DOE 18/05/2020 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            COMPANHIA DOCAS DO CEARÁ
Vinculada ao Ministério de Infraestrutura
C.N.P.J. nº 07.223.670/0001-16
Esse desempenho foi influenciado fortemente pela redução da movimentação de carga geral e granel líquido. Sobre o assunto, o Porto de Fortaleza ainda 
sente os efeitos da saída de operação da linha de cabotagem da LOGIN, em julho de 2018, para terminal privado. Essa mudança foi decorrente de preços 
e produtividade mais competitivos e com isso, a movimentação de contêineres em TEUS no Mucuripe apresentou redução de 40,9%, influenciando 
negativamente o resultado em carga geral. Dentro desse perfil de carga, destaque para a movimentação de frutas. Com relação à movimentação de granéis 
líquidos, houve uma redução de 6,3%, mas o resultado se manteve dentro da média dos últimos 3 anos. Nesse perfil de carga, as principais mercadorias 
foram diesel, gasolina, querosene de aviação e GLP. Ressalta-se que existe uma limitação operacional das tancagens localizadas na retroárea próxima ao 
porto, o que limita a capacidade de recebimento de combustíveis. Ademais, o ICMS do Ceará está entre os mais elevados do Brasil, o que poderia influenciar 
negativamente na demanda e competição no segmento de combustíveis do Estado, especialmente nos municípios fronteiriços a outros possíveis fornecedores. 
O aumento da movimentação de granéis sólidos foi destaque no ano de 2019 (6,3%). Escória e clinquer alcançaram volumes expressivos, seguidos por 
manganês e coque. A movimentação de trigo se manteve dentro do comportamento histórico. Com relação aos indicadores operacionais, pode-se destacar 
as taxas de ocupação dos berços 104, 201 e 202 no comparativo com 2018. No 104, o resultado positivo se deve ao aumento na movimentação de graneis 
sólidos, já no 201 e 202, o resultado está ligeiramente acima da média para a operação de graneis líquidos, pois apesar da queda da movimentação, houve 
redução da consignação média para esse perfil de carga. Deve-se mencionar a correlação entre a queda na taxa de ocupação do berço 105, e a retomada 
da operação no berço 106, que capturou parte da carga antes movimentada pelo primeiro. No berço 103 a taxa de ocupação foi pouco abaixo da média, 
sendo que neste berço há a operação de desembarque de trigo e navios de abastecimento. Os demais berços (101, 102) são para atracação de rebocadores 
e navios de marinha. 
Sobre a consignação média, para os perfis de granel sólido e granel líquido, houve ligeira redução no comparativo com 2018, ficando ainda abaixo do 
resultado da média histórica. Já a carga geral teve resultado superior à média dos últimos três anos. Considera-se fundamental, para alguns perfis de carga 
como por exemplo os graneis sólidos minerais, o aumento da capacidade para a viabilização de atracação de navios com maior capacidade.
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XII Nº100  | FORTALEZA, 18 DE MAIO DE 2020

                            

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