DOE 23/04/2020 - Diário Oficial do Estado do Ceará
CSP - Companhia Siderúrgica do Pecém
Valores contábeis e valores justo
2019
2018
Ativos
Passivos
Ativos
Passivos
Hierarquia
Financ.
Financ. a
outros
Financ.
Financ. a
Outros
de valor
a custo
custo
passivos
a custo
custo
pasivos
justo
amortiz.
amortiz.
financeiros
Total
amortiz.
amortiz. financeiros
Total
Contas a receber
-
251.241
-
-
251.241
115.447
-
-
115.447
Contas a receber - partes relacionadas
-
-
-
-
-
318.623
-
-
318.623
Caixa e equivalentes de caixa
-
342.903
-
-
342.903
960.857
-
-
960.857
Fornecedores
-
-
(494.677)
-
(494.677)
-
(386.681)
-
(386.681)
Fornecedores - partes relacionadas
-
- (1.384.743)
-
(1.384.743)
- (1.821.969)
- (1.821.969)
Arrendamentos financeiros
-
-
(301.173)
-
(301.173)
-
-
-
-
Empréstimos e financiamentos
2
-
- (11.956.524) (11.956.524)
-
(12.169.557) (12.169.557)
Outras obrigações com parte relacionada
2
- - (133.480) (133.480) - - - -
594.144 (2.180.593) (12.090.004) (13.767.453) 1.394.927 (2.208.650) (12.169.557) (12.983.280)
a) Gerenciamento dos riscos financeiros - Fatores de risco financeiro - O programa de gestão de risco global da Companhia concentra-se na imprevisibilidade
dos mercados financeiros e busca minimizar potenciais efeitos adversos no desempenho financeiro da mesma. O risco, inerente ao negócio, está relacionado
a variações nos preços das placas exportadas, matérias primas (carvão e minério de ferro), variação cambial (US$, cesta de moedas BNDES) e taxas de
juros (Libor, IPCA e CDI). O impacto dessas variáveis afeta diretamente o valor dos ativos, passivos e fluxo de caixa da Companhia. Buscando minimizar
potenciais efeitos adversos no desempenho financeiro, a Companhia desenvolveu políticas adequadas a cada evento. A gestão de risco é realizada segundo
as políticas aprovadas pela Administração. A Companhia identifica, avalia e protege suas operações contra eventuais riscos financeiros quando necessário.
Risco de liquidez - A gestão de risco de liquidez vem sendo desenvolvida com o aprimoramento de instrumentos de monitoramento e previsão do fluxo
de caixa (curto e longo prazo) e do ciclo operacional e financeiro. A Companhia mantém ainda um rígido acompanhamento dos recursos de caixa, além
de concentrar esforços na ampliação da disponibilidade de linhas de crédito, com o objetivo de assegurar resultados adequados de níveis de liquidez,
para quaisquer cenários econômicos de curto, médio e longo prazo. A Companhia possui linhas de crédito autorizadas junto a 16 instituições financeiras
para operações no Brasil, e no exterior. Essa diversidade possibilita a diversificação de parceiros financeiros, com reduzida concentração, como também
permite a maior competitividade na obtenção de taxas de juros de carregamento. Em 31 de dezembro de 2019, as linhas utilizadas correspondiam aos
adiantamentos de contratos de câmbio - ACC, forfaiting, cessão de crédito e pré-pagamento de exportação – PPE, apresentando vencimentos até 360 dias,
ou por opção da Companhia. Os encargos financeiros para operações em Reais e dólares são referenciados pelo CDI e Libor respectivamente, com spreads
negociados a cada operação, garantindo a aderência com a curva de juros correspondente. Risco de crédito - A Companhia está exposta ao risco de crédito
de clientes e instituições financeiras, decorrente de suas operações comerciais e da administração de seu caixa, respectivamente. Tais riscos consistem na
possibilidade do não recebimento de vendas efetuadas e de valores aplicados, depositados ou garantidos por instituições financeiras. Visando minimizar
o risco de crédito, a Companhia realiza análise técnica para toda concessão de crédito e definição de limites de crédito, propiciando a seletividade de seus
clientes. O acompanhamento dos prazos de vendas e limites individuais de exposição também são procedimentos adotados a fim de reduzir eventuais
problemas de inadimplência em seus recebíveis.Considerando a exposição da carteira de recebíveis, a Companhia reconhece no seu resultado uma provisão
para crédito de liquidação duvidosa (PCLD). O cálculo da PCLD utiliza como base o rating de crédito, classe de risco, o status do vencimento de cada
recebível, além do prazo médio de recebimento da carteira, conforme a metodologia desenvolvida internamente. A Companhia possui a totalidade das
aplicações financeiras em instituições de primeira linha, classificadas como “Grau de Investimento” por pelo menos uma das três grandes agências de
risco (Moody’s, Fitch ou S&P). Tais aplicações possuem liquidez diária e são avaliadas pela Companhia como sendo de baixo risco. (Ver nota explicativa
nº 8). Risco cambial - A Companhia está exposta ao risco cambial decorrente de exposições de algumas moedas, principalmente com relação ao Dólar
Americano (R$/US$). O risco cambial decorre de operações comerciais para aquisições de itens a serem aplicados na construção e operação do Complexo
