DOE 22/04/2020 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            31/12/2019
31/12/2018
Categoria dos instrumentos 
financeiros
Nível
Con- 
tábil 
Valor 
justo
Con- 
tábil 
Valor 
justo
Contas a receber
2
6.122
6.122
3.100
3.100
Outros valores a receber de partes
 relacionadas
2
814
814
580
580
25.520 25.520 23.658 23.658
Passivos financeiros:
Avaliados ao custo amortizado
Fornecedores
2
1.444
1.444
4.573
4.573
Financiamentos 
2
60.292 80.995 63.460 90.006
Outros passivos com partes 
relacionadas
2
-
-
-
-
61.736 82.439 68.033 94.579
Métodos e técnicas de avaliação: A Companhia entende que valor 
justo de contas a receber e fornecedores, por possuir a maior parte 
dos seus vencimentos no curto prazo, já está refletido em seu valor 
contábil. Assim como os saldos de caixa e equivalentes de caixa e 
aplicações financeiras mantidas até o vencimento entende-se que o 
seu valor justo é similar ao valor contábil registrado, pois estes têm 
taxas de juros indexadas à curva DI (Depósitos Interfinanceiros) que 
reflete as variações das condições de mercado. Para os financiamentos, 
a Companhia mensura o valor justo através do valor presente dos fluxos 
projetados considerando as características contratuais de cada operação. 
A metodologia adotada consiste em calcular o valor presente dos fluxos 
futuros das dívidas. Risco de taxa de juros: A Companhia está exposta 
ao risco de elevação da taxa de juros, em 31 de dezembro de 2019. Esta 
exposição ocorre em função do passivo de Financiamentos (Nota no 9) 
indexado à variação do TJLP. As aplicações financeiras da Companhia 
foram alocadas em CDBs, rentabilizadas pelos CDI, reduzindo a exposição 
líquida em 31 de dezembro de 2019. Adicionalmente, a totalidade dos 
contratos de venda de energia em vigor possui cláusula de reajuste 
inflacionário, com aplicação de IPCA, o que representa um hedge natural 
de longo prazo para as dívidas e as obrigações indexadas a índices atrelados 
à aceleração inflacionária, caso das dívidas vinculadas ao TJLP. Análise de 
sensibilidade: No que se refere ao risco de elevação da taxa de juros mais 
relevante, os consultores econômicos da Companhia estimam que, em um 
cenário provável em 31 de dezembro de 2020, a TJLP acumulada para os 
financiamentos será de 5,03%, e para as aplicações financeiras o CDI será de 
3,99%. A Companhia realizou uma análise de sensibilidade dos efeitos nos 
resultados advindos de uma elevação na taxa CDI de 25% e 50% em relação 
ao cenário base, considerados como Cenário I e II, respectivamente, para:
 
31/12/2019
 
Valor 
Contábil
Cenário 
Base CDI 
3,99%
Cenário I 
CDI 3,99%
Cenário II 
CDI 5,99%
Ativo
 
 
 
 
Aplicações 
financeiras (notas 
nº 3 e 4)
18.556
19.296
19.482
19.668
Ativo líquido 
exposto
18.556
19.296
19.482
19.668
Efeito no resultado
740
926
1.112
 
31/12/2019
 
Valor 
Contábil
Cenário 
Base TJLP 
5,03%
Cenário 
I TJLP 
6,29%
Cenário 
II TJLP 
7,55%
Passivo
 
 
 
 
Financiamentos (nota 
no 9)
60.292
63.325
64.084
64.844
Passivo líquido 
exposto
60.292
63.325
64.084
64.844
Efeito no resultado
3.033
3.792
4.552
Efeito líquido da 
variação das taxas
 de juros
3.773
4.718
5.664
Risco de liquidez: A Companhia apresenta uma geração de caixa 
suficiente para cobrir suas exigências de caixa vinculadas às suas 
atividades operacionais. A acionista da Companhia faz a administração 
do risco de liquidez, com um conjunto de metodologias, procedimentos 
e instrumentos coerentes com a complexidade do negócio e aplicados 
no controle permanente dos processos financeiros, a fim de se garantir o 
adequado gerenciamento dos riscos. A acionista da Companhia administra 
o risco de liquidez acompanhando permanentemente o seu fluxo de caixa, 
numa visão orçamentária, que projeta os saldos mensalmente, para cada 
uma das operações, em um período de 12 meses, e de liquidez diária, que 
projeta os saldos diariamente para 180 dias. As alocações de curto prazo 
obedecem, igualmente, a princípios rígidos manejando seus recursos em 
instituições financeiras de primeira linha, aplicados diretamente em CDB’s 
ou operações compromissadas remuneradas pela taxa CDI. Na gestão das 
aplicações, a empresa busca obter rentabilidade nas operações a partir de 
uma rígida análise de crédito bancário, observando limites operacionais com 
bancos baseados em avaliações que levam em conta ratings, exposições e 
patrimônio. Busca também retorno trabalhando no alongamento de prazos 
das aplicações, sempre com base na premissa principal, que é o controle 
da liquidez. O fluxo de pagamentos das obrigações da Companhia, com 
dívidas pactuadas com fornecedores e financiamentos, pós e préfixadas, 
incluindo os juros futuros até a data dos vencimentos contratuais, para 
controladora e consolidado, podem ser observadas na tabela abaixo:
 
