DOE 09/03/2020 - Diário Oficial do Estado do Ceará
continuação
Em 2019, a Companhia aumentou sua capacidade de produção em 4,5%,
com destaque para o início das operações do novo moinho de Bento
Gonçalves (RS) no segundo semestre de 2019. Já o nível de utilização da
capacidade caiu para 69,1%, (72% em 2018), fruto da retração dos volumes
vendidos no 3T19 e das férias coletivas concedidas no mesmo período com
o objetivo de readequação dos estoques.
• Verticalização
FARINHA DE TRIGO
Origem Externa
Produção Própria
2018
15,0%
85,0%
2019
86,7%
13,3%
GORDURA
Origem Externa
Produção Própria
2019
1,3%
98,7%
2018
97,8%
2,2%
No ano de 2019, o nível de verticalização da farinha de trigo foi de 86,7%
versus 85,0% em 2018. O aumento é reflexo do início das operações do
moinho de Bento Gonçalves (RS) que passou a abastecer as regiões Sul e
Sudeste. A verticalização de gordura foi de 97,8% em 2019 versus 98,7%
em 2018, leve retração de 0,9 p.p..
• Subvenções estaduais para investimentos
Subvenções para
investimentos (R$ milhões)
2019 % RL 2018 % RL AH%
AH
-%RL
Subvenções para
investimentos
308,2
5,0% 276,2
4,6% 11,6% 0,4 p.p.
O aumento do valor a título de subvenções estaduais para investimentos
decorreu, principalmente, do aumento do custo de aquisição do trigo.
• Lucro bruto
O lucro bruto decresceu 5,8% em valores nominais e a margem bruta
reduziu 2,7 p.p., em decorrência, principalmente, do menor volume de
vendas e da elevação dos custos, sobretudo do custo do trigo em grão.
1.629,6
1.724,6
1.655,8
2.085,7
2.249,1
2.294,3
2.161,3
37,8%
37,7%
35,8%
39,1%
41,5%
38,1%
35,4%
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
Margem Bruta
Lucro Bruto
Evolução histórica - Lucro Bruto e Margem Bruta
• Despesas operacionais
As despesas operacionais aumentaram 5,2% em 2019 em relação a 2018,
com crescimento de 1,0 p.p. na sua representatividade sobre a receita
líquida, reflexo de: (i) menor diluição das despesas fixas face a retração dos
volumes vendidos, e (ii) despesas não recorrentes com a integração da
Piraquê (R$ 10,6 milhões), a readequação do quadro de colaboradores e
outras despesas com reestruturação (R$ 60,9 milhões) e implantação do
novo modelo logístico (R$ 6,3 milhões).
Por outro lado, no ano de 2019 registramos uma receita de crédito tributário
extemporâneo no valor de R$ 191,0 milhões (R$ 36,8 milhões em 2018),
principalmente, pela exclusão de ICMS e das bonificações da base de
cálculo do PIS/Cofins, do reconhecimento de crédito de PIS/Cofins sobre
frete de insumos e de crédito de contribuição previdenciária sobre aviso
prévio indenizado e 1/3 de férias.
Despesas Operacionais
(R$ milhões)
2019
% RL
2018
% RL AH%
AH
-%RL
Vendas
1.303,4 21,4% 1.173,0 19,5% 11,1% 1,9 p.p.
Administrativas e gerais
258,2
4,2%
239,1
4,0%
8,0% 0,2 p.p.
Honorários
da administração
14,0
0,2%
13,2
0,2%
6,1%
0 p.p.
Tributárias
34,8
0,6%
35,3
0,6% -1,4%
0 p.p.
Depreciação e
amortização
67,7
1,1%
40,9
0,7% 65,5% 0,4 p.p.
Outras desp./(rec.)
operac.
(56,2) -0,9%
40,7
0,7%
n/a -1,6 p.p.
TOTAL
1.621,9 26,6% 1.542,2 25,6% 5,2%
1 p.p.
Nota: Na Demonstração do Resultado, as despesas com depreciação e
amortização foram incluídas nas respectivas despesas com vendas e
administrativas, e as despesas tributárias foram adicionadas às outras
despesas (receitas) líquidas. Para maiores informações, consultar Nota
Explicativa nº 26 das demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de
dezembro de 2019.
