DOE 23/04/2020 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            CSP - Companhia Siderúrgica do Pecém 
iii) Reversão de impairment e reavaliação da alocação de preço de 
compra da Vale Pecém
Após a aquisição e incorporação da Vale Pecém, ainda no período de 12 
meses após a data de aquisição, a Companhia identificou uma necessidade 
de reavaliação do impairment reconhecido pela Vale Pecém em períodos 
anteriores no montante de R$109.747. Por este motivo, a Companhia 
contratou um especialista independente para avaliar o valor justo dos ativos 
da Vale Pecém. Baseado na análise do valor justo, a Companhia identificou 
a necessidade de reverter o impairment reconhecido anteriormente no 
montante de R$93.043. Uma vez que a Vale Pecém foi incorporada, a 
Companhia reconheceu a correção diretamente em suas demonstrações 
financeiras, eliminando o ágio na aquisição societária no valor de R$29.086 
e reconhecendo um ganho pela compra vantajosa na demonstração de 
resultado no montante de R$63.958. Em 30 de setembro de 2019, a avaliação 
do valor justo dos ativos identificáveis adquiridos e dos passivos assumidos 
na combinação de negócios foi concluída, sendo os ativos e passivos 
avaliados em R$177.073. Os ativos adquiridos e passivos assumidos na data 
de aquisição após a avaliação ao valor justo estão descritos abaixo:
ATIVO 
 
PASSIVO 
   
 
 
Caixa e equivalentes de caixa 
204 
Fornecedores 
48
Tributos a recuperar 
2 
Obrigações tributárias 
3
Imobilizado 
176.815 
Obrigações sociais 
5
Intangível 
108 
Total dos passivos 
56
Total dos ativos 
177.128 
 
