DOE 12/03/2019 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            M. Dias Branco S.A. 
Indústria e Comércio de Alimentos
(Companhia Aberta)
CNPJ nº 07.206.816/0001-15
continuação
demonstrações financeiras individuais e consolidadas são apresentadas em 
reais, moeda funcional da Companhia. Em todas as demonstrações financeiras 
apresentadas em reais os valores foram arredondados para o milhar mais 
próximo, exceto quando indicado de outra forma. (c) Julgamentos, 
estimativas e premissas contábeis significativos: A preparação das 
demonstrações financeiras individuais e consolidadas em conformidade com 
os CPCs e as IFRS requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e 
também o exercício de julgamento por parte da Administração da Companhia 
e suas controladas no processo de aplicação das políticas contábeis. Dessa 
forma, os resultados efetivos podem divergir dessas estimativas. Estimativas e 
premissas são continuamente revistas, e tais revisões são reconhecidas nos 
períodos em que são revisadas e em quaisquer períodos futuros afetados. 
Ativos e passivos sujeitos a estimativas e premissas incluem: valor residual do 
ativo imobilizado, perdas para redução do valor recuperável de contas a 
receber, estoques e intangíveis com vida útil indefinida, imposto de renda e 
contribuição social diferidos, provisão para litígios e demandas judiciais, 
valor justo de ativos e passivos em combinação de negócios e mensuração de 
instrumentos financeiros. Conforme descrito na Nota Explicativa nº 21, a 
Companhia tem tributos a recuperar decorrentes de ação judicial transitada em 
julgado não contabilizados, uma vez que os valores estimados até o momento 
não são considerados materiais. As estimativas consideram o momento do 
reconhecimento contábil, os aspectos para adequada e confiável mensuração e 
as alternativas disponíveis para realização do crédito. A Companhia 
considerou ainda, entre outras informações, a documentação disponível, as 
alterações em regimes tributários em determinado período, eventos societários 
e o tempo esperado de realização, para determinar o montante de crédito fiscal 
a ser reconhecido conforme critérios contábeis.
4. Principais políticas contábeis
As políticas contábeis significativas adotadas pela Companhia e suas 
controladas estão descritas nas notas explicativas específicas, relacionadas 
aos itens apresentados. Aquelas aplicáveis, de modo geral, em diferentes 
aspectos das demonstrações financeiras, são descritas a seguir. a) 
Consolidação: i. Controladas: Na elaboração das demonstrações financeiras 
individuais e consolidadas, foram utilizadas demonstrações financeiras das 
controladas encerradas na mesma data-base e consistentes com as políticas 
contábeis da Companhia. Participação societária nas controladas:
Proporção de participação
2018
2017
Direta Indireta Direta Indireta
M.Dias Branco International
 Trading LLC (a)
100,00
- 100,00
-
M.Dias Branco International
 Trading Uruguay S.A (a)
-
100,00
-
100,00
M.Dias Branco Argentina S.A. (a)
100,00
- 100,00
-
Indústria de Produtos Alimentícios
 Piraquê S.A 
100,00
-
-
-
Nota: (a) Investimentos no exterior.
Características principais das controladas: a) M. Dias Branco 
International Trading LLC: Sediada nos Estados Unidos da América, é 
controlada direta e tem como principal atividade a intermediação de compras 
de matérias-primas, principalmente o trigo para moagem e o óleo vegetal que 
a Companhia utiliza em seu processo produtivo. A empresa encontra-se 
inoperante e, dessa forma, a Companhia pretende iniciar o procedimento de 
 
encerramento dessa subsidiária. b) M. Dias Branco International Trading 
Uruguay S.A.: Sediada no Uruguai, é controlada indireta e tem como principal 
atividade a intermediação de compras de matérias-primas, principalmente o 
trigo para moagem que a Companhia utiliza em seu processo produtivo. A 
empresa encontra-se inoperante e, dessa maneira, a Companhia iniciou o 
procedimento de encerramento da entidade. c) M. Dias Branco Argentina 
S.A.: A Companhia constituiu uma sociedade anônima com sede em Buenos 
Aires, com o objetivo principal de adquirir, importar e exportar trigo em grão, 
farinha de trigo e seus derivados. Contudo, a sociedade não chegou a operar e 
a Companhia decidiu por não dar continuidade ao processo, iniciando os 
procedimentos de fechamento da entidade. d) Indústria de Produtos 
Alimentícios Piraquê S.A.: A Indústria de Produtos Alimentícios Piraquê 
S.A. iniciou suas atividades em 1953, tem sede na cidade do Rio de Janeiro e 
tem por objetivo a produção, a importação, exportação e venda de produtos 
alimentícios, tendo como seu foco principal as linhas de biscoitos e massas. ii. 
