DOE 22/04/2020 - Diário Oficial do Estado do Ceará
considerados como Cenário I e II, respectivamente, para:
31/12/2019
Valor
Contábil
Cenário
Base CDI
3,99%%
Cenário
I CDI
4,99%
Cenário
II CDI
5,99%
Ativo
Aplicações financeiras
(Notas nº 3 e 4)
11.778
12.248
12.366
12.484
Ativo líquido exposto
11.778
12.248
12.366
12.484
Efeito no resultado
470
588
706
31/12/2019
Valor
Contábil
Cenário
Base TJLP
5,03%
Cenário
I TJLP
6,29%
Cenário
II TJLP
7,55%
Passivo
Financiamentos (Nota nº 8)
46.512
48.852
49.438
50.024
Passivo líquido exposto
46.512
48.852
49.438
50.024
Efeito no resultado
2.340
2.926
3.512
Efeito líquido da variação
das taxas de juros
2.810
3.514
4.218
Risco de liquidez: A Companhia apresenta uma geração de caixa
suficiente para cobrir suas exigências de caixa vinculadas às suas
atividades operacionais. A acionista da Companhia faz a administração
do risco de liquidez, com um conjunto de metodologias, procedimentos
e instrumentos coerentes com a complexidade do negócio e aplicados
no controle permanente dos processos financeiros, a fim de se garantir o
adequado gerenciamento dos riscos. A acionista da Companhia administra
o risco de liquidez acompanhando permanentemente o seu fluxo de caixa,
numa visão orçamentária, que projeta os saldos mensalmente, para cada
uma das operações, em um período de 12 meses, e de liquidez diária, que
projeta os saldos diariamente para 180 dias. As alocações de curto prazo
obedecem, igualmente, a princípios rígidos manejando seus recursos em
instituições financeiras de primeira linha, aplicados diretamente em CDB’s
ou operações compromissadas remuneradas pela taxa CDI. Na gestão das
aplicações, a empresa busca obter rentabilidade nas operações a partir de
uma rígida análise de crédito bancário, observando limites operacionais com
bancos baseados em avaliações que levam em conta ratings, exposições e
patrimônio. Busca também retorno trabalhando no alongamento de prazos
das aplicações, sempre com base na premissa principal, que é o controle
da liquidez. O fluxo de pagamentos das obrigações da Companhia, com
dívidas pactuadas com fornecedores e financiamentos, pós e pré-fixadas,
incluindo os juros futuros até a data dos vencimentos contratuais, podem
ser observadas na tabela abaixo:
Até
1
mês
De 1
a 3
meses
De 3
meses a 1
ano
De 1 a
5 anos
Mais
de 5
anos
Total
Instrumentos financei-
ros à taxa de Juros:
- Pós-Fixadas
Fornecedores
206
-
-
-
-
206
Financiamentos
155
314
1.494
9.433 35.116 46.512
361
314
1.494
9.433 35.116 46.718
Risco de crédito: Atualmente, os recebíveis da Companhia advêm
de contratos firmados com seus acionistas (partes relacionadas) ou da
liquidação no mercado de curto prazo. Na liquidação do contrato de venda
de energia com acionistas entende-se que o risco de crédito é mitigado
pelo interesse intrínseco da parte envolvida. Com relação às liquidações no
mercado de curto prazo, o controle é feito pela própria CCEE que centraliza
as operações dos principais agentes setoriais. Dessa forma, o risco
decorrente da possibilidade de a Companhia incorrer em perdas, advindas
da dificuldade de recebimento dos valores faturados a seus clientes, é
considerado baixo. A Companhia faz um acompanhamento, buscando
reduzir a inadimplência, de forma individual, junto aos seus consumidores.
Também são estabelecidas negociações que viabilizem o recebimento dos
créditos eventualmente em atraso. No que se refere ao risco decorrente da
possibilidade de a Companhia incorrer em perdas, advindas da decretação
de insolvência de instituição financeira em que mantenha depósitos é baixa,
haja visto que a Companhia investe apenas em instituições de primeira
linha e realiza uma criteriosa análise do risco associado a estas instituições,
bem como ao risco associado aos produtos financeiros nos quais aplica.
A Companhia tem acesso às avaliações de risco de seus acionistas no que
diz respeito às contrapartes de instituições financeiras, estas análises são
também realizadas com base nas políticas internas aprovadas pelos seus
respectivos fóruns de definição de estratégias para gerenciamento dos
riscos financeiros. A Companhia avalia e dimensiona, além dos riscos de
crédito das instituições, o risco de liquidez, o risco de mercado da carteira
de investimentos e o risco operacional da tesouraria. Todas as aplicações
são realizadas em títulos financeiros que têm características de renda fixa,
em sua maioria atrelados ao CDI. A Companhia não realiza operações
que incorporem risco de volatilidade em suas demonstrações financeiras.
