DOE 30/03/2020 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            2. Base de preparação das demonstrações financeiras: 2.1. Declaração de 
conformidade: As demonstrações financeiras foram elaboradas e estão 
sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, 
que compreendem os pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos 
Contábeis (“CPC”). As demonstrações financeiras foram preparadas com 
base no custo histórico, exceto quando o contrário estiver disposto em nota 
explicativa. A preparação de demonstrações financeiras requer o uso de 
certas estimativas contábeis e também o exercício de julgamento por parte da 
Administração.  Áreas consideradas significativas e que requerem maior 
nível de julgamento e estão sujeitas a estimativas incluem: receita não 
faturada, imposto de renda e contribuição social diferidos, perda por redução 
ao valor recuperável de ativos financeiros, instrumentos financeiros 
derivativos e provisões para riscos cíveis e trabalhistas. Todos os valores 
apresentados nestas demonstrações contábeis estão expressos em milhares 
de reais, exceto quando indicado de outro modo. Devido ao uso de 
arredondamentos, os números apresentados ao longo dessas demonstrações 
contábeis podem não perfazer precisamente os totais apresentados. Conforme 
Orientação Técnica OCPC 07, a Administração afirma que todas as 
informações relevantes próprias das demonstrações financeiras estão sendo 
evidenciadas e correspondem às utilizado pela Administração na sua gestão. 
As políticas contábeis significativas adotadas pela Companhia estão descritas 
nas notas explicativas específicas, relacionadas aos itens apresentados, 
aquelas aplicáveis, de modo geral, em diferentes aspectos das demonstrações 
financeiras, estão descritas a seguir. 2.2. Conversão de saldos e transações 
em moeda estrangeira: As demonstrações financeiras são preparadas em 
Reais (R$), que é a moeda funcional da Companhia. As transações em moeda 
estrangeira, ou seja, qualquer moeda diferente da moeda funcional, são 
registradas de acordo com as taxas de câmbio vigentes na data de cada 
transação. No final o período a que se refere o relatório, os itens monetários 
em moeda estrangeira são reconvertidos pelas taxas vigentes no fim do 
exercício. Os ganhos e perdas resultantes da atualização desses ativos e 
passivos são reconhecidos como receitas ou despesas financeiras no 
resultado, as exceções são as transações cujos ganhos e perdas são 
reconhecidas em outros resultados abrangentes. 3. Políticas contábeis: 
3.1. Reconhecimento da receita: As receitas são reconhecidas pela 
Companhia de acordo com o CPC 47 – Receita de Contrato com Cliente 
(“CPC 47”), a aplicação inicial da norma ocorreu em 1º de janeiro de 2018. 
A norma estabeleceu um novo modelo para reconhecimento de receitas 
originadas de contratos com clientes, este modelo é composto por cinco 
passos, cujos valores devem refletir a contraprestação à qual a entidade 
espera ter direito em troca da transferência de bens ou serviços. A Companhia 
reconhece suas receitas quando uma obrigação de performance é satisfeita, 
sendo considerado o valor que se espera receber em troca da transferência de 
bens ou serviços. As receitas são reconhecidas à medida que for provável o 
recebimento da contraprestação financeira em troca bens ou serviços ora 
transferidos, considerando também, a capacidade e intenção de seus clientes 
em cumprir com os pagamentos determinados em contrato. a) Receita de 
venda de energia: As receitas de venda de energia elétrica são reconhecidas 
no resultado de acordo com as regras estabelecidas através do mercado de 
energia elétrica, as quais estabelecem a transferência dos riscos e benefícios 
sobre a quantidade definida em contrato com os clientes. A apuração do 
volume de energia comercializado ocorre em bases mensais ou conforme 
estabelecido em cláusulas contratuais. As receitas de vendas de energia 
elétrica incluem também as transações no mercado de curto prazo. As vendas 
de energia na Câmara de Comercialização de Energia (“CCEE”) são 
reconhecidas pelo valor justo da contraprestação a receber no momento em 
que haja um excedente de geração, após a alocação de energia no MRE, 
denominada (“energia secundária”), liquidada no mercado spot (“mercado 
