DOE 06/04/2020 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            Usina 
Quantidade 
Preço R$/MWh 
Início da 
Final da
 
MW médio/ano 
 Dezembro/2013 
operação comercial 
operação comercial
Bons Ventos Cacimbas 2 
10,1 
121,58 
Mai/2018 
Dez/2037
Bons Ventos Cacimbas 3 
6,0 
121,58 
Mai/2018 
Dez/2037
Bons Ventos Cacimbas 4 
4,3 
121,58 
Mai/2018 
Dez/2037
Bons Ventos Cacimbas 5 
9,7 
121,58 
Mai/2018 
Dez/2037
Bons Ventos Cacimbas 7 
6,5 
121,58 
Mai/2018 
Dez/2037
O preço acima é reajustado anualmente pela variação do IPCA, sempre no 
mês de janeiro, respeitado o prazo mínimo de 12 meses, contados a partir 
do primeiro dia do mês de janeiro de 2013. 2 Base de preparação - a. 
Declaração de conformidade - As presentes demonstrações financeiras 
foram preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. A 
emissão das demonstrações financeiras foi autorizada pela Diretoria em 25 
de março de 2020. Após a sua emissão, somente os Acionistas têm o poder de 
alterar as demonstrações financeiras. Todas as informações relevantes próprias 
das demonstrações financeiras, e somente elas, estão sendo evidenciadas, e 
correspondem àquelas utilizadas pela Administração na sua gestão. b. Moeda 
funcional e moeda de apresentação - As demonstrações financeiras estão 
apresentadas em Reais (R$), que é a moeda funcional da Companhia. Todas 
as informações financeiras apresentadas em Real foram arredondados para 
o milhar mais próximo possível, exceto quando indicado de outra forma. c. 
Uso de estimativas e julgamentos - Na preparação destas demonstrações 
financeiras, a Administração utilizou julgamentos, estimativas e premissas 
que afetam a aplicação das políticas contábeis da Companhia e os valores 
reportados dos ativos, passivos, receitas e despesas. Os resultados reais podem 
divergir dessas estimativas. As estimativas e premissas são revisadas de forma 
continua. As revisões das estimativas são reconhecidas prospectivamente. 
Julgamentos - As informações sobre julgamentos realizados na aplicação 
das políticas contábeis que têm efeitos significativos sobre os valores 
reconhecidos nas demonstrações financeiras estão incluídas nas seguintes 
notas explicativas: · Nota 3.1 - arrendamento: determinação se um contrato 
contém um arrendamento operacional. Incertezas sobre premissas e 
estimativas - As informações sobre as incertezas relacionadas a premissas 
e estimativas que possuem um risco significativo de resultar em um ajuste 
material nos saldos contábeis de ativos e passivos no exercício findo em 
31 de dezembro de 2019 estão incluídas nas seguintes notas explicativas: 
· Nota 7 - critérios para definição de vida útil do imobilizado; · Nota 9 - 
critérios para definição da taxa de desconto; · Nota 12 - reconhecimento 
e mensuração de provisões: principais premissas sobre a probabilidade e a 
magnitude das saídas de recursos; e, · Nota 14 - reconhecimento de receita: 
estimativa da expectativa de devolução. d. Base de mensuração - As 
demonstrações financeiras foram preparadas com base no custo histórico. 3 
Principais políticas contábeis  - A Companhia aplicou as políticas contábeis 
descritas abaixo de maneira consistente a todos os exercícios apresentados 
nessas demonstrações financeiras. 3.1 Mudanças nas principais políticas 
contábeis - O CPC 06 (R2)/IFRS 16 – Operações de arrendamento mercantil, 
substituiu o CPC 06 (R1)/IAS 17 - Operações de arrendamento mercantil e 
correspondentes interpretações. A norma estabeleceu os princípios para o 
reconhecimento, mensuração, apresentação e divulgação de operações de 
arrendamento mercantil, exigindo que os arrendatários contabilizem todos os 
arrendamentos conforme um único modelo de balanço patrimonial, similar à 
contabilização de arrendamentos financeiros nos moldes do CPC 06 (R1), ou 
seja, reconheça ativos representando o direito de uso (imobilizado arrendado) 
e passivos para todos os contratos de arrendamento, a menos que o prazo do 
contrato seja inferior a doze meses ou o valor do ativo objeto do arrendamento 
tenha valor não significativo. Para o arrendador, a contabilização continuará 
segregada entre operacional e financeiro. O CPC 06 (R2)/IFRS 16 também 
exige que os arrendatários e os arrendadores façam divulgações mais 
abrangentes do que as previstas na IAS 17. A Companhia adotou o CPC 06 
(R2) com efeito a partir de 1º de janeiro de 2019, utilizando os expedientes 
práticos para os contratos de arrendamento cujo (i) prazo se encerre em 12 
meses a partir da data da adoção inicial (curto prazo), e o (ii) ativo objeto 
seja de baixo valor, como celulares e impressoras. A adoção do CPC 06 (R2) 
gerou um aumento do ativo, pelo reconhecimento do direito do uso dos ativos 
arrendados (ativo imobilizado arrendado) e o respectivo aumento do passivo, 
conforme conciliação demonstrada a seguir: 
Impactos da adoção inicial 
Terrenos
Pagamentos de arrendamentos mínimos para os contratos 
29.731
Impactos da taxa de desconto 
(4.259)
Ativo de direito de uso 
25.472
Passivo de arrendamento 
25.472
Prazo médio contratual (anos) 
34
Tais contratos serão remensurados nos seus respectivos reajustes contratuais. 
