DOE 23/04/2020 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            CSP - Companhia Siderúrgica do Pecém 
não dedutíveis não reconhecidos contabilmente pois todas as condições 
necessárias para seu registro não foram ainda plenamente atendidas pela 
Companhia.
p) Subvenções governamentais 
Subvenções governamentais são reconhecidas quando houver razoável 
certeza de que o benefício será recebido e que todas as correspondentes 
condições serão satisfeitas. Quando o benefício se refere a um item de 
despesa, é reconhecido como receita ao valor justo ao longo do período 
do benefício, de forma sistemática em relação aos custos cujo benefício 
objetiva compensar. A Companhia, através das leis 11.508/2007 (federal), 
14.456/2009 (estadual) e 973/2009 (municipal), possui benefícios fiscais de 
suspensão, diferimento e isenção de impostos relacionados com as aquisições 
de ativos, insumos e serviços. Também no âmbito do Programa de Incentivo 
ao Funcionamento de Empresas - FDI/Proade, o estado do Ceará aprovou a 
realização de operação de financiamento do ICMS recolhido mensalmente 
pela Companhia. A Companhia possui incentivo fiscal aprovado pela 
Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE, através de 
Laudo Constitutivo nº 0089/2017 pelo prazo de 01/01/2017 até 31/12/2026, 
que consiste na redução de 75% do imposto de renda devido e adicionais, 
calculado com base no lucro da exploração.
q) Provisões
As provisões são reconhecidas quando: (i) a Companhia tem uma obrigação 
presente legal ou não formalizada como resultado de eventos passados; (ii) é 
provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação; 
e (iii) o valor possa ser estimado de maneira confiável. As provisões são 
mensuradas pelo valor presente dos gastos que devem ser necessários para 
liquidar a obrigação, com o uso de uma taxa antes dos efeitos tributários, 
a qual reflita as avaliações atuais do mercado para o valor do dinheiro no 
tempo e para os riscos específicos da obrigação. O aumento da obrigação em 
decorrência da passagem do tempo é reconhecido como despesa financeira.
r) Capital social
O capital social está representado por ações ordinárias classificadas no 
patrimônio líquido. Quando proposta pela Companhia, a remuneração aos 
acionistas se dá sob a forma de dividendos e/ou juros sobre o capital próprio 
com base nos limites definidos em lei e no estatuto social da companhia.
s) Receita operacional
A receita é reconhecida por um valor que reflete a contrapartida a que uma 
entidade espera ter direito em troca de transferência de bens ou serviços para 
um cliente. A receita é apresentada líquida de impostos.  A Companhia avalia 
os cinco passos para reconhecimento e mensuração da receita, conforme 
requerido pelo CPC 47 (IFRS 15) - Receita de contrato com Clientes: 1. 
Identificar os tipos de contratos firmados com seus clientes;
2.Identificar as obrigações presentes em cada tipo de contrato; 3. Determinar 
o preço de cada tipo de transação; 4. Alocação do preço às obrigações 
contidas nos contratos; e 5. Reconhecer a receita quando (ou na medida em 
que) a entidade satisfaz cada obrigação do contrato.
t)  Receitas e despesas financeiras
As receitas e despesas financeiras da Companhia compreendem: • Receita 
de juros. • Despesa de juros;  • Ganhos/perdas líquidos de variação cambial 
sobre ativos e passivos financeiros. A receita e a despesa de juros são 
reconhecidas no resultado pelo método dos juros efetivos.
u) Resultado por ação
O resultado por ação é calculado por meio da divisão do resultado do 
exercício atribuído aos detentores de ações da Companhia pela quantidade 
média ponderada de ações disponíveis durante o exercício.
v) Apuração do resultado
As despesas comerciais, administrativas e gerais referem-se principalmente a 
gastos relacionados à estrutura mantida para gerenciamento e monitoramento 
das atividades da Companhia, além de outras despesas necessárias para a 
condução das suas atividades e de despesas relacionadas com o escoamento 
de sua produção, registradas pelo regime de competência.
6. Novos Pronunciamentos Técnicos
6.1.Normas vigentes em 2019
As novas normas a seguir, emitidas pelo IASB e recepcionadas pelo 
CFC, passaram a vigorar efetivamente a partir de 1º de janeiro de 2019. A 
Companhia as adotou conforme mencionado abaixo.
CPC 06 (R2) / IFRS 16 - Operações de Arrendamento Mercantil  - A norma 
tem como objetivo unificar o modelo de contabilização do arrendamento, 
exigindo dos arrendatários, reconhecer os passivos assumidos em 
contrapartida aos respectivos ativos correspondentes ao seu direito de uso 
para todos os contratos de arrendamento, a menos que apresente as seguintes 
características que estão no alcance da isenção da norma: (i) contrato com 
prazo inferior ou igual a doze meses; e (ii) possua valor imaterial, tenha como 
base valores variáveis ou prazo indeterminado. A Administração avaliou os 
impactos em suas demonstrações financeiras, decorrentes da adoção inicial 
da norma, conforme notas explicativas nº 11 e nº 15.
IFRIC 23 - Incertezas no tratamento de impostos sobre a renda - Estabelece 
aspectos de reconhecimento e mensuração da norma IAS 12 quando existir 
incertezas sobre o tratamento do imposto de renda relacionados a impostos 
ativos ou passivos e correntes ou diferidos, baseados em lucros tributáveis, 
prejuízos fiscais, bases tributáveis, perdas fiscais não utilizadas, créditos 
fiscais não utilizados e alíquotas fiscais. A Administração não identificou 
impacto relevante em suas demonstrações financeiras decorrentes da adoção 
inicial da norma.
IAS 19 - Alterações no plano em casos de redução ou liquidação - Esclarece 
aspectos de mensuração e reconhecimento no resultado de efeitos de reduções 
e liquidações em planos de benefícios a empregados. A Administração não 
identificou impacto relevante em suas demonstrações financeiras decorrentes 
da adoção inicial da norma.
6.2. Normas a entrar em vigor a partir de 2020
A adoção antecipada de normas, embora encorajada pelo IASB, não é 
permitida no Brasil pelo CPC. A seguinte norma foi revisada pelo IASB, 
mas não está em vigor para o exercício de 2019:
Alterações ao CPC 15 (R1): Definição de negócios - Em outubro de 2018, 
o IASB emitiu alterações à definição de negócios em IFRS 3, sendo essas 
alterações refletidas na revisão 14 do CPC, alterando o CPC 15 (R1) para 
ajudar as entidades a determinar se um conjunto adquirido de atividades 
e ativos consistem ou não em um negócio. Elas esclarecem os requisitos 
mínimos para uma empresa, eliminam a avaliação sobre se os participantes 
no mercado são capazes de substituir qualquer elemento ausente, incluem 
orientações para ajudar entidades a avaliar se um processo adquirido é 
substantivo, delimitam melhor as definições de negócio e de produtos e 
introduzem um teste de concentração de valor justo opcional. Novos casos 
ilustrativos foram fornecidos juntamente com as alterações.
Como as alterações se aplicam prospectivamente a transações ou outros 
eventos que ocorram na data ou após a primeira aplicação, a Companhia não 
será afetada por essas alterações na data de transição.
IAS 1 e IAS 8 – Definição de materialidade - Esclarece aspectos de 
materialidade para o enquadramento da norma contábil onde este conceito 
é aplicável. A Administração não espera impacto relevante em suas 
demonstrações financeiras decorrentes da adoção da norma.
7. Caixa e Equivalentes de Caixa
 