Ativos adquiridos, líquido 
177.073 
 
A seguir a alocação do preço no momento da aquisição:
Preço de aquisição 
113.115
Ativos adquiridos, líquido 
177.073
Ganho com compra vantajosa 
  63.958
2. Base de Preparação
2.1. Declaração de conformidade 
As demonstrações financeiras foram preparadas conforme as práticas 
contábeis adotadas no Brasil incluindo os pronunciamentos emitidos 
pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e com as Normas 
Internacionais de Contabilidade (IFRS) emitidas pela International 
Accounting Standards Board (IASB).
2.2. Base de elaboração
As demonstrações financeiras foram elaboradas com base no custo histórico, 
exceto por determinados instrumentos financeiros mensurados pelos seus 
valores justos, conforme descrito nas práticas contábeis. O custo histórico é 
baseado no valor justo das contraprestações pagas em troca de ativos.
3. Moeda Funcional e Moeda de Apresentação
As demonstrações financeiras da Companhia são apresentadas em real (R$), 
que é a moeda funcional e de apresentação. 
4. Uso de Estimativas e Julgamentos
A preparação de demonstrações financeiras requer o uso de certas 
estimativas contábeis, críticas e também o exercício de julgamento por parte 
da Administração da Companhia no processo de aplicação das políticas 
contábeis. As estimativas e as respectivas premissas estão baseadas na 
experiência histórica e em outros fatores considerados relevantes. Os 
resultados reais desses valores contábeis podem diferir dessas estimativas.
As estimativas e premissas a seguir descritas são revisadas continuamente. 
Os efeitos decorrentes das revisões feitas nas estimativas contábeis são 
reconhecidos no exercício ou período em que as estimativas são revistas se 
a revisão afetar apenas este exercício ou período, ou também em exercícios 
ou períodos subsequentes se a revisão afetar os resultados futuros. Os temas 
que requerem maior nível de julgamento e possuem maior complexidade, 
bem como aqueles cujas premissas e estimativas são significativas para as 
demonstrações financeiras, estão abaixo divulgados.
a) Estimativas
As estimativas e premissas são revisadas de forma contínua. As revisões das 
estimativas são reconhecidas prospectivamente. • Nota explicativa nº 11 - Valor 
residual e a vida útil estimada do ativo imobilizado; • Nota explicativa nº 11 
- Teste de redução ao valor recuperável: principais premissas em relação aos 
valores recuperáveis; • Nota explicativa nº 15 - Determinação do prazo de 
arrendamento em contratos que possuam clausulas de renovação; • Nota ex-
plicativa nº 17 - Provisões estimadas com base em obrigações contratuais e 
expectativa de pagamento de outras remunerações; • Nota explicativa nº 17 - 
Provisões para riscos trabalhistas; • Nota explicativa nº 24 - Instrumentos finan-
ceiros; os valores justos e o acréscimo de quaisquer custos de transação dire-
tamente atribuíveis aos ativos e passivos financeiros. • Nota explicativa nº 24 
- Instrumentos financeiros; a Provisão para Créditos de Liquidação Du 
vidosa 
(PCLD) quando efetivamente realizadas podem divergir dessas estimativas.
5. Principais Políticas Contábeis
A Companhia aplicou as políticas contábeis descritas abaixo de maneira 
consistente a todos os exercícios apresentados nestas demonstrações 
financeiras.
a) Transações e saldos em moeda estrangeira
Uma transação em moeda estrangeira deve ser reconhecida contabilmente, 
no momento inicial, pela moeda funcional, mediante a aplicação da taxa de 
câmbio à vista entre a moeda funcional e a moeda estrangeira, na data da 
transação, sobre o montante em moeda estrangeira e mensurados nas datas da 
avaliação. Ativos e passivos monetários denominados e apurados em moedas 
estrangeiras na data do balanço são reconvertidos para a moeda funcional à 
taxa de câmbio naquela data. Os ganhos e as perdas cambiais relacionados 
aos itens monetários são apresentados na demonstração do resultado como 
receita ou despesa financeira. Itens não monetários que são mensurados com 
base no custo histórico em moeda estrangeira são convertidos pela taxa de 
câmbio na data da transação. Os itens não monetários que são mensurados 
pelo valor justo em moeda estrangeira devem ser convertidos, usando-se as 
taxas de câmbio vigentes nas datas em que o valor justo tiver sido mensurado.
b) Caixa e equivalentes de caixa
Caixa e equivalentes de caixa compreendem numerários em espécie, 
depósitos bancários e aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez 
e prontamente conversíveis em montante conversível de caixa e sujeitos a 
um risco insignificante de mudança de valor. Os equivalentes de caixa são 
mantidos com a finalidade de atender a compromissos de caixa de curto 
prazo e, não, para investimentos ou outros propósitos.
c) Contas a receber
Os recebíveis são reconhecidos inicialmente pelo valor justo e 
subsequentemente mensurados pelo custo amortizado, líquido da reserva 
esperada de perdas de crédito, quando aplicável. Contas a receber são 
instrumentos financeiros classificados na categoria custo amortizado e 
representam o valor total devido pela venda de produtos.
d) Ajuste ao valor presente de ativos e passivos
Os ativos e passivos monetários são ajustados a seu valor presente no 
registro inicial da transação, levando em consideração os fluxos de caixa 
contratuais, as taxas de juros explícitas ou implícitas, tendo como base as 
taxas praticadas no mercado para transações semelhantes às da Companhia 
para os respectivos ativos e passivos. Posteriormente, esses efeitos são 
realizados nas linhas de receitas ou despesas financeiras, no resultado, 
utilizando a taxa de desconto considerada e o método do custo amortizado.
e) Estoques
Os estoques são mensurados pelo menor valor entre o custo e o valor 
realizável líquido. Os custos incorridos para levar cada produto à sua atual 
localização e condição são contabilizados da seguinte forma: • Matérias-
primas - custo de aquisição segundo o custo médio; e • Produtos acabados 
e em elaboração - custo dos materiais diretos e mão de obra, e uma parcela 
proporcional das despesas gerais indiretas de fabricação com base na 
capacidade operacional normal, mas excluindo custos de empréstimos. O 
valor realizável líquido corresponde ao preço de venda no curso normal dos 
negócios, menos os custos estimados de conclusão e os custos estimados 
necessários para a realização da venda. Quando necessário, é constituída 
provisão para realização dos produtos acabados.
f) Despesas antecipadas
São representadas pelas aplicações de recursos em pagamentos antecipados, 
cujos direitos de benefícios ou prestação de serviços ocorrerão em 
períodos futuros, sendo registradas no resultado de acordo com o regime 
de competência. Os custos incorridos que estão relacionados com ativos 
correspondentes, que gerarão receitas em períodos subsequentes, são 
apropriados ao resultado de acordo com os prazos e montantes dos benefícios 
esperados e baixados diretamente no resultado quando os bens e direitos 
correspondentes já não fizerem parte dos ativos da instituição ou quando não 
são mais esperados benefícios futuros.
g) Demais ativos circulantes
Os demais ativos são apresentados pelo valor de custo ou realização, 
incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias 
auferidas até a data do balanço. Quando necessário, é constituída provisão 
para a redução dos seus valores de recuperação. 
h) Imobilizado
Reconhecimento e mensuração
Os itens do imobilizado são demonstrados e mensurados a custo histórico 
de aquisição ou construção menos o valor da depreciação acumulada e de 
qualquer perda não recuperável. O custo histórico inclui os gastos diretamente 
atribuíveis necessários para preparar o ativo para o uso pretendido pela 
Administração, incluindo os custos de financiamento relacionados com a 
aquisição de ativos qualificados.Os custos sobre financiamento tomados 
para financiar a construção do imobilizado foram capitalizados durante o 
período necessário para executar e preparar o ativo para o uso pretendido e 
incorporados ao valor do ativo imobilizado até a conclusão da construção.
Os ganhos e as perdas em alienações são determinados pela comparação 
do valor de venda com o valor contábil e são reconhecidos como “Outras 
despesas e receitas operacionais, líquidas” na demonstração do resultado.
Gastos subsequentes
Os custos subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou 
reconhecidos como um ativo separado, conforme apropriado, somente 
quando for provável que fluam benefícios econômicos futuros associados 
a esses custos e que possam ser mensurados com segurança. Os gastos 
relevantes com manutenção de máquinas industriais que tenham efeito direto 
no aumento da vida útil do item são registrados no ativo imobilizado. Todos 
os outros reparos e manutenções periódicas são registradas em contrapartida 
ao resultado do exercício, quando incorridos.
Depreciação 
Os terrenos não são depreciados. A depreciação de outros ativos é calculada 
usando o método linear considerando os seus custos e seus valores residuais 
durante a vida útil estimada. O valor contábil de um ativo é imediatamente 
baixado para seu valor recuperável se o valor contábil do ativo for maior 
que seu valor recuperável estimado (nota explicativa nº 11.e). Os valores 
residuais e a vida útil dos ativos são revisados e ajustados quando existir uma 
indicação de mudança significativa, desde a última data de balanço. A vida 
útil dos ativos está assim estimada:
                                                                                           Vida útil em anos 
 
 
  2019 
2018
Prédios e construções  
53 
53
Instalações 
 
10 
10
Benfeitorias 
 
15 
-
Máquinas e equipamentos 
22 
22
Hardware 
 
8 
7
Veículos 
 
8 
8
Móveis e utensílios 
10 
10
Ferramentas 
 
10 
10
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XII Nº083  | FORTALEZA, 23 DE ABRIL DE 2020

                            

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