de curto prazo”) ao valor do preço de liquidação das diferenças (“PLD”) e 
comercializado no âmbito da CCEE, nos termos da Convenção de 
Comercialização de Energia Elétrica. 3.2. Instrumentos financeiros: A 
Companhia classifica os instrumentos financeiros de acordo com a finalidade 
para qual foram adquiridos, e determina a classificação no reconhecimento 
inicial. a) Classificação de ativos financeiros e passivos financeiros: O 
CPC 48, substitui o CPC 38 para períodos anuais com início a partir de 1º de 
janeiro de 2018, reunindo todos os três aspectos da contabilização de 
instrumentos financeiros: classificação e mensuração; redução ao valor 
recuperável; e contabilidade de hedge. A Companhia adotou o CPC 48 com 
aplicação inicial a partir de 1 de janeiro de 2018, o pronunciamento prevê 
três principais categorias de classificação para ativos financeiros: mensurados 
ao custo amortizado, ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes 
(“VJORA”) e ao valor justo por meio do resultado (“VJR”). A norma elimina 
as categorias existentes no CPC 38 de mantidos até o vencimento, 
empréstimos e recebíveis e disponíveis para venda. Desreconhecimento 
(baixa) dos ativos financeiros: Um ativo financeiro (ou, quando for o caso, 
uma parte de um ativo financeiro ou parte de um grupo de ativos financeiros 
semelhantes) é baixado quando: • Os direitos de receber fluxos de caixa do 
ativo expirarem; • A Companhia transferiu os seus direitos de receber fluxos 
de caixa do ativo ou assumiu uma obrigação de pagar integralmente os fluxos 
de caixa recebidos, sem demora significativa, a um terceiro por força de um 
acordo de “repasse”; e (i) a Companhia transferiu substancialmente todos os 
riscos e benefícios do ativo, ou (ii) a Companhia não transferiu nem reteve 
substancialmente todos os riscos e benefícios relativos ao ativo, mas 
transferiu o controle sobre o ativo. Desreconhecimento (baixa) dos passivos 
financeiros: Um passivo financeiro é baixado quando a obrigação for 
revogada, cancelada ou expirar. Quando um passivo financeiro existente for 
substituído por outro do mesmo mutuante com termos substancialmente 
diferentes, ou os termos de um passivo existente forem significativamente 
alterados, essa substituição ou alteração é tratada como baixa do passivo 
original e reconhecimento de um novo passivo, sendo a diferença nos 
correspondentes valores contábeis reconhecida na demonstração do 
resultado. Redução do valor recuperável de ativos financeiros: O CPC  48 
substitui o modelo de “perdas incorridas” do CPC  38 por um modelo 
prospectivo de “perdas de crédito esperadas”.  O novo modelo de perdas 
esperadas se aplicará aos ativos financeiros mensurados ao custo amortizado 
ou ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes (VJORA), com 
exceção de investimentos em instrumentos patrimoniais e ativos contratuais. 
As provisões para perdas esperadas foram mensuradas com base nas perdas 
de crédito esperadas para a vida inteira, ou seja, perdas de crédito que 
resultam de todos os possíveis eventos de inadimplência ao longo da vida 
esperada de um instrumento financeiro, com base nas análises realizadas. 
b) Hedge de fluxo de caixa: A parcela efetiva do ganho ou perda do 
instrumento de hedge designado e qualificado como hedge de fluxo de caixa 
é reconhecida no patrimônio líquido, na conta “Ajustes de avaliação 
patrimonial”, enquanto a parcela não efetiva é imediatamente reconhecida na 
demonstração do resultado como “Outros ganhos (perdas), líquidos”. 
Quando os contratos a termo são usados como hedge das transações previstas, 
o grupo geralmente designa apenas a mudança no valor justo do contrato a 
termo relacionado ao componente à vista como o instrumento de hedge. Os 
ganhos ou perdas relacionadas à parcela efetiva da mudança no componente 
à vista dos contratos a termo são reconhecidos no patrimônio líquido como 
reserva de hedge de fluxo de caixa. A mudança no componente a termo do 
contrato relacionado ao item protegido é reconhecida, no patrimônio líquido, 
em outros resultados abrangentes como custos da reserva de hedge. Em 
alguns casos, a Companhia pode designar toda a mudança no valor justo do 
contrato a termo (incluindo pontos a termo) como o instrumento de hedge. 
