou 
títulos privados, como por exemplo, debêntures, certificados de recebíveis 
imobiliários ou de agronegócios, permutas financeiras imobiliárias, títulos 
de crédito, entre outros, que buscam remuneração atrelada a uma cesta de 
indicadores como: CDI, taxas pré-fixadas ou corrigidos por índices de 
inflação. As oportunidades de investimento de maior risco (aquelas com 
títulos privados), são avaliadas pelo comitê de investimentos criado para 
este fim e que, segundo política da Companhia, pode destinar até R$300 
milhões de reais para este tipo de investimento. a.2) Risco de liquidez: 
A Companhia monitora a política de geração de caixa das atividades para 
evitar o descasamento entre as contas a receber e a pagar, garantindo assim 
a liquidez para o cumprimento de suas obrigações. As principais fontes de 
recursos financeiros utilizados pela Companhia residem no próprio volume 
de recursos advindos da comercialização dos seus produtos; com a 
característica de forte geração de caixa e baixa inadimplência. 
Adicionalmente, mantém saldos em aplicações financeiras passíveis de 
resgate a qualquer momento e apresenta sólidas condições financeiras e 
patrimoniais para cumprir com suas obrigações de curto e médio prazo. 
Apresentamos a seguir o quadro com os pagamentos contratuais requeridos 
pelos passivos financeiros da Companhia:
Controladora/Consolidado
2019
2018
Até  
1 ano
De 1 a  
9 anos
Total
Até  
1 ano
De 1 a  
9 anos
Total
Financiamento ativo fixo
10.352 10.341 20.693
10.727 20.681
31.408
Capital de giro e ACE
66.702
– 66.702 115.586
– 115.586
Financiamentos -
 Provin e Proapi
56
7.741
7.797
–
5.933
5.933
77.110 18.082 95.192 126.313 26.614 152.927
Projeção incluindo
 juros futuros
Financiamento ativo fixo
11.008 10.570 21.578
11.811 21.566
33.377
Capital de giro e ACE
67.389
– 67.389 117.368
– 117.368
Financiamentos -
 Provin e Proapi
59
9.018
9.077
–
7.170
7.170
78.456 19.588 98.044 129.179 28.736 157.915
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XII Nº041  | FORTALEZA, 27 DE FEVEREIRO DE 2020

                            

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