Siderúrgico e da parcela do endividamento contratado em US$, gerando ativos e passivos reconhecidos em suas demonstrações financeiras. O normativo
de proteção cambial da Companhia considera os valores em moeda estrangeira dos saldos a receber e a pagar de compromissos já assumidos e registrados
nas demonstrações financeiras oriundos de suas operações, bem como fluxos de caixas futuros com prazo médio de seis meses, ainda não registrados no
balanço patrimonial. A Administração estabeleceu uma política que exige a gestão de seu risco cambial em relação à sua moeda funcional. A Companhia
poderá efetuar proteção de suas posições, quando aplicável. Para proteger as exposições cambiais com relação à moeda estrangeira, a Companhia poderá
contratar operações com instrumentos financeiros derivativos do tipo swap e compra a termo de moeda denominada Non Deliverable Forward - NDF
(forward). Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o balanço patrimonial da Companhia não registrava nenhuma operação com instrumentos financeiros
derivativos. A análise de sensibilidade sobre a taxa de câmbio, em 31 de dezembro de 2019, considera os impactos na moeda funcional da Companhia, o
Real. Uma valorização ou desvalorização razoavelmente possível do Dólar, que é a moeda preponderante dos saldos em aberto, face à moeda funcional da
Companhia, teria afetado a mensuração dos instrumentos financeiros denominados em moeda estrangeira. A análise de sensibilidade realizada dos ativos e
passivos em moeda estrangeira considera o câmbio vigente, de R$4,0307, em 31 de dezembro de 2019 como sendo um cenário provável. Para os demais
cenários I, II e II foram considerados uma variação desfavorável face ao Real nos percentuais de 5%, 10% e 25%, respectivamente. A análise considera,
ainda, que todas as outras variáveis permanecem constantes.
Base de exposição de ativos e passivos em moeda estrangeira:
31/12/2019
Ativos
Passivos
Exposição
financeiros financeiros
cambial total
Exposição cambial (em milhares
de Dólares)
87.043 (3.009.667) (2.922.024)
31/12/2019
Efeito
Cenário I Cenário II Cenário III
(5%)
(10%) (25%)
Taxa de câmbio (R$/US$)
4,2322
4,4338
5,0384
Resultado financeiro (em milhares
de Reais)
(588.788) (1.177.868) (2.944.524)
31/12/2018
Ativos
Passivos
Exposição
financeiros financeiros cambial total
Exposição cambial (em milhares
de Dólares)
274.622 (3.265.873) (2.991.251)
31/12/2019
Efeito
Cenário I Cenário II Cenário III
(5%)
(10%) (25%)
Taxa de câmbio (R$/US$)
4,0685
4,2623
4,8435
Resultado financeiro (em milhares
de Reais)
(579.525) (1.159.050) (2.897.625)
Risco de taxa de juros
O risco da taxa de juros está relacionado com as flutuações de taxas dos
seus ativos financeiros (aplicações financeiras) e outros passivos financeiros
(financiamentos). A Companhia acompanha e avalia a exposição destes riscos
com o monitoramento das variações dos principais indexadores financeiros,
tais como Libor, IPCA e CDI, bem como por meio da comparação entre
taxas de juros flutuantes e fixas. A análise de sensibilidade das variações
na taxa de juros avalia os indexadores financeiros que a Companhia está
exposta no fim do período, tanto em relação aos financiamentos como às
aplicações, considerando como cenário provável o valor das taxas vigentes
em 31 de dezembro de 2019. O cenário I considera um impacto desfavorável
de 5% sobre a taxa de juros aplicável aos financiamentos e aplicações. Os
cenários II e III foram calculados com impacto desfavorável de 10% e 25%,
respectivamente, sobre o valor destas taxas em 31 de dezembro de 2019.
a) Juros dos financiamentos: A exposição e os efeitos no resultado financeiro,
considerando os cenários I, II e III e valores em Reais convertidos à taxa de
câmbio final do exercício de 2019 (R$10.757.923), estão demonstrados a
seguir:
31/12/2019
Indexador
Exposição Cenário I Cenário II Cenário III
Libor 6M
7.604.037
(7.133)
(14.266)
(35.666)
IPCA
1.164.558
(235)
(470)
(1.174)
Cesta de moedas
1.989.329
(4.710)
(9.447)
(23.826)
Nesta análise de sensibilidade dos juros não estamos considerando as
operações com cessão de crédito forfait ACC e PPE, uma vez que estes
instrumentos são determinados por juros pré-fixados.
b) Juros das aplicações:
Seguem abaixo os efeitos no resultado financeiro considerando os cenários
I, II e III. Nesta análise de sensibilidade considera-se o efeito de rendimento
das aplicações financeiras realizadas em 2019.
31/12/2019
Indexador
Cenário I
Cenário II
Cenário III
CDI
(556)
(1.114)
(2.796)
Gestão de capital
O objetivo principal da administração de capital da Companhia é assegurar
que a relação capital próprio e de terceiros mantenha um nível adequado,
garantindo apoio aos negócios, reduzindo custos e maximizando valor ao
acionista de forma contínua e consistente.
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO | SÉRIE 3 | ANO XII Nº083 | FORTALEZA, 23 DE ABRIL DE 2020
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