Nesses casos, os ganhos ou perdas relacionadas à parcela efetiva da mudança 
no valor justo de todo o contrato a termo são reconhecidos no patrimônio 
líquido como reserva de hedge de fluxo de caixa. Os ganhos ou perdas 
relacionadas à parcela efetiva dos swaps de taxa de juros que protegem os 
empréstimos a taxas variáveis são reconhecidos na demonstração do 
resultado como despesas financeiras ao mesmo tempo que as despesas de 
juros sobre os empréstimos protegidos. Se a contabilização do hedge de fluxo 
de caixa for descontinuada, o montante que foi acumulado em outros 
resultados abrangentes deverá permanecer em outros resultados abrangentes 
acumulados se ainda houver a expectativa de que os fluxos de caixa futuros 
protegidos por hedge ocorram. Caso contrário, o valor será imediatamente 
reclassificado para o resultado como ajuste de reclassificação. Após 
descontinuada a contabilização, uma vez ocorrido o fluxo de caixa objeto do 
hedge, qualquer montante remanescente em outros resultados abrangentes 
acumulados deverá ser contabilizado, dependendo da natureza da transação 
subjacente, conforme descrito acima. A Nota 20 inclui informações mais 
detalhadas sobre o instrumento financeiro derivativo contratado pela 
Companhia. 3.3. Perda por redução ao valor recuperável de ativos não 
financeiros: A Administração revisa anualmente o valor contábil líquido dos 
ativos não financeiros com o objetivo de avaliar eventos ou mudanças nas 
circunstâncias econômicas, operacionais ou tecnológicas que possam indicar 
deterioração ou perda de seu valor recuperável. Sendo tais evidências 
identificadas e tendo o valor contábil líquido excedido o valor recuperável, é 
constituída provisão para desvalorização ajustando o valor contábil líquido 
ao valor recuperável. Nesse caso, o valor recuperável de um ativo ou de 
determinada unidade geradora de caixa é definido como sendo o maior entre 
o valor em uso e o valor líquido de venda. Na estimativa do valor em uso do 
ativo, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados ao seu valor 
presente, utilizando uma taxa de desconto antes dos tributos que reflita o 
custo médio ponderado de capital para a indústria em que opera a unidade 
geradora de caixa. O valor justo líquido das despesas de venda é determinado, 
sempre que possível, com base em transações recentes de mercado entre 
partes conhecedoras e interessadas com ativos semelhantes. Na ausência de 
transações observáveis neste sentido, uma metodologia de avaliação 
apropriada é utilizada. Os cálculos dispostos neste modelo são corroborados 
por indicadores disponíveis de valor justo, como preços cotados para 
entidades listadas, entre outros indicadores disponíveis. A Companhia baseia 
sua avaliação de redução ao valor recuperável com base nas previsões e 
nestes orçamentos financeiros detalhados, os quais são elaborados 
separadamente pela administração para cada unidade geradora de caixa às 
quais os ativos estejam alocados. As projeções baseadas nestas previsões e 
orçamentos geralmente abrangem o período de cinco anos. Uma taxa média 
de crescimento de longo prazo é calculada e aplicada aos fluxos de caixa 
futuros após o quinto ano. Em 31 de dezembro de 2019, não foram observados 
indicativos de que os ativos relevantes da Companhia estivessem registrados 
por valor superior ao seu valor recuperável líquido. 3.4. Imobilizado: O 
ativo imobilizado em serviço é demonstrado ao custo, líquido de depreciação 
acumulada e perdas acumuladas por perda por redução ao valor recuperável, 
se houver. Esse custo inclui o custo de reposição do ativo imobilizado e 
custos de financiamentos para projetos de construção de longo prazo se os 
critérios de reconhecimento forem atendidos. Quando partes significativas 
do ativo imobilizado são substituídas, a Companhia reconhece essas partes 
como ativo individual com vida útil e depreciação específica. Da mesma 
forma, quando uma manutenção relevante for feita, o seu custo é reconhecido 
no valor contábil do imobilizado, se os critérios de reconhecimento forem 
satisfeitos. Todos demais custos de reparos e manutenção são reconhecidos 
na demonstração de resultado, quando incorridos. Um item do ativo 
imobilizado é baixado quando vendido ou quando nenhum benefício
CENTRAL GERADORA TERMELÉTRICA FORTALESA S.A. - CGTF
CNPJ/MF nº 04.659.917/0001-53- Companhia Fechada
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XII Nº064  | FORTALEZA, 30 DE MARÇO DE 2020

                            

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