     2019 
      2018
Caixa pequeno e contas bancárias no país 
931 
603
Aplicações financeiras no país 
141.247 
382.602
Aplicações financeiras no exterior 
200.725 
577.652
  
 
342.903 
960.857
O caixa da Companhia é alocado no Brasil e no exterior seguindo premissas 
de utilização por tipo de moeda. 
As aplicações financeiras são apresentadas ao 
custo acrescido do rendimento auferido e buscam rentabilidade de mercado, 
sendo a parte em Reais indexada à taxa de 86,28% em 31 de dezembro de 
2019 (97,19% em 2018) dos Certificados de Depósito Interbancário (“taxa 
DI” ou “CDI”) e a parte em Dólar, em time deposits e overnight, tendo como 
contraparte bancos de primeira linha, classificados como emissores de baixo 
risco de acordo com a tabela Moodys para avaliação de risco de crédito. As 
aplicações financeiras correspondem a investimentos de curtíssimo prazo e 
possuem liquidez imediata. Os recursos mantidos em aplicações no exterior 
podem mitigar o risco cambial do saldo de caixa no curto prazo.
8. Contas a Receber
  
2019 
2018
Mercado interno: 
 Clientes - terceiros 
  91.898 
  12.888
  
91.898 
12.888
Mercado externo: 
 Clientes - terceiros 
159.401 
102.559
   Clientes - partes relacionadas 
            - 
318.623
   
159.401 
421.182
(-) Provisão para perdas esperadas em créditos 
 de liquidação duvidosa 
      (58) 
     (705)
   
251.241 
433.365
Circulante 
243.627 
424.634
Não circulante 
7.614 
8.731
Em 31 de dezembro de 2019, a Companhia identificou risco de crédito das contas 
a receber e constituiu provisão para perdas esperadas em créditos de liquidação 
duvidosa no valor de R$58 baseada em análise retrospectiva e prospectiva. Em 
2018 a provisão constituída foi de R$705. A movimentação da provisão para 
perdas esperadas em créditos de liquidação duvidosa é a seguinte:
  
 2019 
 2018
Saldo Inicial 
(705) 
-
(-) Perdas estimadas / reversões 
  647 
(705)
Saldo Final 
 (58) 
(705)
A composição de contas a receber de clientes por vencimento é a seguinte:
  
     2019 
     2018
Vencidos 
4.882 
32.543
Valores a vencer: 
Até 30 dias 
233.486 
386.847
Entre 30 e 60 dias 
- 
5.874
Acima de 60 dias 
12.931 
8.806
(-) Provisão para perdas esperadas em créditos 
de liquidação duvidosa 
      (58) 
    (705)
  
251.241 
433.365
Vide comentários adicionais relacionados a provisão para perdas esperadas 
em créditos de liquidação duvidosa na nota explicativa nº 24.a. A Companhia 
avaliou os recebíveis de longo prazo e ajustou a valor presente. O ajuste 
total foi de R$2.541, considerando uma taxa de 9,03% ao ano. Em 31 de 
dezembro de 2019 e 2018, não havia contas a receber em garantia pela 
Companhia. 9. 
9. Estoques
Os estoques estão compostos da seguinte forma:
  
        2019        2018
Produtos acabados (a) 
108.881 
159.868
Produtos semiacabados  
59.700 
101.589
Subprodutos (a) e (b) 
80.223 
118.146
Matérias primas 
275.505 
135.246
Consumíveis (b) 
376.270 
275.124
Peças de reposição 
22.925 
29.990
Adiantamentos a fornecedores 
9.707 
11.611
Importações em trânsito 
   212.482    440.283
   
1.145.693 1.271.856 
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XII Nº083  | FORTALEZA, 23 DE ABRIL DE 2020

                            

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