Controladas em conjunto: Operação em conjunto: A Companhia possui o 
controle compartilhado da empresa Tergran - Terminal de Grãos de Fortaleza 
Ltda., com participação de 33,33% de seu capital. A Companhia classifica a 
sua participação na Tergran como joint operation, ou operação em conjunto, e 
reconhece seus ativos, seus passivos, suas receitas e despesas em relação à sua 
participação na operação em conjunto somente nas demonstrações 
consolidadas, haja vista que a Tergran possui personalidade jurídica própria, 
e, dessa forma, o investimento é reconhecido nas demonstrações individuais 
pelo método de equivalência patrimonial. A Tergran é uma  
empresa que presta 
serviços de descarga e de armazenagem de trigo no Porto de Fortaleza, com o 
objetivo prioritário de aumentar a produtividade e reduzir custos no 
descarregamento dos navios cargueiros de trigo para seus três sócios. 
Empreendimento controlado em conjunto: A Companhia possui 50% de 
participação no Terminal de Trigo do Rio de Janeiro - Logística S. A., empresa 
que figura como arrendatária no contrato celebrado em 21 de setembro de 
2017 com a União, por intermédio do Ministério dos Transportes, Portos e 
Aviação Civil, que versa sobre arrendamento da área e infraestrutura pública 
para a movimentação e armazenagem de graneis sólidos de origem vegetal, 
especialmente trigo, localizada dentro do porto organizado do Rio de Janeiro/
RJ. A Companhia reconhece seu investimento em relação à sua participação 
na operação pelo método de equivalência patrimonial, tanto nas demonstrações 
financeiras individuais quanto nas consolidadas. A empresa ainda encontra-se 
em fase pré-operacional e a participação da Companhia nesse negócio insere-
se na sua estratégia de aprimoramento logístico para abastecimento de 
insumos destinados às suas unidades industriais instaladas na região Sudeste. 
b) Conversão de saldos em moeda estrangeira: i. Transações e saldos em 
moeda estrangeira: As transações em moeda estrangeira são inicialmente 
registradas à taxa de câmbio da moeda funcional em vigor nas datas das 
respectivas transações. Os ativos e passivos monetários denominados em 
moeda estrangeira são reconvertidos à taxa de câmbio da moeda funcional em 
vigor na data do balanço. Todas as diferenças são registradas na demonstração 
do resultado. ii. Operações no exterior: Os valores de ativos e passivos das 
controladas no exterior são convertidos para reais pela taxa de câmbio da data 
do balanço, e as correspondentes demonstrações do resultado são convertidas 
pela taxa de câmbio da data das transações. As diferenças cambiais resultantes 
da referida conversão são contabilizadas separadamente no patrimônio 
líquido. No momento da venda de uma controlada no exterior, o valor diferido 
acumulado reconhecido no patrimônio líquido, referente a essa controlada, é 
reconhecido na demonstração do resultado. c) Redução ao valor recuperável: 
i. Ativos financeiros: Até 31 de dezembro de 2017, a Companhia avaliava na 
data de cada balanço se havia evidências objetivas de que determinado ativo 
financeiro, ou grupo de ativos financeiros, teria deteriorado. Caso existissem 
tais evidências, a Companhia estimava o valor recuperável de cada ativo ou 
grupo de ativos. Essas evidências deveriam refletir que um evento de perda 
teria um efeito negativo nos fluxos de caixa futuros projetados e que poderiam 
ser estimados de maneira confiável. A evidência objetiva de que os ativos 
financeiros perderam valor poderia incluir o não pagamento ou atraso no 
pagamento por parte do devedor, indicações de que o devedor ou emissor 
entraria em processo de falência, ou o desaparecimento de um mercado ativo 