O valor contábil dos ativos financeiros representa a exposição máxima do
crédito. A exposição máxima ao risco de crédito é a seguinte:
31/12/2019 31/12/2018
Caixa e equivalentes de caixa
6.964
5.469
Aplicações financeiras
4.833
3.125
Contas a receber
10.100
7.099
Total da exposição
21.897
15.693
Risco de escassez de vento: Esse risco decorre da possibilidade da falta
de vento ocasionada por fatores naturais, o qual é minimizado em função
das “jazidas de vento” do Brasil estarem entre as melhores do mundo,
pois, além de contar com alta velocidade, os ventos são consideráveis bens
estáveis, diferentes de certas regiões da Ásia e dos Estados Unidos, sujeitas a
ciclones, tufões e outras turbulências. 17 - Cobertura de seguros: Em 31 de
dezembro de 2019, a Companhia possuía cobertura de seguros contra riscos
operacionais no montante de R$ 107.351 e de responsabilidade civil no
montante de R$ 7.020, os quais a Administração entende que as coberturas
representam valores suficientes para cobrir eventuais perdas. As premissas
de riscos adotados, devida à sua natureza, não fazem parte do escopo de
uma auditoria de demonstrações financeiras, consequentemente não foram
auditadas pelos nossos auditores independentes. 18 - Compromissos: Em
31 de dezembro de 2019, a Companhia possuía os seguintes compromissos
assumidos: Compromissos referentes à implantação do Projeto Eólico: a)
A Companhia assinou em 2017 um contrato para operação e manutenção
de seus aerogeradores por dez anos, o qual resultará em uma despesa total
de R$11.859. Compromissos referentes à operação do empreendimento: A
Companhia possui ainda contratos de arrendamento com os proprietários
das terras onde seus ativos estão sendo implementados, estes arrendamentos
preveem o pagamento de 1,5% da receita líquida por aerogerador
implantado no terreno do arrendatário. A expectativa de desembolsos com
a referida obrigação é apresentada conforme segue:
Ano
R$
2020
278
2021
288
2022
299
2023 a 2046
11.492
19 - Informações complementares ao fluxo de caixa: As principais
transações que não afetaram o caixa foram as seguintes:
Objeto
31/12/2019 31/12/2018
Compra de ativo imobilizado
-
-
Aumento de capital através de mútuos e AFACs
-
6.847
Reversão provisão para compromisso futuro
– Licenças ambientais
3
-
Provisão para compromisso futuro - licença
de operação
-
6
Diretoria:
Humberto de Oliveira Barbosa - Diretor Técnico
José Cleber Teixeira - Diretor Administrativo
Responsável Técnico: Rafael Lisboa Fernandes
Contador CRC/MG - 105611/O-3
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Aos Conselheiros e Diretores da Central Eólica Garrote S.A. - lcapuí-
CE. Opinião: Examinamos as demonstrações financeiras da Central Eólica
Garrote S.A. (Companhia), que compreendem o balanço patrimonial em
31 de dezembro de 2019 e as respectivas demonstrações do resultado, do
resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de
caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas
explicativas, compreendendo as políticas contábeis significativas e outras
informações elucidativas. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras
acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes,
a posição patrimonial e financeira da Central Eólica Garrote S.A. em 31 de
dezembro de 2019, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de
caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis
adotadas no Brasil. Base para opinião: Nossa auditoria foi conduzida de
acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas
responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na
seção a seguir intitulada “Responsabilidades dos auditores pela auditoria das
demonstrações financeiras”. Somos independentes em relação à Companhia,
de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética
Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho
Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades
éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de
auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
Ênfase - Transações com partes relacionadas: Chamamos a atenção
para o fato que parte substancial das operações de venda de energia da
Companhia é realizada com partes relacionadas, conforme descrito na nota
explicativa nº 12 às demonstrações financeiras. Portanto, as demonstrações
financeiras acima referidas devem ser lidas neste contexto. Nossa opinião
não está ressalvada em relação a esse assunto. Outras informações que
acompanham as demonstrações financeiras e o relatório dos auditores:
A administração da Companhia é responsável por essas outras informações
que compreendem o Relatório da Administração. Nossa opinião sobre
as demonstrações financeiras não abrange o Relatório da Administração
e não expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria sobre esse
relatório. Em conexão com a auditoria das demonstrações financeiras,
nossa responsabilidade é a de ler o Relatório da Administração e, ao fazê-
lo, considerar se esse relatório está, de forma relevante, inconsistente
com as demonstrações financeiras ou com nosso conhecimento obtido na
auditoria ou, de outra forma, aparenta estar distorcido de forma relevante.
Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que há distorção
relevante no Relatório da Administração, somos requeridos a comunicar
esse fato. Não temos nada a relatar a este respeito. Responsabilidades
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO | SÉRIE 3 | ANO XII Nº082 | FORTALEZA, 22 DE ABRIL DE 2020
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