Até
De 1 
a 3
De 3 
meses
De 1 
a 5
Mais 
de
 
 
1 mês
meses
a 1 ano
anos 5 anos
Total
Instrumentos 
financeiros
 à taxa de Juros:
 
 
 
 
 
 
- Pós-Fixadas
 
 
 
 
 
 
Fornecedores
1.444
-
-
-
-
1.444
Financiamentos
201
404
1.732 12.230 45.725 60.292
 
1.645
404
1.732 12.230 45.725 61.736
Risco de crédito: Atualmente, os recebíveis da Companhia advêm 
de contratos firmados com seus acionistas (partes relacionadas) ou da 
liquidação no mercado de curto prazo. Na liquidação do contrato de venda 
de energia com acionistas entende-se que o risco de crédito é mitigado 
pelo interesse intrínseco da parte envolvida. Com relação às liquidações no 
mercado de curto prazo, o controle é feito pela própria CCEE que centraliza 
as operações dos principais agentes setoriais. Dessa forma, o risco 
decorrente da possibilidade de a Companhia incorrer em perdas, advindas 
da dificuldade de recebimento dos valores faturados a seus clientes, é 
considerado baixo. A Companhia faz um acompanhamento, buscando 
reduzir a inadimplência, de forma individual, junto aos seus consumidores. 
Também são estabelecidas negociações que viabilizem o recebimento dos 
créditos eventualmente em atraso. No que se refere ao risco decorrente da 
possibilidade de a Companhia incorrer em perdas, advindas da decretação 
de insolvência de instituição financeira em que mantenha depósitos é baixa, 
haja visto que a Companhia investe apenas em instituições de primeira 
linha e realiza uma criteriosa análise do risco associado a estas instituições, 
bem como ao risco associado aos produtos financeiros nos quais aplica. 
A Companhia tem acesso às avaliações de risco de seus acionistas no que 
diz respeito às contrapartes de instituições financeiras, estas análises são 
também realizadas com base nas políticas internas aprovadas pelos seus 
respectivos fóruns de definição de estratégias para gerenciamento dos 
riscos financeiros. A Companhia avalia e dimensiona, além dos riscos de 
crédito das instituições, o risco de liquidez, o risco de mercado da carteira 
de investimentos e o risco operacional da tesouraria. Todas as aplicações 
são realizadas em títulos financeiros que têm características de renda fixa, 
em sua maioria atrelados ao CDI. A Companhia não realiza operações 
que incorporem risco de volatilidade em suas demonstrações financeiras. 
O valor contábil dos ativos financeiros representa a exposição máxima do 
crédito. A exposição máxima ao risco de crédito é a seguinte:
31/12/2019 31/12/2018
Caixa e equivalentes de caixa
13.186
16.090
Aplicações financeiras
5.398
3.888
Contas a receber
6.122
3.100
Total da exposição
24.706
23.078
Risco de escassez de vento: Esse risco decorre da possibilidade da falta de vento 
ocasionada por fatores naturais, o qual é minimizado em função das “jazidas de 
vento” do Brasil estarem entre as melhores do mundo, pois, além de contar com alta 
velocidade, os ventos são consideráveis bens estáveis, diferentes de certas regiões 
da Ásia e dos Estados Unidos, sujeitas a ciclones, tufões e outras turbulências. 
18 - Cobertura de seguros: Em 31 de dezembro de 2019, a Companhia possuía 
cobertura de seguros contra riscos operacionais no montante de R$107.351 e de 
responsabilidade civil no montante de R$7.020, os quais a Administração entende 
que as coberturas representam valores suficientes para cobrir eventuais perdas. As 
premissas de riscos adotados, devida à sua natureza, não fazem parte do escopo 
de uma auditoria de demonstrações financeiras, consequentemente não foram 
auditadas pelos nossos auditores independentes. 19 - Compromissos: Em 31 de 
dezembro de 2019, a Companhia possuía os seguintes compromissos assumidos: 
Compromissos referentes à implantação do Projeto Eólico: a) A Companhia 
assinou em 2017 um contrato para operação e manutenção de seus aerogeradores 
por dez anos, o qual resultará em uma despesa total de R$11.859. Compromissos 
referentes à operação do empreendimento: A Companhia possui ainda contratos 
de arrendamento com os proprietários das terras onde seus ativos estão sendo 
implementados, estes arrendamentos preveem o pagamento de 1,5% da receita 
líquida por aerogerador implantado no terreno do arrendatário. A expectativa 
de desembolsos com a referida obrigação é apresentada conforme segue:
Ano
R$
2020
275
2021
285
2022
296
2023 a 2046
11.363
20 - Informações complementares ao fluxo de caixa: As principais 
transações que não afetaram o caixa foram as seguintes:
Objeto
31/12/2019 31/12/2018
Compra de ativo imobilizado
-
3.485
Aumento de capital através de mútuos e AFACs
-
12.067
Adição de provisão para compromissos futuros 
- desmobilização
2.848
-
Provisão para compromissos futuros - licença 
de operação
-
36
Diretoria:
Humberto de Oliveira Barbosa - Diretor Técnico
José Cleber Teixeira - Diretor Administrativo
Responsável Técnico: Rafael Lisboa Fernandes 
Contador CRC/MG - 105611/O-3
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XII Nº082  | FORTALEZA, 22 DE ABRIL DE 2020

                            

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