DOE 22/04/2020 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            resultados advindos de uma elevação na taxa CDI de 25% e 50% em relação 
ao cenário base, considerados como Cenário I e II, respectivamente, para:
 
31/12/2019
 
Valor 
Contábil
Cenário 
Base CDI 
3,99%
Cenário 
I CDI 
4,99%
Cenário 
II CDI 
5,99%
Ativo
 
 
 
 
Aplicações financeiras 
(Notas nos 3 e 4)
13.106
13.629
13.760
13.891
Ativo líquido exposto
13.106
13.629
13.760
13.891
Efeito no resultado
523
654
785
 
31/12/2019
 
Valor 
Contábil
Cenário 
Base TJLP 
5,03%
Cenário 
I TJLP 
6,29%
Cenário 
II TJLP 
7,55%
Passivo
 
 
 
Financiamentos (Nota no 8)
(46.429)
(48.764)
(49.349)
(49.934)
Passivo líquido exposto
(46.429)
(48.764)
(49.349)
(49,934)
Efeito no resultado
(2.335)
(2.920)
(3.505)
Efeito líquido da variação 
das taxas de juros
(1.812)
(2.266)
(2.720)
Risco de liquidez: A Companhia apresenta uma geração de caixa 
suficiente para cobrir suas exigências de caixa vinculadas às suas 
atividades operacionais. A acionista da Companhia faz a administração 
do risco de liquidez, com um conjunto de metodologias, procedimentos 
e instrumentos coerentes com a complexidade do negócio e aplicados 
no controle permanente dos processos financeiros, a fim de se garantir o 
adequado gerenciamento dos riscos. A acionista da Companhia administra 
o risco de liquidez acompanhando permanentemente o seu fluxo de caixa, 
numa visão orçamentária, que projeta os saldos mensalmente, para cada 
uma das operações, em um período de 12 meses, e de liquidez diária, que 
projeta os saldos diariamente para 180 dias. As alocações de curto prazo 
obedecem, igualmente, a princípios rígidos manejando seus recursos em 
instituições financeiras de primeira linha, aplicados diretamente em CDB’s 
ou operações compromissadas remuneradas pela taxa CDI. Na gestão das 
aplicações, a empresa busca obter rentabilidade nas operações a partir de 
uma rígida análise de crédito bancário, observando limites operacionais com 
bancos baseados em avaliações que levam em conta ratings, exposições e 
patrimônio. Busca também retorno trabalhando no alongamento de prazos 
das aplicações, sempre com base na premissa principal, que é o controle 
da liquidez. O fluxo de pagamentos das obrigações da Companhia, com 
dívidas pactuadas com fornecedores e financiamentos, pós e pré-fixadas, 
incluindo os juros futuros até a data dos vencimentos contratuais, podem 
ser observadas na tabela abaixo:
 Instrumentos  
Financeiros
Até
De 1 a
De 3 
meses
De 1 a
Mais 
de
 
1 mês 3 meses a 1 ano
5 anos
5 anos
Total
 à taxa de Juros:
 
 
 
 
 
 
- Pós-Fixadas
 
 
 
 
 
