DOE 16/03/2020 - Diário Oficial do Estado do Ceará
Em 31 de Dezembro
Custos do Serviço e Despesas
Operacionais
2019
2018
(R$ Mil)
Variação
Var. %
Energia elétrica comprada
para revenda
(2.875.370)(2.599.577) (275.793)
10,6%
Encargos do uso do sistema
de transmissão
(281.557)
(278.178)
(3.379)
1,2%
Total - Custos e Despesas
Não Gerenciáveis
(3.156.927)(2.877.755) (279.172)
9,7%
Pessoal
(163.443)
(167.017)
3.574
-2,1%
Material e Serviços de
Terceiros
(388.257)
(361.955) (26.302)
7,3%
Depreciação e Amortização
(250.350)
(205.029) (45.321)
22,1%
Custos de Desativação de Bens
(28.305)
(33.553)
5.248
-15,6%
Prov. para Créditos de
Liquidação Duvidosa
(42.918)
(49.429)
6.511
-13,2%
Custo de Construção
(732.765)
(885.970) 153.205
-17,3%
Provisão para riscos fiscais,
cíveis e trabalhistas
(22.301)
5.342 (27.643) <-100,0%
Perda de recebíveis de
clientes
(28.910)
(7.220) (21.690) >100,0%
Receita de multas por
impontualidade de clientes
34.171
47.285 (13.114)
-27,7%
Outras Receitas/Despesas
Operacionais
(33.214)
(49.090) 15.876
-32,3%
Total - Custos e Despesas
Gerenciáveis
(1.656.292)(1.706.636) 50.344
-2,9%
Total - Custos do Serviço e
Despesas Operacionais
(4.813.219)(4.584.391) (228.828)
5,0%
Variações relevantes: Custos e despesas não gerenciáveis (incremento de
R$ 279 milhões), considerando as linhas de Energia Elétrica Comprada
para Revenda e Encargo do uso do sistema de transmissão, as quais são
explicadas principalmente pelos seguintes motivos: Energia Elétrica
comprada para Revenda (incremento de R$ 276 milhões): decorrente da
apuração de maiores custos com compra de energia no primeiro trimestre de
2019 em função de maior demanda e maior preço médio, em conjunto com
ajuste regulatório não recorrente, também registrado no primeiro trimestre,
de aproximadamente R$ 60 milhões. Encargos do uso do sistema de
transmissão (incremento de R$ 3 milhões): devido ao ajuste dos montantes
de uso do sistema de transmissão, conforme aditivo Nº 20 do contrato
de uso do sistema de transmissão Nº 098/2002, que definiu os valores de
MW (Megawatt) para o período até 2021. Custos e despesas gerenciáveis
(redução de R$ 50 milhões). Excluindo-se o efeito do custo de construção,
os custos e despesas gerenciáveis da Companhia, em 2019, alcançaram o
montante de R$ 924 milhões, o que representa um aumento de 12,5% (R$
103 milhões) em relação ao ano anterior, cujo montante foi de R$ 821
milhões: (i) Aumento de 7,3% (R$ 26 milhões) em materiais e serviços
de terceiros em razão, basicamente, de aumento da atividade de operação
e manutenção para assegurar a qualidade do serviço, além de maiores
despesas com a continuidade do plano de combate ao furto de energia
lançado em 2018. (ii) Aumento de 22,1% (R$ 45 milhões) em depreciação
e amortização devido ao aumento da base de ativos, reflexo do elevado
volume de investimentos realizados ao longo do último ano. (iii) Aumento
de R$ 28 milhões nas Provisões para riscos fiscais, cíveis e trabalhistas em
razão de: (i) decisões desfavoráveis em processos trabalhistas, cujos objetos
envolvem acidente de trabalho e diferença salarial; e de (ii) provisão de
multa no montante de R$ 19 milhões oriunda de Auto de Infração aplicada
pelo órgão regulador decorrente de fiscalização em procedimentos e critérios
na aplicação das disposições regulamentares estabelecidas para micro e
