DOE 01/04/2020 - Diário Oficial do Estado do Ceará
O resultado financeiro líquido no 4T19 totalizou R$ 10,8 milhões de despesa sendo influenciado pelo reconhecimento pro-rata dos juros provisionados no
montante de R$ 49,2 milhões referente às debêntures emitidas, pelo resultado financeiro negativo proveniente das empresas adquiridas (R$ 1,3 milhão) e
pelo reconhecimento dos juros, multas e correção no valor de R$ 48,4 milhões relacionados ao ressarcimento ao SUS, conforme explicado no tópico 8.4.
Em 2019 o resultado financeiro totalizou R$ 170,0 milhões, em linha com 2018, com os mesmos impactos do 4T19. Sob o IFRS 16, o resultado financeiro
líquido foi uma receita de R$ 24,2 milhões no 4T19 e R$ 277,6 milhões em 2019, impactado pelo reconhecimento dos juros de arrendamento em R$ 19,5
milhões e R$ 74,0 milhões, respectivamente.
15. IMPOSTO DE RENDA
A alíquota efetiva foi de 10,9% no 4T19 e de 24,8% em 2019, impactada, principalmente, pelas despesas financeiras com a emissão de debêntures (R$
27,3 milhões no 4T19 e R$ 49,2 milhões no ano), a amortização da mais-valia das empresas adquiridas (R$ 65,3 milhões no 4T19 e 2019) e da declaração
de juros sobre capital próprio (R$ 118,6 milhões no 4T19 e R$ 223,0 milhões em 2019). Destacamos que o IFRS 16 não muda a base tributável efetiva,
e o descasamento entre o imposto de renda caixa e o acumulado é registrado no balanço patrimonial como um ativo diferido, valor esse de R$ 1,8 milhão
reconhecido neste trimestre. 16. LUCRO LÍQUIDO - O lucro líquido consolidado do 4T19 totalizou R$ 214,5 milhões apresentando uma redução de 8,3%
na comparação com o 4T18, com decréscimo de 7,3p.p. na margem líquida. Em 2019, o lucro líquido consolidado atingiu R$ 866,6 milhões, um aumento
de 9,9% sobre o resultado apurado no mesmo período do ano anterior, com uma margem líquida de 15,4%, redução de 1,8 p.p. na mesma comparação,
impactado principalmente pelo aumento das provisões e maiores despesas financeiras, ambos relacionados ao ressarcimento ao SUS.
17. IFRS16 - As demonstrações financeiras intermediárias relativas ao 4T19 foram elaboradas com os efeitos da adoção do IFRS 16, vigente a partir de 1º
de janeiro de 2019. Desta forma, os contratos com aluguéis enquadrados nos requisitos da referida norma passaram a ser contabilizados como passivos de
arrendamento, em contrapartida aos ativos referentes ao seu direito de uso, refletindo um saldo de R$ 932,7 milhões ao final deste trimestre. Com isso, os
gastos com aluguéis apresentados até 2018, como custos dos serviços prestados ou despesas de localização de funcionamento, passam a ser contabilizados
nas linhas de depreciação e despesas financeiras. Demonstramos abaixo os efeitos resultantes da aplicação da norma na demonstração de resultado do 4T19:
Valores em R$ milhões
4T19
Reversão
Depreciação
Despesas
4T19
Item
sem IFRS 16
de aluguéis
e amortização
financeiras
com IFRS 16
Custos total
(1.117,8)
28,1
(14,4)
- (1.104,1)
Lucro bruto
667,6
28,1
(14,4)
-
681,3
Despesas administrativas
(269,3)
2,3
(2,5)
- (269,5)
Resultado operacional
251,5
30,4
(16,9)
-
265,0
Resultado financeiro
(10,8)
-
- (19,5)
(30,3)
Efeitos de IRPJ e CSLL
-
(10,3)
5,7
6,7
2,1
Lucro líquido
214,5
20,1
(11,2)
(12,8)
210,7
EBITDA
344,4
30,4
N/A
N/A
374,8
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO | SÉRIE 3 | ANO XII Nº066 | FORTALEZA, 01 DE ABRIL DE 2020
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