Em 31 de Dezembro Custos do Serviço e Despesas Operacionais 2019 2018 (R$ Mil) Variação Var. % Energia elétrica comprada para revenda (2.875.370)(2.599.577) (275.793) 10,6% Encargos do uso do sistema de transmissão (281.557) (278.178) (3.379) 1,2% Total - Custos e Despesas Não Gerenciáveis (3.156.927)(2.877.755) (279.172) 9,7% Pessoal (163.443) (167.017) 3.574 -2,1% Material e Serviços de Terceiros (388.257) (361.955) (26.302) 7,3% Depreciação e Amortização (250.350) (205.029) (45.321) 22,1% Custos de Desativação de Bens (28.305) (33.553) 5.248 -15,6% Prov. para Créditos de Liquidação Duvidosa (42.918) (49.429) 6.511 -13,2% Custo de Construção (732.765) (885.970) 153.205 -17,3% Provisão para riscos fiscais, cíveis e trabalhistas (22.301) 5.342 (27.643) <-100,0% Perda de recebíveis de clientes (28.910) (7.220) (21.690) >100,0% Receita de multas por impontualidade de clientes 34.171 47.285 (13.114) -27,7% Outras Receitas/Despesas Operacionais (33.214) (49.090) 15.876 -32,3% Total - Custos e Despesas Gerenciáveis (1.656.292)(1.706.636) 50.344 -2,9% Total - Custos do Serviço e Despesas Operacionais (4.813.219)(4.584.391) (228.828) 5,0% Variações relevantes: Custos e despesas não gerenciáveis (incremento de R$ 279 milhões), considerando as linhas de Energia Elétrica Comprada para Revenda e Encargo do uso do sistema de transmissão, as quais são explicadas principalmente pelos seguintes motivos: Energia Elétrica comprada para Revenda (incremento de R$ 276 milhões): decorrente da apuração de maiores custos com compra de energia no primeiro trimestre de 2019 em função de maior demanda e maior preço médio, em conjunto com ajuste regulatório não recorrente, também registrado no primeiro trimestre, de aproximadamente R$ 60 milhões. Encargos do uso do sistema de transmissão (incremento de R$ 3 milhões): devido ao ajuste dos montantes de uso do sistema de transmissão, conforme aditivo Nº 20 do contrato de uso do sistema de transmissão Nº 098/2002, que definiu os valores de MW (Megawatt) para o período até 2021. Custos e despesas gerenciáveis (redução de R$ 50 milhões). Excluindo-se o efeito do custo de construção, os custos e despesas gerenciáveis da Companhia, em 2019, alcançaram o montante de R$ 924 milhões, o que representa um aumento de 12,5% (R$ 103 milhões) em relação ao ano anterior, cujo montante foi de R$ 821 milhões: (i) Aumento de 7,3% (R$ 26 milhões) em materiais e serviços de terceiros em razão, basicamente, de aumento da atividade de operação e manutenção para assegurar a qualidade do serviço, além de maiores despesas com a continuidade do plano de combate ao furto de energia lançado em 2018. (ii) Aumento de 22,1% (R$ 45 milhões) em depreciação e amortização devido ao aumento da base de ativos, reflexo do elevado volume de investimentos realizados ao longo do último ano. (iii) Aumento de R$ 28 milhões nas Provisões para riscos fiscais, cíveis e trabalhistas em razão de: (i) decisões desfavoráveis em processos trabalhistas, cujos objetos envolvem acidente de trabalho e diferença salarial; e de (ii) provisão de multa no montante de R$ 19 milhões oriunda de Auto de Infração aplicada pelo órgão regulador decorrente de fiscalização em procedimentos e critérios na aplicação das disposições regulamentares estabelecidas para micro e minigeração distribuída nas unidades consumidoras. (iv) Aumento de R$ 22 milhões na Perda de recebíveis de clientes decorrente do aumento de baixa de recebíveis de clientes com faturas vencidas há mais de cinco anos, quando comparado com o mesmo período do ano anterior. (v) Redução de R$ 13 milhões na Receita de multas por impontualidade de clientes devido menor cobrança de multas e juros de mora de clientes em relação ao mesmo período do ano anterior. Esses efeitos foram parcialmente compensados por: (vi) Redução de R$ 7 milhões nas Provisões para Créditos de Liquidação Duvidosa em função, principalmente, da reversão de provisão para cobrir possíveis perdas com créditos de clientes com TOI (Termo de Ocorrência de Irregularidade). Após análise da base histórica desses clientes identificou-se que os mesmos apresentaram melhoria em seu perfil de credito. (vii) Redução de R$ 16 milhões em Outras Receitas/Despesas Operacionais decorrente, principalmente, de (i) reclassificação das despesas dos arrendamentos mercantis operacionais, as quais eram registrados como outras despesas operacionais e passaram a ser registradas como amortização do direito de uso (R$ 7 milhões); e de (ii) redução no custo com sistemas compartilhados em cerca de R$ 5 milhões. EBITDA e Margem EBITDA: O EBITDA da Companhia em 2019 atingiu o montante de R$ 814 milhões, o que representa um aumento de R$ 91 milhões em relação ao ano de 2018. A margem EBITDA da Companhia em 2019 foi de 15,14%, com um incremento de 0,97 p.p. em relação a 2018. A margem EBITDA ex custo de construção da Companhia em 2019 foi de 17,53%, o que representa um incremento de 0,38 p.p. em relação a 2018. De acordo com a instrução CVM nº 527, de 04 de outubro