minigeração distribuída nas unidades consumidoras. (iv) Aumento de R$
22 milhões na Perda de recebíveis de clientes decorrente do aumento de
baixa de recebíveis de clientes com faturas vencidas há mais de cinco anos,
quando comparado com o mesmo período do ano anterior. (v) Redução de
R$ 13 milhões na Receita de multas por impontualidade de clientes devido
menor cobrança de multas e juros de mora de clientes em relação ao mesmo
período do ano anterior. Esses efeitos foram parcialmente compensados por:
(vi) Redução de R$ 7 milhões nas Provisões para Créditos de Liquidação
Duvidosa em função, principalmente, da reversão de provisão para cobrir
possíveis perdas com créditos de clientes com TOI (Termo de Ocorrência de
Irregularidade). Após análise da base histórica desses clientes identificou-se
que os mesmos apresentaram melhoria em seu perfil de credito. (vii) Redução
de R$ 16 milhões em Outras Receitas/Despesas Operacionais decorrente,
principalmente, de (i) reclassificação das despesas dos arrendamentos
mercantis operacionais, as quais eram registrados como outras despesas
operacionais e passaram a ser registradas como amortização do direito de
uso (R$ 7 milhões); e de (ii) redução no custo com sistemas compartilhados
em cerca de R$ 5 milhões. EBITDA e Margem EBITDA: O EBITDA da
Companhia em 2019 atingiu o montante de R$ 814 milhões, o que representa
um aumento de R$ 91 milhões em relação ao ano de 2018. A margem
EBITDA da Companhia em 2019 foi de 15,14%, com um incremento de
0,97 p.p. em relação a 2018. A margem EBITDA ex custo de construção da
Companhia em 2019 foi de 17,53%, o que representa um incremento de 0,38
p.p. em relação a 2018. De acordo com a instrução CVM nº 527, de 04 de
outubro de 2012, a divulgação do cálculo do EBITDA e do EBIT deve ser
acompanhada da conciliação dos valores que os compõem, constantes das
demonstrações contábeis da companhia. Abaixo demonstra-se a conciliação
dos cálculos acima citados:
Em 31 de Dezembro
Conciliação do EBITDA e do EBIT
2019
2018
(R$ Mil)
VariaçãoVar. %
Lucro Líquido do Período
404.905 364.520 40.385 11,1%
(+) Tributo sobre o Lucro (NE 31)
87.022 89.790
(2.768) -3,1%
(+) Resultado Financeiro (NE 30)
71.931 63.543
8.388 13,2%
(=) EBIT
563.858 517.853 46.005 8,9%
(+) Depreciações e Amortizações
(NE 29)
250.350 205.029 45.321 22,1%
(=) EBITDA
814.208 722.882 91.326 12,6%
Resultado Financeiro: As despesas financeiras líquidas da Companhia
encerraram o ano de 2019 em R$ 72 milhões, um aumento de R$ 8 milhões
em relação ao ano anterior. Este aumento decorre do efeito líquido das
seguintes variações:
Em 31 de Dezembro
Resultado Financeiro
2019
2018
(R$ Mil)
Variação
Var. %
Renda de aplicação financeira
13.145
4.997
8.148 >100,0%
Juros e atualização monetária
sobre impontualidade de
clientes
31.239
32.385
(1.146)
-3,5%
Receita de ativo indenizável
97.178
59.482
37.696
63,4%
Variação monetária de ativos e
passivos setoriais
–
14.865
(14.865)-100,0%
Variações monetárias
1.497
1.979
(482) -24,4%
Instrumento financeiro
derivativo - hedge/swap
19.086
26.865
(7.779) -29,0%
Outras receitas financeiras
9.698
16.068
(6.370) -39,6%
(-) Crédito de PIS/COFINS
sobre receita financeira
(1.430)
(3.740)
2.310
-61,8%
Total - Receitas Financeiras
170.413
152.901
17.512
11,5%
Variações monetárias de Dívida
(34.535)
(21.664)
(12.871)
59,4%
Variações cambial de dívidas
(1.248)
–
(1.248)
-