 
Fornecedores
325
-
-
-
-
325
Financiamentos
155
313
1.491
9.417 35.053 46.429
 
480
313
1.491
9.417 35.053 46.754
Risco de crédito: Atualmente, os recebíveis da Companhia advêm 
de contratos firmados com seus acionistas (partes relacionadas) ou da 
liquidação no mercado de curto prazo. Na liquidação do contrato de venda 
de energia com acionistas entende-se que o risco de crédito é mitigado 
pelo interesse intrínseco da parte envolvida. Com relação às liquidações no 
mercado de curto prazo, o controle é feito pela própria CCEE que centraliza 
as operações dos principais agentes setoriais. Dessa forma, o risco 
decorrente da possibilidade de a Companhia incorrer em perdas, advindas 
da dificuldade de recebimento dos valores faturados a seus clientes, é 
considerado baixo. A Companhia faz um acompanhamento, buscando 
reduzir a inadimplência, de forma individual, junto aos seus consumidores. 
Também são estabelecidas negociações que viabilizem o recebimento dos 
créditos eventualmente em atraso. No que se refere ao risco decorrente da 
possibilidade de a Companhia incorrer em perdas, advindas da decretação 
de insolvência de instituição financeira em que mantenha depósitos é baixa, 
haja visto que a Companhia investe apenas em instituições de primeira 
linha e realiza uma criteriosa análise do risco associado a estas instituições, 
bem como ao risco associado aos produtos financeiros nos quais aplica. 
A Companhia tem acesso às avaliações de risco de seus acionistas no que 
diz respeito às contrapartes de instituições financeiras, estas análises são 
também realizadas com base nas políticas internas aprovadas pelos seus 
respectivos fóruns de definição de estratégias para gerenciamento dos 
riscos financeiros. A Companhia avalia e dimensiona, além dos riscos de 
crédito das instituições, o risco de liquidez, o risco de mercado da carteira 
de investimentos e o risco operacional da tesouraria. Todas as aplicações 
são realizadas em títulos financeiros que têm características de renda fixa, 
em sua maioria atrelados ao CDI. A Companhia não realiza operações 
que incorporem risco de volatilidade em suas demonstrações financeiras. 
O valor contábil dos ativos financeiros representa a exposição máxima do 
crédito. A exposição máxima ao risco de crédito é a seguinte:
31/12/2019 31/12/2018
Caixa e equivalentes de caixa
8.293
6.716
Aplicações financeiras
4.830
3.121
Contas a receber
9.395
5.789
Total da exposição
22.518
15.626
Risco de escassez de vento: Esse risco decorre da possibilidade da 
falta de vento ocasionada por fatores naturais, o qual é minimizado 
em função das “jazidas de vento” do Brasil estarem entre as melhores 
do mundo, pois, além de contar com alta velocidade, os ventos são 
consideráveis bens estáveis, diferentes de certas regiões da Ásia e 
dos Estados Unidos, sujeitas a ciclones, tufões e outras turbulências.
17 - Cobertura de seguros: Em 31 de dezembro de 2019, a Companhia 
possuía cobertura de seguros contra riscos operacionais no montante de 
R$107.351 e de responsabilidade civil no montante de R$7.020, os quais 
a Administração entende que as coberturas representam valores suficientes 
para cobrir eventuais perdas. As premissas de riscos adotados, devida à sua 
natureza, não fazem parte do escopo de uma auditoria de demonstrações 
financeiras, consequentemente não foram auditadas pelos nossos auditores 
independentes. 18 - Compromissos: Em 31 de dezembro de 2019, a 
Companhia possuía os seguintes compromissos assumidos: Compromissos 
referentes à implantação do Projeto Eólico: a) A Companhia assinou em 
2017 um contrato para operação e manutenção de seus aerogeradores por 
dez anos, o qual resultará em uma despesa total de R$11.859. Compromissos 
referentes à operação do empreendimento: A Companhia possui ainda 
contratos de arrendamento com os proprietários das terras onde seus ativos 
estão sendo implementados, estes arrendamentos preveem o pagamento 
de 1,5% da receita líquida por aerogerador implantado no terreno do 
arrendatário. A expectativa de desembolsos com a referida obrigação é 
apresentada conforme segue:
Ano
R$
2020
278
2021
288
2022
299
2022 a 2046
11.492
19 - Informações complementares ao fluxo de caixa: As principais 
transações que não afetaram o caixa foram as seguintes:
Objeto
31/12/2019 31/12/2018
Aumento de capital através de mútuos e AFACs
-
6.797
Reversão de provisão para compromisso futuro 
- licença de operação
8
-
Provisão para compromisso futuro - licença de 
operação
-
2
Diretoria:
Humberto de Oliveira Barbosa - Diretor Técnico
José Cleber Teixeira - Diretor Administrativo
Responsável Técnico: Rafael Lisboa Fernandes
Contador CRC/MG - 105611/O-3 
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Aos Conselheiros e Diretores da Central Eólica Santo Inácio IV S.A. - lcapuí - CE. Opinião: Examinamos as demonstrações financeiras da Central Eólica 
Santo Inácio IV S.A. (Companhia), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2019 e as respectivas demonstrações do resultado, 
do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas 
explicativas, compreendendo as políticas contábeis significativas e outras informações elucidativas. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima 
referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Central Eólica Santo Inácio IV S.A. em 31 de 
dezembro de 2019, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas 
no Brasil. Base para opinião: Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em 
conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada “Responsabilidades dos auditores pela auditoria das demonstrações financeiras”. 
Somos independentes em relação à Companhia, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas 
normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. 
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Ênfase - Transações com partes relacionadas: 
Chamamos a atenção para o fato que parte substancial das operações de venda de energia da Companhia é realizada com partes relacionadas, conforme 
descrito na Nota Explicativa nº 12 às demonstrações financeiras. Portanto, as demonstrações financeiras acima referidas devem ser lidas neste contexto. 
Nossa opinião não está ressalvada em relação a esse assunto. Outras informações que acompanham as demonstrações financeiras e o relatório dos 
auditores: A administração da Companhia é responsável por essas outras informações que compreendem o Relatório da Administração. Nossa opinião sobre 
as demonstrações financeiras não abrange o Relatório da Administração e não expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria sobre esse relatório. 
Em conexão com a auditoria das demonstrações financeiras, nossa responsabilidade é a de ler o Relatório da Administração e, ao fazê-lo, considerar se 
esse relatório está, de forma relevante, inconsistente com as demonstrações financeiras ou com nosso conhecimento obtido na auditoria ou, de outra forma, 
aparenta estar distorcido de forma relevante. Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que há distorção relevante no Relatório da Administração, somos 
requeridos a comunicar esse fato. Não temos nada a relatar a este respeito. Responsabilidades da administração e da governança a pelas demonstrações 
financeiras: A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis 
adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de 
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XII Nº082  | FORTALEZA, 22 DE ABRIL DE 2020

                            

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