de 2012, a divulgação do cálculo do EBITDA e do EBIT deve ser acompanhada da conciliação dos valores que os compõem, constantes das demonstrações contábeis da companhia. Abaixo demonstra-se a conciliação dos cálculos acima citados: Em 31 de Dezembro Conciliação do EBITDA e do EBIT 2019 2018 (R$ Mil) VariaçãoVar. % Lucro Líquido do Período 404.905 364.520 40.385 11,1% (+) Tributo sobre o Lucro (NE 31) 87.022 89.790 (2.768) -3,1% (+) Resultado Financeiro (NE 30) 71.931 63.543 8.388 13,2% (=) EBIT 563.858 517.853 46.005 8,9% (+) Depreciações e Amortizações (NE 29) 250.350 205.029 45.321 22,1% (=) EBITDA 814.208 722.882 91.326 12,6% Resultado Financeiro: As despesas financeiras líquidas da Companhia encerraram o ano de 2019 em R$ 72 milhões, um aumento de R$ 8 milhões em relação ao ano anterior. Este aumento decorre do efeito líquido das seguintes variações: Em 31 de Dezembro Resultado Financeiro 2019 2018 (R$ Mil) Variação Var. % Renda de aplicação financeira 13.145 4.997 8.148 >100,0% Juros e atualização monetária sobre impontualidade de clientes 31.239 32.385 (1.146) -3,5% Receita de ativo indenizável 97.178 59.482 37.696 63,4% Variação monetária de ativos e passivos setoriais – 14.865 (14.865)-100,0% Variações monetárias 1.497 1.979 (482) -24,4% Instrumento financeiro derivativo - hedge/swap 19.086 26.865 (7.779) -29,0% Outras receitas financeiras 9.698 16.068 (6.370) -39,6% (-) Crédito de PIS/COFINS sobre receita financeira (1.430) (3.740) 2.310 -61,8% Total - Receitas Financeiras 170.413 152.901 17.512 11,5% Variações monetárias de Dívida (34.535) (21.664) (12.871) 59,4% Variações cambial de dívidas (1.248) – (1.248) - Encargos de Dívidas (129.593) (102.004) (27.589) 27,0% Encargos fundo de pensão (9.067) (8.348) (719) 8,6% Variação monetária de ativos e passivos setoriais (3.057) – (3.057) - Atualização de provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas (14.451) (26.903) 12.452 -46,3% Instrumento financeiro derivativo - hedge/swap (21.284) (29.691) 8.407 -28,3% Atualizações de impostos, P&D/ PEE (10.702) (4.246) (6.456)>100,0% Custos pré-pagamento BNDES (2.347) – (2.347) - Outras despesas financeiras (16.060) (23.588) 7.528 -31,9% Total - Despesas Financeiras (242.344) (216.444) (25.900) 12,0% Total - Receitas e Despesas Financeiras (71.931) (63.543) (8.388) 13,2% Variações relevantes: Variações monetárias de ativos e passivos setoriais - receitas/despesas (aumento de despesa líquida em R$ 18 milhões): esta variação deve-se, principalmente, a uma redução do saldo médio de ativos financeiros setoriais entre os períodos analisados. Encargos, variações monetárias e cambiais de dívida e instrumento financeiro derivativo – hedge/ swap – receita/despesa (incremento de R$ 41 milhões): deve-se por maiores encargos devido a maior saldo médio da dívida, captada para financiar investimentos e capital de giro. Custo pré-pagamento BNDES (incremento de R$ 2 milhões): devido ao pagamento antecipado das operações de repasse do BNDES contraídas em 2014, com o objetivo de otimizar gastos financeiros. O diferencial de custos entre a nova operação realizada e as operações pagas antecipadamente absorverá esse custo de pré-pagamento, assegurando benefícios econômicos para a companhia no futuro. Atualizações de impostos, P&D/PEE (incremento de R$ 6 milhões): em função, principalmente, de uma devolução para a SEFAZ de crédito de ICMS indevido. Esses efeitos foram parcialmente compensados por: Renda de aplicação financeira (incremento de R$ 8 milhões): decorrente de um maior volume médio de caixa aplicado entre os períodos analisados. Receita de ativo indenizável (incremento de R$ 38 milhões): a variação reflete o aumento do IPCA acumulado entre os períodos analisados (4,31% em 2019 versus 3,75% em 2018). Atualização de provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas (redução de R$ 12 milhões): decorrente do encerramento de processos cíveis e trabalhistas que geravam elevados valores de atualização. Tributos e Outros: As despesas com Imposto de Renda (IR), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e Outros (Amortização do Ágio) em 2019 registraram uma redução de R$ 3 milhões em relação ao ano de 2018. Esta variação decorre, principalmente, de menor alíquota efetiva (IR e CSLL) em relação ao ano anterior. Em 31 de Dezembro Tributos (IR/CSLL) e Outros 2019 2018 (R$ Mil) Variação Var. % IR e CSLL (155.648) (156.970) 1.322 -0,8% Incentivo Fiscal SUDENE 74.272 73.348 924 1,3% Amortização do Ágio e Reversão da Provisão (5.646) (6.168) 522 -8,5% Total - Tributos e Outros (87.022) (89.790) 2.768 -3,1% Lucro Líquido e Margem Líquida: Com base nos efeitos expostos anteriormente, a Companhia registrou em 2019 um lucro líquido de R$ 405 milhões, valor R$ 40 milhões superior ao registrado no ano de 2018. COMPANHIA ENERGÉTICA DO CEARÁ - COELCE CNPJ/MF nº 07.047.251/0001-70 - Companhia Aberta 252 DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO | SÉRIE 3 | ANO XII Nº053 | FORTALEZA, 16 DE MARÇO DE 2020Fechar