Adicionalmente, as despesas relacionadas aos contratos de arrendamentos 
operacionais estão sendo reconhecidas através da despesa de amortização do 
direito de uso dos ativos e da despesa financeira de juros sobre as obrigações de 
arrendamento. Por fim, a Companhia não espera impactos em sua capacidade 
de cumprir os acordos contratuais de limite máximo de alavancagem em 
empréstimos (covenants). A seguir são demonstrados os impactos no exercício 
findo em 31 de dezembro de 2019 no resultado (considerando os contratos 
identificados mencionados anteriormente):
Impactos na demonstração do resultado 
31/12/2019
Despesas com depreciação e amortização 
(742)
Despesas financeiras 
(159)
Total - impacto na despesa líquida 
(901)
Não há outras normas, alterações de normas e interpretações que não estão 
em vigor que a Companhia espera ter um impacto material decorrente de sua 
aplicação em suas demonstrações contábeis. 3.2 Receitas financeiras e 
despesas financeiras - As receitas e despesas financeiras da Companhia 
compreendem receitas de juros, despesas de juros e variações monetárias. A 
receita de juros é reconhecida no resultado, através do método dos juros efetivos. 
3.3 Imposto de renda e contribuição social - A Companhia apura o imposto 
de renda (IRPJ) e a contribuição social (CSLL) com base no lucro presumido, 
conforme detalhado abaixo: · Lucro presumido - Nesta sistemática, o resultado 
para fins de IRPJ e CSLL da Companhia é calculado aplicando-se sobre a 
receita recebida as alíquotas definidas para essa atividade, que são de 8% e 
12%, respectivamente. Sobre o resultado presumido foram aplicadas as 
alíquotas de imposto de renda e contribuição social vigentes na data do 
encerramento de cada exercício (15% mais adicional de 10% para lucros 
superiores a R$240 anuais para IRPJ, e 9% para CSLL). 3.4 Imobilizado - (i) 
Reconhecimento e mensuração - Itens do imobilizado são mensurados pelo 
custo histórico de aquisição ou construção, que inclui os custos de empréstimos 
capitalizados, deduzido de depreciação acumulada e quaisquer perdas 
acumuladas por redução ao valor recuperável (impairment). Quando partes 
significativas de um item do imobilizado têm diferentes vidas úteis, elas são 
registradas como itens separados (componentes principais) de imobilizado. 
Quaisquer ganhos e perdas na alienação de um item do imobilizado são 
reconhecidos no resultado. (ii) Depreciação - A depreciação é calculada para 
amortizar o custo de itens do ativo imobilizado, líquido de seus valores residuais 
estimados, utilizando o método linear baseado na vida útil estimada dos itens. 
A depreciação é reconhecida no resultado. Ativos arrendados são depreciados 
pelo menor período entre a vida útil estimada do bem e o prazo do contrato, a 
não ser que seja razoavelmente certo que a Companhia obterá a propriedade 
do bem ao final do prazo de arrendamento. (iii) Custos subsequentes - Custos 
subsequentes são capitalizados apenas quando é provável que benefícios 
econômicos futuros associados com os gastos serão auferidos pela Companhia. 