Vale também mencionar que em cumprimento ao Pronunciamento Técnico
CPC 06 (R2) - Operações de arrendamento mercantil, que entrou em vigor
em 01/01/2019, os ativos contratados por arrendamento mercantil
operacional (veículos, imóveis, área portuária e impressora) passaram a ser
reconhecidos como ativos de direito de uso, em contrapartida ao passivo de
arrendamento financeiro, considerando o prazo dos contratos. Anteriormente,
tais operações eram reconhecidas como despesas operacionais. Assim, esta
mudança refletiu na redução das despesas operacionais em R$ 22,5 milhões,
mas, em contraponto, repercutiu no aumento da amortização do direito de
uso dos ativos e das despesas financeiras do arrendamento.
• Resultado financeiro
Resultado Financeiro (R$ Milhões)
2019
2018
AH% 2018 - 2019
Receitas Financeiras
151,6 120,1
26,2%
Despesas Financeiras
(105,1) (63,6)
65,3%
Variações Cambiais
(28,6) (46,6)
-38,6%
Perdas / Ganhos com swap
12,6
36,4
-65,4%
TOTAL
30,5
46,3
-34,1%
O resultado financeiro passou de uma receita de R$ 46,3 milhões em 2018
para uma receita de R$ 30,5 milhões em 2019, redução de 34,1%. A variação
foi influenciada principalmente pelos seguintes fatores: (i) complemento da
atualização monetária das provisões trabalhistas pelo IPCA-E, (ii) redução
dos rendimentos sobre as aplicações financeiras da Companhia, decorrente
do resgate de aplicações para pagamento da aquisição da Piraquê e da
redução na taxa do CDI, (iii) aumento de juros sobre financiamentos,
decorrente da parcela retida da aquisição da Piraquê e da captação de
recursos no 2T18, e (iv) reconhecimento dos juros de arrendamento no
montante de R$ 8,3 milhões em 2019, em cumprimento ao Pronunciamento
Técnico CPC 06 (R2) - Operações de arrendamento mercantil.
Além disso, em 2019, foram reconhecidas atualizações de créditos
tributários, no montante de R$ 95,7 milhões, fruto principalmente de
processos de crédito de PIS/Cofins em função da exclusão do ICMS e das
bonificações da base de cálculo, e a atualização do crédito de contribuição
previdenciária sobre aviso prévio indenizado e 1/3 de férias.
Destacamos também que a M. Dias Branco continua reafirmando seu
compromisso com a política conservadora manifestada pela utilização de
contratos de swap, que consiste na troca do risco cambial mais taxa prefixada
por percentual do CDI, para proteção dos financiamentos de importação de
insumos e capital de giro, os quais são registrados pelo valor justo e
contabilizados no resultado financeiro.
• Produção e utilização da capacidade de produção
Produção Efetiva/Capacidade de Produção *
Biscoitos
Massas
Farinha
e Farelo
Marg. e
Gorduras
Outras Linhas
de Produtos**
Total
2019
2018
2019
2018
2019
2018
2019
2018
2019
2018
2019
2018
Produção Total
550,8
568,8
391,0
398,4 1.503,5 1.477,5
185,2
175,4
15,2
16,5 2.645,7 2.636,6
Capacidade Total de Produção
868,6
818,5
556,6
510,7 1.962,9 1.912,0
401,3
378,3
39,5
43,4 3.828,9 3.662,9
Nível de Utilização da Capacidade
63,4% 69,5% 70,2% 78,0%
76,6% 77,3% 46,2% 46,4%
38,5% 38,0%
69,1%
72,0%
* Em mil toneladas
* * Bolos, Snacks, Mistura para Bolos e Torradas
Nota: A Capacidade total de produção é a máxima que se consegue extrair dos equipamentos, considerando as reduções provocadas pelas paradas de
manutenção, tempo de setup, limpeza das linhas, restrições quanto à quantidade máxima de turnos admitidos em cada planta, etc.
continua
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO | SÉRIE 3 | ANO XII Nº048 | FORTALEZA, 09 DE MARÇO DE 2020
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