para um título, dentre outras. As perdas eram reconhecidas no resultado e 
refletidas em uma conta retificadora dos recebíveis. A partir de 1º de janeiro de 
2018, com a entrada em vigor o CPC 48 - Instrumentos Financeiros, passou a 
adotar um novo modelo de impairment, híbrido de perdas esperadas e 
incorridas, em substituição ao modelo atual de perdas incorridas. Os efeitos da 
mudança está evidenciado na Nota Explicativa nº 6. ii. Ativos não financeiros: 
Os ativos que têm uma vida útil indefinida, como o ágio e marcas, não estão 
sujeitos à amortização e são testados para identificar eventual necessidade de 
redução ao valor recuperável (impairment). Os testes de impairment do ágio e 
das marcas são realizados, no mínimo, anualmente ou com maior frequência 
se eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem um possível impairment. 
A Administração revisa a cada data de balanço, o valor contábil líquido dos 
ativos e demais ativos não financeiros, sujeitos à depreciação e amortização, 
com o objetivo de avaliar eventos ou mudanças nas circunstâncias econômicas, 
operacionais ou tecnológicas, que possam indicar deterioração ou perda de 
seu valor recuperável. Quando tais evidências são identificadas e o valor 
contábil líquido exceder o valor recuperável, é constituída perda por 
desvalorização ajustando o valor contábil líquido ao valor recuperável. d) 
Benefícios a empregados: A Companhia e suas controladas concedem 
apenas benefícios de curto prazo aos seus empregados, os quais são 
mensurados em uma base não descontada e incorridos como despesas, 
conforme o serviço relacionado seja prestado. O passivo é reconhecido pelo 
valor esperado a ser pago sob os planos de bonificação em dinheiro ou 
participação nos lucros de curto prazo. A participação nos lucros e resultados 
é reconhecida no resultado como custos e despesas operacionais. Para 
diretoria não estatutária há, ainda, um plano de remuneração baseado em 
ações, conforme destacado na Nota Explicativa n° 24. e) Reconhecimento de 
receita: A receita operacional da venda de bens no curso normal das atividades 
até 31 de dezembro de 2017 era medida pelo valor justo da contraprestação 
recebida ou a receber reconhecida quando: (i) havia a evidência convincente 
de que o controle de um bem ou serviço é transferido ao cliente, o que em geral 
ocorre na sua entrega; (ii) pelo valor que a entidade esperava ter direito a 
receber em troca da transferência do bem ou serviço e (iii) os custos associados 
e a possível devolução de mercadorias poderiam ser estimados de maneira 
confiável. Caso fosse provável que descontos seriam concedidos e o valor 
pudesse ser mensurado de maneira confiável, então o desconto era reconhecido 
como uma redução da receita operacional, conforme as vendas iam sendo 
reconhecidas. A partir de 1º de janeiro de 2018, com a entrada em vigor do 
Pronunciamento Contábil CPC 47 - Receitas de Contratos de Clientes, a 
Companhia começou a reconhecer as vendas de bens no momento em que o 
controle sobre os produtos é transferido, seguindo as condições de 
reconhecimento do exercício anterior, desde que não haja nenhuma obrigação 
não satisfeita que possa afetar a aceitação dos produtos ao cliente. Vale 
destacar que a entrega ocorre quando os produtos são enviados para o local 
especificado, o cliente aceita os produtos, de acordo com o contrato de venda, 
e as disposições de aceite tenham prescritos ou a Companhia tenha evidências 
continua
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XI Nº049  | FORTALEZA, 12 DE MARÇO DE 2019

                            

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