(iv) Provisão para desmobilização - A Companhia assumiu obrigações de 
retirada de ativos decorrentes de exigências contratuais e legais relacionadas 
a arrendamentos do terreno onde o empreendimento eólico está localizado. A 
provisão foi reconhecida do início da operação do parque e foi mensurada a 
seu valor justo, sendo revisada periodicamente. Os custos de desmobilização 
do ativo são capitalizados como parte do valor contábil do ativo relacionado e 
serão depreciados pelo prazo de concessão do parque eólico. 3.5 Redução ao 
valor recuperável (impairment) - Instrumentos financeiros - Quando 
aplicável, a Companhia reconhece provisões para perdas esperadas de crédito 
sobre ativos financeiros mensurados ao custo amortizado. A Companhia 
mensura a provisão para perda em um montante igual à perda de crédito esperada 
para a vida inteira. As provisões para perdas com contas a receber de clientes 
são mensuradas a um valor igual à perda de crédito esperada para a vida inteira 
do instrumento. Ao determinar se o risco de crédito de um ativo financeiro 
aumentou significativamente desde o reconhecimento inicial e ao estimar as 
perdas de crédito esperadas, a Companhia considera informações razoáveis e 
passíveis de suporte que são relevantes e disponíveis sem custo ou esforço 
excessivo. Isso inclui informações e análises quantitativas e qualitativas, com 
base na experiência histórica da Companhia, na avaliação de crédito e 
considerando informações prospectivas (forward-looking), decorrentes de 
fatores macroeconômicos. A Companhia presume que o risco de crédito de um 
ativo financeiro aumentou significativamente se este estiver com mais de 180 
dias de atraso. A Companhia considera um ativo financeiro como inadimplente 
quando: · é pouco provável que o devedor pague integralmente suas obrigações 
de crédito à Companhia, sem recorrer a ações como a realização da garantia 
(se houver alguma). O período máximo considerado na estimativa de perda de 
crédito esperada é o período contratual máximo durante o qual a Companhia 
está exposto ao risco de crédito. Mensuração das perdas de crédito esperadas 
- As perdas de crédito esperadas são estimativas ponderadas pela probabilidade 
de perdas de crédito. As perdas de crédito são mensuradas a valor presente com 
base em todas as insuficiências de caixa (ou seja, a diferença entre os fluxos 
de caixa devidos à Companhia de acordo com o contrato e os fluxos de caixa 
que a Companhia espera receber). Ativos financeiros com problemas de 
recuperação - Em cada data de balanço, a Companhia avalia se os ativos 
financeiros contabilizados pelo custo amortizado estão com problemas de 
recuperação. Um ativo financeiro possui “problemas de recuperação” quando 
ocorrem um ou mais eventos com impacto prejudicial nos fluxos de caixa 
futuros estimados do ativo financeiro. Evidência objetiva de que ativos 
financeiros tiveram problemas de recuperação inclui os seguintes dados 
observáveis: · dificuldades financeiras significativas do emissor; · quebra de 
cláusulas contratuais, tais como inadimplência; · reestruturação de um valor 
devido à Companhia em condições que não seriam aceitas em condições 
normais; · a probabilidade que o devedor entrará em falência ou passará por 
outro tipo de reorganização financeira; ou, · o desaparecimento de mercado 
ativo para o título por causa de dificuldades financeiras. Apresentação da 
provisão para perdas de crédito esperadas no balanço patrimonial - A 
provisão para perdas para ativos financeiros mensurados pelo custo amortizado 
é deduzida do valor contábil bruto dos ativos. Baixa - O valor contábil bruto 
de um ativo financeiro é baixado quando a Companhia não tem expectativa 
razoável de recuperar o ativo financeiro em sua totalidade ou em parte. No 
entanto, os ativos financeiros baixados podem ainda estar sujeitos à execução 
de crédito para o cumprimento dos procedimentos da Companhia para a 
recuperação dos valores devidos. Ativos financeiros não derivativos - Ativos 
financeiros não classificados como ativos financeiros ao valor justo por meio 
do resultado eram avaliados em cada data de balanço para determinar se havia 
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XII Nº070  | FORTALEZA, 06 DE ABRIL DE 2020

                            

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