Encargos de Dívidas
(129.593) (102.004)
(27.589)
27,0%
Encargos fundo de pensão
(9.067)
(8.348)
(719)
8,6%
Variação monetária de ativos e
passivos setoriais
(3.057)
–
(3.057)
-
Atualização de provisão para
riscos tributários, cíveis e
trabalhistas
(14.451)
(26.903)
12.452
-46,3%
Instrumento financeiro
derivativo - hedge/swap
(21.284)
(29.691)
8.407
-28,3%
Atualizações de impostos, P&D/
PEE
(10.702)
(4.246)
(6.456)>100,0%
Custos pré-pagamento BNDES
(2.347)
–
(2.347)
-
Outras despesas financeiras
(16.060)
(23.588)
7.528
-31,9%
Total - Despesas Financeiras
(242.344) (216.444)
(25.900)
12,0%
Total - Receitas e Despesas
Financeiras
(71.931)
(63.543)
(8.388)
13,2%
Variações relevantes: Variações monetárias de ativos e passivos setoriais
- receitas/despesas (aumento de despesa líquida em R$ 18 milhões): esta
variação deve-se, principalmente, a uma redução do saldo médio de ativos
financeiros setoriais entre os períodos analisados. Encargos, variações
monetárias e cambiais de dívida e instrumento financeiro derivativo – hedge/
swap – receita/despesa (incremento de R$ 41 milhões): deve-se por maiores
encargos devido a maior saldo médio da dívida, captada para financiar
investimentos e capital de giro. Custo pré-pagamento BNDES (incremento de
R$ 2 milhões): devido ao pagamento antecipado das operações de repasse do
BNDES contraídas em 2014, com o objetivo de otimizar gastos financeiros.
O diferencial de custos entre a nova operação realizada e as operações pagas
antecipadamente absorverá esse custo de pré-pagamento, assegurando
benefícios econômicos para a companhia no futuro. Atualizações de impostos,
P&D/PEE (incremento de R$ 6 milhões): em função, principalmente, de uma
devolução para a SEFAZ de crédito de ICMS indevido. Esses efeitos foram
parcialmente compensados por: Renda de aplicação financeira (incremento
de R$ 8 milhões): decorrente de um maior volume médio de caixa aplicado
entre os períodos analisados. Receita de ativo indenizável (incremento de
R$ 38 milhões): a variação reflete o aumento do IPCA acumulado entre os
períodos analisados (4,31% em 2019 versus 3,75% em 2018). Atualização
de provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas (redução de R$ 12
milhões): decorrente do encerramento de processos cíveis e trabalhistas
que geravam elevados valores de atualização. Tributos e Outros: As
despesas com Imposto de Renda (IR), Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido (CSLL) e Outros (Amortização do Ágio) em 2019 registraram uma
redução de R$ 3 milhões em relação ao ano de 2018. Esta variação decorre,
principalmente, de menor alíquota efetiva (IR e CSLL) em relação ao ano
anterior.
Em 31 de Dezembro
Tributos (IR/CSLL) e Outros
2019
2018
(R$ Mil)
Variação Var. %
IR e CSLL
(155.648) (156.970)
1.322 -0,8%
Incentivo Fiscal SUDENE
74.272
73.348
924
1,3%
Amortização do Ágio e Reversão
da Provisão
(5.646)
(6.168)
522 -8,5%
Total - Tributos e Outros
(87.022)
(89.790)
2.768 -3,1%
Lucro Líquido e Margem Líquida: Com base nos efeitos expostos
anteriormente, a Companhia registrou em 2019 um lucro líquido de R$ 405
milhões, valor R$ 40 milhões superior ao registrado no ano de 2018.
COMPANHIA ENERGÉTICA DO CEARÁ - COELCE
CNPJ/MF nº 07.047.251/0001-70 - Companhia Aberta
252
DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO | SÉRIE 3 | ANO XII Nº053 | FORTALEZA, 16 DE MARÇO DE 2020
Fechar